Uma igreja primitiva a serviço de Jesus Cristo,



no aperfeiçoamento dos santos, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus.





CONTATO

E-mail: ivecri@gmail.com
Correspondência: Caixa Postal 45 - CEP 11.750-000 - Peruíbe - SP - Brasil

Apresentação

Este Blog é dedicado à missão de trabalhar pela restauração da Igreja originalmente concebida por Jesus Cristo, através do despertar de uma verdadeira consciência cristã em todos aqueles que, independentemente de suas denominações, busquem o ideal da simplicidade que há em Cristo, libertando-se da religiosidade e das doutrinas originadas de idéias e tradições humanas, que acabaram gerando uma falsa ortodoxia.

Nossa missão essencial é a recuperação do modelo original da igreja primitiva, ainda anterior à Assembléia de Jerusalém, e também o anúncio do Evangelho do Reino.

Começamos a transmissão dessa mensagem através dos nossos "Boletins Verdade de Cristo", enviados por Email a grupos de leitores em todo o mundo, e agora Deus nos orientou a criarmos este Blog, com a mesma finalidade e missão, onde os internautas poderão encontrar também os boletins já emitidos até hoje.





QUEM SOMOS NÓS

Somos uma congregação cristã que se enquadra no modelo de igreja orgânica, sendo identificada como IGREJA VERDADE DE CRISTO, apenas como uma forma de identificar claramente a nossa congregação, e que - desde sua fundação - se identifica como uma igreja de discípulos.

CONCEITUANDO A IGREJA

Mas o que é a igreja? Que pessoas a constituem e com qual propósito? E oque Paulo apóstolo quer dizer quando chama a igreja de "corpo de Cristo"? Para podermos responder plenamente a todas essas perguntas, precisamos – de início – compreender três coisas fundamentais:

  • Em primeiro lugar, é importante esclarecer-se que a palavra “igreja” vem da palavra grega ekklesia. Ao ser usada como uma expressão quotidiana do mundo, ekklesiaera usada para designar uma assembléia ou reunião qualquer de pessoas com as mais diversas finalidades, porém, ao ser usada no grego koiné dos textos do Novo Testamento (NT) essa palavra ganha um sentido mais específico, que é a assembléia ou reunião dos crentes em Jesus Cristo, que o aceitaram como Único Senhor e Salvador e que seguem a Sua Doutrina e que praticam os Seus mandamentos e ordenanças para a Igreja, tal qual especificados nos Evangelhos;
  • Em segundo lugar – e certamente isso é algo mais complexo e misterioso - precisamos compreender que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, um ser espiritual - inteiramente novo e tremendo - pessoalmente criado por Deus a partir de Jesus Cristo e também é a assembléia de crentes acima já qualificada. Ou seja:
    • Como um ser espiritual a Igreja é a Noiva do Cordeiro, a Nova Eva criada por Deus a partir do Novo Adão que é Jesus Cristo para que – assim como a primeira – seja sua auxiliadora. Essa “Nova Eva” espiritual é representada,no Livro do Apocalipse (Ap 12) pela visão da ”Mulher Gloriosa” apresentada ao apóstolo João e foi criada por Deus a partir da água e do sangue que saem do lado de Jesus no momento de sua crucificação (representando dois de seus 3 ministérios) assim como a “antiga Eva” foi criada por Deus a partir de um osso retirado do lado do primeiro Adão. Assim como o antigo Adão recebe vida a partir do “sopro de Deus”, também a Igreja recebe vida a partir do “sopro do Cristo ressurgido”como se lê no Evangelho de João, em Jo 20:22. Isso é um mistério, mas assim é, tal como explica e descreve Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:22-33);
    • Como uma assembléia, é a reunião – ou comunidade espiritual - de todos os crentes cristãos e verdadeiramente salvos, de todos os tempos, a saber: passado, presente e futuro. Esta é uma das melhores formas de se conceituar a Igreja como “universal assembléia” tal como aceita pela maioria dos teólogos, e que pode ser observada por exemplo em Grudem, Wayne – “Teologia Sistemática” (44, A, 1). Essa “Universal Assembléia Espiritual” é representada fisicamente na terra por “instâncias”, também conhecidas como “igrejas locais”, que são as diversas denominações hoje existentes, fundadas por homens, com a finalidade de cumprir a missão da Igreja, através dos ministérios a ela delegados por Cristo. Com respeito a esses ministérios é feita uma exposição detalhada mais à frente.
  • Finalmente, em terceiro lugar, é preciso entender profundamente o contexto social e histórico da época em que a igreja primitiva local surgiu, e como o cruzamento das culturas hebraica e helênica se associou a idéias, objetivos pessoais e conceitos dos primeiros bispos da igreja e de governantes ambiciosos, para ir – pouco a pouco – adulterando o modelo originalmente concebido por Jesus Cristo e – como resultado dessas alterações – dando lugar a uma outra instituição, hoje erroneamente conhecida como “igreja”, mas que – na realidade – é um conjunto de doutrinas (ortodoxia) adotado por distintas instituições dos vários ramos da “igreja local” hoje existentes. Dois eventos merecem destaque nessa série de mudanças, porque foram os responsáveis pelas maiores alterações:
    • Por responsabilidade do Bispo Tiago, da Igreja de Jerusalém, o Concílio de Jerusalém, retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), lembrando que não temos hoje uma ideia precisa de tudo quanto foi abolido da doutrina original além das questões sobre a circuncisão e outras associadas ao rito judaico, visto que o texto do Livro de Atos é muito genérico e perigosamente abrangente:

“Na verdade, pareceu bem ao espírito santo e a nósnão vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá”.(At 15: 28-29)

Tudo mais que foi transmitido por Paulo, Silas, Barnabé e Judas aos Bispos da Igreja de Antioquia é desconhecido, porém logo depois desapareceria a Igreja de Jerusalém e ali, em Antioquia, viria a florescer o cristianismo religioso que hoje conhecemos, com liturgia de culto, hierarquias sacerdotais, edifícios especialmente dedicados à função de templos cristãos, púlpitos, altares e vestimentas sacerdotais, além de tudo aquilo que hoje conhecemos como ortodoxia. Lembramos que foi de Antioquia que partiram missões destinadas às principais comunidades cristãs da Antiguidade, buscando impor a essas comunidades o modelo de igreja ali praticado e abolindo o modelo original anterior: um prejuízo incalculável que viria a ser aumentado ainda mais no século IV;

    • Por responsabilidade do imperador romano Constantino, o Concílio de Nicéia, realizado em 325 d.C., onde, por conta de se discutir a questão ariana e algumas outras questões menores como a data da Páscoa e outras, muitas outras alterações foram introduzidas nas reuniões preliminares (não documentadas) celebradas entre os teólogos de Constantino e os bispos representantes das igrejas. Por ação de Constantino foi definido o modelo seguido pela Igreja de Roma e pela Igreja de Constantinopla, corrompendo ainda mais o que já havia sido deturpado pelo modelo de Antioquia. A religião cristã tinha um papel fundamental para a manutenção da unidade do império. A unificação de crenças, costumes e ritos - cristãos e pagãos - garantia certa coesão entre as diferentes partes do império, e a hierarquia sacerdotal legitimava o poder do imperador. Por sua vez, a figura do imperador era fundamental para a unidade da própria Igreja. O combate às heresias, que eram as idéias contrárias à doutrina oficial da Igreja (Ortodoxia) e a eventuais ritos diferentes daqueles adotados e aprovados pela hierarquia eclesiástica reforçava a união Estado-Igreja. O Estado precisava da unidade doutrinária do credo cristão, e a Igreja necessitava da interferência do imperador na resolução dos problemas doutrinais, resultando numa simbiose extremamente poderosa.

Esse status vigente deveria – e poderia - ter sido integralmente quebrado pela Reforma Protestante, mas infelizmente isso não aconteceu e boa parte desse modelo da ortodoxia foi adotado também por Lutero e Calvino e assim perdura até os dias de hoje como um establishmentreligioso eclesiástico, que transcende até mesmo o abismo doutrinário que separa o mundo católico do mundo reformado, compondo um conjunto doutrinário comum, fora do qual tudo é indistintamente rotulado como “heresia”, como “heterodoxia” e até mesmo como “vento de doutrina”.

Alguns defensores mais exaltados da ortodoxia vigente ousam declarar que tais mudanças foram benéficas e precisariam acontecer porque a Igreja precisava se modernizar e acompanhar a modernização da sociedade, ao que nós respondemos que a Igreja foi criada por Cristo, e que Cristo é o mesmo ontem, hoje e para todo o sempre!

IGREJA DOS DISCÍPULOS E IGREJA DA MULTIDÃO

Ao lermos com atenção os evangelhos, é fácil perceber que o Senhor Jesus Cristo criou – na verdade - dois modelos de assembléia (ekklesia) local, ambos parte da mesma universal igreja espiritual, a saber: uma assembléia para congregar a multidão e uma assembléia destinada a congregar os discípulos de Cristo. Essa distinção fica muito bem clara nos evangelhos, quando lemos que o Senhor era sempre acompanhado de dois grupos: a multidão que era de mais ou menos 5000 pessoas, e os discípulos, que eram cerca de 120.

A multidão seguia Cristo em busca do perdão dos pecados e justificação diante de Deus, da cura das enfermidades, da expulsão de demônios e da satisfação das suas necessidades mais imediatas, onde a mais freqüente era a fome: isso é Evangelho da Graça (Atos 20:24).

Já os discípulos buscavam estar com Cristo por amor a Ele (Jo 21:15-17), para estar junto dEle, para servi-Loe buscarem a verdadeira libertação, que só vem através do conhecimento da verdade (Jo 8:31-32): isso é parte do Evangelho do Reino: o verdadeiro evangelho que Cristo ensinava (Mt 4:23, 9:35, 24:14) e do qual conhecemos uma pequena parte na forma de parábolas e de todos os discursos do Senhor Jesus Cristo nos quais Ele começava dizendo: "O Reino dos Céus é semelhante a" e também no assim chamado Sermão da Montanha e que ocupa os capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus e de partes do Evangelho de João, notadamente João 3 e João 4.

Uma diferença notável entre ambas as congregações é o seu testemunho sobre Jesus de Nazaré. Essa diferença aparece, de forma gritante, no diálogo entre o Senhor e seus discípulos, retratado em Mateus 16: 13-18, e persiste ainda até hoje quando observamos as atitudes e os testemunhos da maioria dos freqüentadores das grandes igrejas da multidão, que congregam até mais de 5.000 pessoas numa única reunião. É freqüente observar-se as pessoas buscarem essa ou aquela denominação porque o bispo, apóstolo ou pastor é “milagreiro” e “ora forte”, pessoas que não buscam firmar sua base espiritual na rocha firme da Palavra do Senhor e que acabam aceitando muitas vezes verdadeiras heresias, simplesmente porque o líder da denominação assim o disse, sem base bíblica, sem comprovação pelo exame das Escrituras.

Não somos uma igreja local cujo perfil seja reunir grandes multidões, porém buscamos congregar discípulos e discípulas de Cristo, crentes fortalecidos na fé, que efetivamente busquem o alimento sólido do Evangelho do Reino e que não mais se contentem apenas com o leite da doutrina elementar (Evangelho da Graça) pregada à multidão, tal como é mencionado na Carta aos Hebreus (Hb 5:12-13). O verdadeiro discípulo é aquele que já crê de todo o coração em Jesus Cristo, já sabe que Jesus o ama, já busca crescer em santidade e busca sempre confessar os seus pecados – com o coração arrependido – a cada vez que peca.Mas o discípulo sabe que isso não basta, pois o verdadeiro discípulo é aquele que crê e pratica todas essas coisas, mas que agora ainda quer saber como encher-se do Espírito Santo – conforme Ef 5:18-21 – até atingir a plenitude (pleroma), quer saber como estar em Cristo e efetivamente tornar-se um com o Senhor, quer saber enfim como atingir a unidade da fé, o conhecimento do Filho de Deus e a estatura de varão e varoa perfeitos em Cristo (Ef 4:13). O discípulo é aquele que já sabe que sua SALVAÇÃO PRECISA SER DESENVOLVIDA com temor e tremor ( Fi 2:12) e que não é simplesmente através de uma oração que tenha feito no momento em que se tornou cristão, ou ainda através da simples freqüência aos cultos dominicais e da observação de usos e costumes que irá conseguir esse desenvolvimento espiritual.

É conclusão nossa – após longo período de pesquisa da História da Igreja e dos textos do Novo Testamento, que a verdadeira e pura igreja dos discípulos deixou de existir – de uma forma autônoma - logo nos primeiros séculos da história eclesiástica; e isso por uma ação de bispos da igreja da multidão, que se valeu de sua expressiva maioria numérica, para exercer poder e legislar sobre as demais igrejas, o que já vemos acontecer no Concílio de Jerusalém retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), onde – por decisão do bispo de Jerusalém (Tiago, irmão do Senhor e não apóstolo) a Doutrina de Cristo cedeu lugar à Doutrina dos Apóstolos e piorando ainda mais depois, por obra do imperador Constantino, em 325 DC após as decisões do Concílio de Nicéia, instituindo um conjunto de doutrinas e costumes básicos, que passou a ser conhecido como ORTODOXIA e que – infelizmente - tem sido o padrão doutrinário seguido até os dias de hoje por todas as denominações, sejam elas católica, ortodoxa, protestante luterana, batista, evangélica e neo evangélicas. Todas elas, sem exceção e apesar de certas diferenças entre umas e outras, seguem exatamente o mesmo padrão geral deixado por Constantino, padrão esse que ele chamava de “Igreja do Salvador” e que se tornou, por assim dizer, o modelo de ortodoxia a ser seguido, sendo que qualquer tentativa de repudiá-lo e voltar ao modelo original sempre foi classificada como “heresia”. Na realidade essas características acabaram infelizmente sobrevivendo nas igrejas reformadas porque a Reforma de Lutero foi muito fraca, tão fraca que - alguns anos depois - muitos dos expoentes da Reforma já clamavam por uma “reforma da reforma” e originaram movimentos paralelos tais como o Quietismo, o Pietismo e outras correntes eclesiásticas, como o Metodismo de John Wesley, fortemente influenciado pela Igreja dos Irmãos Morávios, por exemplo.

Muitos que – desde o início – não aceitaram esse suposto “modelo ortodoxo” e suas novas doutrinas, buscaram manter preservada a igreja original de Cristo através do refúgio no deserto, ou ainda do isolamento (como os anabatistas por exemplo), mas foram todos alcançados pelo "rolo compressor" da falsa ortodoxia, até hoje vigente, e foram extintos.

Na realidade, tudo o que sobrou nos dias de hoje, como um mero “vestígio” remanescente da igreja dos discípulos, é a assim chamada divisão interna na organização eclesiástica em um nível sacerdotal (padres, pastores, bispos, diáconos, obreiros, presbíteros, anciãos, etc.) e um nível laico (leigos, ovelhas, etc.); divisão essa que podemos observar hoje em qualquer denominação cristã como uma mera “sombra” do passado.

UMA IGREJA ORGÂNICA

Posteriormente, concluímos ainda que, além de buscarmos resgatar a igreja dos discípulos, haveria ainda a necessidade de se resgatar todo o modelo original da igreja autentica idealizada por Jesus Cristo, a saber:

ü Uma igreja que não acumula riquezas, pois tudo quanto recebe em dízimos e ofertas deve ser direcionado aos pobres e vítimas da exclusão social, sob a forma de distribuição de alimentos e cestas básicas, roupas e demais ações claramente identificadas pelo Senhor Jesus Cristo no Evangelho de Mateus (Mt 25:31-46);

ü Uma igreja itinerante, sem templos, porque o verdadeiro templo espiritual hoje está dentro da cada um de nós e porque Jesus Cristo não mandou os discípulos alugarem ou comprarem prédios e colocarem placas nas portas, mas mandou que as reuniões fossem feitas de forma simples, nas próprias casas das famílias, nas praças e nos bosques (Jo 4: 21-24; Lc 9: 57-62, 10: 1-11);

ü Uma igreja onde pastor não usa púlpito e nem veste obrigatoriamente terno e gravata, pois Nosso Senhor Jesus Cristo não usava as roupas finas dos sacerdotes fariseus e nem mandou que seus discípulos usassem qualquer tipo de traje especial para pregarem o Evangelho do Reino. Aliás, pelo contrário: O Filho de Deus, a Luz Eterna que veio ao mundo para nos salvar, usava uma túnica simples de linho e muitas vezes caminhava descalço pelas estradas poeirentas de Israel. A pesquisa da evolução dos costumes eclesiásticos mostrou que o terno e a gravata são uma ostentação oriunda da evolução da batina dos padres e depois das túnicas negras dos reverendos luteranos, calvinistas e metodistas: tudo religiosidade pura e sem sentido algum para Deus (Lc 9:13).

Por esses motivos, hoje nos identificamos também como umaigreja orgânica, uma igreja local que não dispõe de um local específico que seja usado como templo e que faz as suas reuniões nas casas das famílias, na praia, nos jardins, nas praças e nas associações.

A esse propósito lembramos que o modelo de igreja orgânica não pode ser confundida com os chamados Grupos Familiares hoje existentes em quase todas as formas de igrejas locais e nem tampouco com as Células das igrejas locais com Visão Celular, visto que todas essas ainda mantêm pelo menos um Templo físico e adotam praticamente toda a tradição do modelo da ortodoxia, incluindo pastores que obrigatoriamente precisam usar gravata, púlpito, etc.

IGREJA DE AMOR ÁGAPE

Somos uma Igreja que, através da proclamação do Evangelho, procura dar testemunho do nome de Jesus Cristo ao mundo – conforme o comissionamento registrado no Evangelho de Marcos (Capítulo 8, Versículo 29) e, por intermédio desse anúncio, exercer o amor, em primeiro lugar através do serviço a Deus, nas 3 pessoas da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo -, depois aos crentes – através de ministérios que os conduzam à santificação e à transformação em novas criaturas – e finalmente ao mundo, por intermédio do exercício do amor ao próximo, do chamado e do ministério da reconciliação com Deus, exercidos em Casas de Apoio de nossa fundação, em visitas a hospitais e presídios, em viagens missionárias a localidades remotas e carentes, em mensagens veiculadas através da Internet em e-mails e através de nosso site, de publicações e ainda através de programação televisiva ou de rádio, bem como através de reuniões – como igreja orgânica – celebradas em casas de famílias, em associações, em praias, parques e bosques, ou ainda qualquer outro local onde seja possível nos reunirmos em nome de Jesus Cristo.

Como igreja local, somos um grupo de crentes em Jesus Cristo que concordam em buscar e exercer juntos os ideais da verdadeira igreja original fundada por Cristo: sem acumular riquezas porque distribui e aplica em obras assistências todo o que recebe em dízimos e ofertas, simples e totalmente isenta de vínculos com os modelos eclesiásticos que foram sendo posteriormente instituídos pelos homens. Uma igreja local comprometida apenas com a missão de levar a pregação do evangelho pleno e integral ao mundo – incluindo o Evangelho da Graça e o Evangelho do Reino – e com o exercício do amor ágape ao próximo, conforme as regras do Evangelho (Mateus 25:31-46).

Como igreja espiritual, somos parte da Noiva do Cordeiro como uma instância local desta – conforme Carta aos Efésios, Capítulo 5, Versículos 24 e 25 e Livro do Apocalipse, Capítulo 21, Versículo 9, composta de todos os cristãos verdadeiros, de todos os lugares e de todos os tempos – passado, presente e futuro – que será arrebatada no final dos tempos, conforme registrado no Evangelho de Mateus (Capítulo 24, Versículo 31) e, por sermos parte do Corpo – que é a Comunhão dos santos -, somos parte da universal assembléia, conforme Carta aos Hebreus, Capítulo 12, Versículo 22.

NOSSA MISSÃO

  1. Como Igreja

Como Igreja que somos, temos missão com Deus, com os crentes e com o mundo.

Nossa missão com Deus é tripla, pois destina-se às 3 pessoas que compõem a Santíssima Trindade: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo:

  • Missão com Deus Pai: é cumprida através do correto exercício dos ministérios delegados por Jesus Cristo à sua Igreja, conduzindo os crentes à sua justificação diante do Pai – exclusivamente pela fé em Jesus Cristo – e conseqüentemente à reconciliação com Deus (Rm 5:11; 2 Co 5:18-19) e, uma vez reconciliados, conduzindo-os a adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:23-24);
  • Missão com Jesus Cristo: porém somente pode adorar em verdade aquele que conhece a verdade e só conhece a verdade aquele que se torna discípulo de Cristo (Jo 8:31-32), sendo assim essa é a primeira missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Filho: fazer discípulos, conforme Seu expresso mandamento à Igreja (Mt 28:19). Além disso, a Igreja é a Noiva de Cristo e, como tal, deve amá-Lo com o verdadeiro amor ágape, tal como Ele assim mesmo nos ama (Jo 21:15; Ef 5:24-25). O verdadeiro amor ágape, porém, só pode ser desenvolvido naquele discípulo que busca os dons espirituais mais excelentes (1 Co 13), o que conduz ao ministério do espírito;
  • Missão com o Espírito Santo: ninguém poderá adorar a Deus em espírito, ou amar a Jesus Cristo com o verdadeiro amor ágape, sem a plenitude do Espírito Santo, sendo assim é missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Espírito Santo levar os discípulos a buscarem a plenitude (pleroma) do Espírito Santo, conforme a regra exposta pelo apóstolo Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:18-21), através de práticas específicas com essa finalidade;

Nossa missão com os crentes é a de conduzi-los durante as 3 fases de seu ciclo de amadurecimento espiritual:

  1. reconciliação através do sangue de Cristo (2 Co 5:18),
  2. santificação através da Palavra de Cristo(Jo 15:3) e
  3. transformação por intermédio da plenitude do Espírito Santo (2 Co 3:18).

Para tanto, da mesma forma que na igreja primitiva original, mantemos 3 distintos ministérios, cada qual especificamente destinado a tratar com uma das 3 fases acima descritas, a saber: Ministério do Sangue, Ministério da Água e Ministério do Espírito, conforme ensina o apóstolo João em 1 Jo 5:6.

Finalmente, a missão da Igreja Verdade de Cristo, com relação ao mundo, é a de efetuar o chamado; é fazer o anúncio da Boa Nova, de todas as formas ao nosso alcance, usando – na medida do possível – os veículos de comunicação visual, escrita e falada, para que todos aqueles que ainda não tiveram uma experiência viva e pessoal com Jesus Cristo possam ter essa oportunidade e assim poderem optar pela vida eterna, no convívio dos eleitos e na presença de Deus, para todo o sempre.

GERANDO OVELHAS

Além disso, buscamos ainda cumprir, com relação a todos quantos necessitarem e estiverem ao nosso alcance e dentro de nossas capacidades, as ordenanças de Cristo para o exercício do amor (agapô) ao próximo, tal como Ele mesmo ditou no Evangelho de Mateus (Mt 25: 31-46). Entre as principais formas de se exercer esse amor, figura o nosso projeto MISSÃO ÁGAPE, que atua na área missionária, evangelizando através do ciberespaço e na cooperação com outras obras missionárias, obras de assistência social e de recuperação de dependentes químicos.

  1. Como instância local da Igreja espiritual de Jesus Cristo (Noiva do Cordeiro)

Como uma instância local da própria Igreja espiritual universal, temos uma missão com relação à própria Igreja, a qual consiste em divulgar – no meio eclesiástico – o modelo hoje por nós praticado, com o objetivo de despertar, no povo de Deus, a motivação para reverem os seus conceitos e buscarem a simplicidade de Cristo e o retorno ao modelo original da Igreja.

Estamos de braços abertos para acolher como congregados todos os que se sentirem motivados, pelo Espírito Santo, a estarem conosco como comunidade de discípulos, porém não é nossa intenção fazer com que as pessoas mudem de congregação ou de denominação, mas sim despertar no povo de Deus uma real e verdadeira consciência cristã e de busca pela maturidade espiritual. Aos líderes denominacionais e ministros do evangelho, buscamos conduzi-los a um despertar que os motive a reverem seus próprios modelos hoje praticados, buscando torná-los mais adequados ao exercício do ministério tal como orientado por Paulo, na Carta aos Efésios:

Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

(Ef 4: 10-15)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

TOMANDO A PÍLULA VERMELHA

TOMANDO A PÍLULA VERMELHA






Esta semana recebi um Email de um grande amigo e irmão em Cristo, onde ele - muito corretamente - mencionava que, na realidade, todos os nossos pecados podem ser, de fato, resumidos em roubo.
Essa afirmativa realmente é correta e, em verdade, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sofreu uma sentença originalmente destinada aos ladrões, pois assim disse o profeta Isaias:
"Pelo que lhe darei uma porção entre os poderosos, e com os fortes repartirá Ele o despojo, porque derramou a Sua alma na morte, e foi contado entre os LADRÕES"  (Isaias 53:12a).
E realmente Jesus foi contado entre os ladrões e a própria pena da morte de cruz era normalmente reservada aos ladrões.
O fato de haver ali, naquele momento tremendo em que a obra da expiação se completava, a presença de dois ladrões, um bom e outro mau, mostra que, em verdade, todos nós somos ladrões, até mesmo porque assim declara a Palavra em Romanos 3:23: "pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". A diferença reside no fato de que alguns reconhecem essa condição, se arrependem e a confessam, pedindo perdão a Deus em nome de Jesus Cristo, enquanto outros nem sequer se dão ao trabalho de pensar nisso.
Na verdade, se analisarmos um a um detalhadamente, constataremos que todos os dez mandamentos do decálogo de Moisés se resumem em alguma forma de ROUBO, pois matar é roubar a vida, adulterar é roubar o caráter daquilo que é adulterado, seja a farinha do pão, seja a gasolina do posto, seja o homem que trai a esposa, etc, dar falso testemunho é roubar o direito à verdade, cobiçar as coisas alheias é roubar em pensamento, adorar outros deuses é roubar o próprio Deus e assim por diante.
Na realidade a própria origem do pecado está associada ao roubo, pois quando Jesus disse, em João 10:10 que o ladrão só vem para matar, roubar e destruir, realmente Ele falava já do próprio pecado original, pois ao induzir o homem adâmico a cair, satanás roubou o nosso direito à vida eterna, ao principado e a nos assentarmos nos tronos. Mas Jesus veio para nos resgatar esse direito junto ao Pai e para nos permitir o acesso aos tronos onde o homem transformado recuperará a sua missão originalmente estabelecida por Deus!
Da mesma forma como acontece naquele famoso filme intitulado "The Matrix", nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo veio nos oferecer a oportunidade de optarmos pela escolha de uma entre duas pílulas: podemos tomar a pílula azul e voltar a dormir e sonhar, ou tomar a pílula vermelha e acordar, abrir os nossos olhos que jamais foram abertos antes e enxergar a Verdade, a Verdade pura e cristalina que liberta para sempre! Aleluia!
Na verdade as cores não são importantes para Jesus, pois o importante é sabermos que existem dois caminhos, duas opções, dois lados...não como na enganadora ilusão da dualidade da heresia gnóstica dos primeiros séculos da igreja, mas sim como dois caminhos espirituais....onde o próprio Cristo nos adverte que temos à nossa frente não uma, mas duas portas e dois caminhos: um leva à Verdade e outro leva à perdição; um leva à Luz e outro leva às trevas....por isso mesmo disse o apóstolo João que "a Luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela" (João 1:5). Aliás eu prefiro as (muito raras) traduções que dizem: "a Luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam", pois a palavra no original grego koiné do texto de João é "KATALAMBANÓ" que significa muito mais entender, ou compreender, do que "tomar posse". Realmente faz todo sentido, pois aquele que está nas trevas está sem conhecimento espiritual, simplesmente não entende a Luz...se abrir os olhos sem estar preparado acaba ficando cego! E essa é a missão principal da Igreja: preparar cada um de nós para abrir os olhos sem ficar cego e poder receber a Luz verdadeira que veio ao mundo, na pessoa de Jesus Cristo!
Uma coisa tremenda, no episódio da Escada de Jacó, no Livro do Gênesis: o lugar onde Jacó se deitou e enxergou o "buraco interdimensional", a tremenda "fenda no continuum espaço-tempo" por onde subiam e desciam os anjos, chamava-se Luz (veja Gênesis 28:19) e aqui surge algo ainda mais fantástico pois esse nome Luz não é algo traduzido do hebraico, na verdade é um misterioso nome Luz em hebraico mesmo! Se olhamos, por exemplo, na Bíblia inglesa (King James) leremos não a palavra "Light" como se esperaria, mas sim "Luz", da mesma forma na Torá hebraica leremos também "Luz", ou seja, na linguagem bíblica original do hebraico foi criada uma expressão única e estranha ao próprio vocabulário hebraico, um estranho nome "Luz", desconhecido de toda a cultura judaica e jamais usado para denominar qualquer outra coisa no hebraico, para misteriosamente nos ensinar que a verdadeira Luz é absoluta! E a Casa de Deus, a Beth-El, está nessa Luz absoluta!
É a essa "Luz" que hoje, por conta da maravilhosa obra de Cristo na cruz, cada homem e mulher sobre a terra está conectado, como por meio de um invisível "tubo" ou "cordão umbilical", que liga nossa alma a esse infinito repositório da Glória Shekkinah, a Energia de todas as Energias, o Fogo Devorador de Deuteronomio 4:24!
Pois bem, a ligação está feita. Cabe a cada um de nós buscar o desenvolvimento espiritual em Cristo, até que possamos literalmente "abrir a válvula" e encher o odre...
Esse metafórico cordão é provido hoje pelo Senhor Santo Espírito, que liga céus e terra (Veja 1 João 5:6-8), da mesma forma que a imensa coluna de fogo e fumaça unia céus e terra no deserto do Sinai, de um lado tocando o céu e do outro tocando a terra, sobre a tampa da arca da aliança dentro do Tabernáculo, assim o Espirito Santo hoje toca o céu de um lado e a terra de outro, sobre o Santo dos Santos que hoje reside não mais no Templo de Israel, mas sim dentro de cada um de nós, pois agora o Templo não está mais em nenhuma igreja de tijolo, mármore e vidro, mas sim dentro de cada um de nós, desde o dia em que o Véu do Templo se rompeu de alto a baixo!
Não podemos nos esquecer de que, no fundo, TUDO É LUZ! É luz a sensação luminosa que vemos ao acender uma lâmpada, é luz também o misterioso azul Cherenkov que vemos envolver as barras de urânio no núcleo de um reator atômico, é luz também o mortal feixe azulado de partículas de alta energia que irrompe do tubo de saída dos gigantescos aceleradores de partículas, também é luz o que sai das antenas de rádio e TV, é luz também o pulso eletromagnético que estimula o nosso miocárdio 70 vezes por minuto e faz nosso coração bater, também é luz concentrada que constitui prótons, neutrons, elétrons e tudo mais neste infinito Universo de cordas e multicordas, tudo sincronizado harmônicamente sob a magistral e magnífica regência do Pai das Luzes, que é Deus, através dos relâmpagos, vozes e trovões que manam, continuamente de Seu Trono, assim como dia e noite emitia Luz o Candelabro Menorah das Sete Luzes, dentro do Lugar Santo do Tabernáculo.
Que criação divina, linda e magistral é a Igreja! E que Deus nos perdoe por termos, século após século, reduzido-a a um simples sistema religioso praticado em templos de pedra e em ritos derivados do paganismo!
Quem é esta que surge como a aurora,
bela como a Lua,
brilhante como o Sol,
imponente como um exército com bandeiras?
(Cântico dos Cânticos 6:10)
Nós não podemos empurrar a "pílula vermelha" goela abaixo das pessoas à força, pois isso também seria um roubo, também seria roubar o direito de cada homem e mulher ao livre arbítrio e isso não podemos fazer. Mas nós podemos mostrar as duas pílulas ao mundo e é justamente isso que hoje começamos a fazer com este Blog!
Podemos dizer que existe uma gloriosa igreja verdadeira que não se resume num sistema religioso cheio de erros e de doutrinas pagãs estranhas aos ensinamentos do Evangelho e existe uma falsa igreja e uma "falsa ortodoxia" que constituem esse sistema religioso farisaico institucional, que hoje tristemente vemos constituir o establishment religioso, levando milhões de almas à danação eterna no lago de fogo e enxofre, criado pelo próprio tormento das almas privadas para sempre da presença da Glória do Altíssimo e da Verdadeira Luz.
Hoje finalmente entendo as sábias palavras do apóstolo Paulo ao nos exortar assim:
" Desperta ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará!"
(Efésios 5:14)
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Glórias sem fim ao Nome de Jesus Cristo! O Cristo que nos ilumina e nos mostra o caminho da Verdade!
Que cada um de nós possa entender que igreja não é um prédio de mármore e vidro, com um pastor engravatado, vestido como um político ou como um executivo, ao som de um conjunto musical que mais lembra um grande show, mas sim um VERDADEIRO ORGANISMO VIVO (por isso o nome igreja orgânica), realmente a Noiva do Cordeiro, que recebeu poder e autoridade do próprio Cristo, para O auxiliar nessa missão de conduzir cada um de nós à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, nos transformando pela renovação do entendimento, até que todos possamos chegar à plenitude de varões e varoas perfeitos à imagem e semelhança do Filho, para que não fiquemos retidos na ante-sala do Reino, mas possamos efetivamente adentrar ao Reino revestidos não apenas das vestes de salvação, mas também do manto de justiça, e ali, no convívio dos eleitos transformados, seguir em frente na missão que o Pai nos mostrar.
Igreja não é um lugar: é um Ser Vivo de imenso poder, um Ser constituído pela Água e pelo Sangue que saíram do lado de Cristo na cruz do calvário e ao qual nos ligamos como um ser único a cada vez que nos reunimos em nome de Jesus Cristo, em duas ou mais pessoas, onde quer que seja: numa casa, num edifício, no bosque, na praia, em qualquer lugar enfim.
Eu sempre insisto em dizer que "Igrejas nos Lares" e "Igreja Orgânica" não são, de forma alguma, sinônimos. Nós podemos nos reunir nas casas e prosseguir seguindo as mesmas doutrinas de homens e tradições meramente humanas que hoje corrompem as igrejas institucionais, deixando assim de ser igreja orgânica.
Por outro lado, podemos também organizar uma comunidade - relativamente grande para caber numa casa - fazendo as reuniões num salão alugado ou cedido por alguém, tal qual foi o cenáculo de Lucas 22:12, porém deixando de lado toda essa tradição corrompida, identificando aquilo que não pertence ao Evangelho de Cristo e deixando a verdadeira Igreja funcionar como um organismo vivo que Ela é.
Enfim: não é o lugar que faz a verdadeira igreja orgânica, mas sim as pessoas e as intenções em seus corações!
Que Deus nos dê forças e bom ânimo para seguirmos nessa missão de conduzirmos cada crente a tomar a pílula vermelha e despertar desse longo sono, deixando que Cristo nos ilumine e nos conduza à Verdade que transforma!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

BOLETIM 8

ESTE BOLETIM FOI ORIGINALMENTE ENVIADO POR EMAIL EM 07/09/2011 AOS NOSSOS LEITORES CADASTRADOS.
O SEU CONTEÚDO SOFREU PEQUENAS ALTERAÇÕES NO EDITORIAL E EM SUAS SEÇÕES, VISANDO ADEQUAR AO BLOG.


EDITORIAL

Depois de discorrer sobre as cinco classes de atos de justiça, reveladas pelo Senhor Jesus Cristo em Mateus 25:31-46, quero tratar sobre um importante aspecto da Parábola dos Talentos, que geralmente passa despercebido de todos. Esse aspecto se refere aos banqueiros, ou corretores, mencionados pelo Senhor, na parte da parábola que descreve o momento em que o servo, que havia recebido apenas um talento, devolve ao seu senhor exatamente a mesma quantia, depois de deixar o dinheiro escondido na terra durante toda a ausência do senhor.
A cuidadosa análise do texto acabou revelando toda uma nova óptica dessa parábola, algo muito importante para todos aqueles - e são muitos - que sentem em seus corações que precisam fazer alguma coisa, mas que não sabem nem por onde começar ou que, simplesmente, não receberam o dom dos socorros em plenitude tal que lhes confira a capacitação para, por iniciativa própria, hospedarem viajantes em passagem ou ainda visitarem hospitais e presídios.
Hospedar em casa um familiar ou um amigo de passagem pela cidade, ou ainda visitar no hospital uma pessoa querida que está enferma, são coisas infinitamente mais simples, para a grande maioria, do que hospedar um desconhecido ou adentrar uma enfermaria de um hospital público, perguntando quem deseja receber uma oração ou ouvir uma leitura bíblica e receber uma palavra de conforto.
A figura dos banqueiros, ou corretores, foi utlizada pelo Senhor para tratar exatamente disto e então revela-se uma linda ponte entre a Parábola dos Talentos e os requisitos estabelecidos por Jesus Cristo em Mateus 25:31-46.
Nosso Senhor Jesus Cristo está ausente por algum tempo.
Ele foi à casa do Pai, nos preparar lugar e certamente voltará, muito em breve para nos buscar.
Assim como aconteceu com os servos da parábola, agora por intermédio do Espírito Santo, que é o Amigo do Noivo, Cristo nos concede os talentos dos dons do socorro e, na Sua volta, vai avaliar, em cada um de nós, aquilo que fizemos com os dons recebidos.
Acompanhe-nos nessa leitura e que o Espírito Santo te conceda sabedoria, entendimento e conhecimento espiritual para que essa chama de amor ágape finalmente se acenda em teu coração e você comece a se esforçar pela multiplicação dos talentos, seja por esforço pessoal, ou seja ainda por intermédio do investimento nos banqueiros.

"Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer;
se tiver sede, dá-lhe água para beber.
Assim fazendo amontoarás brasas vivas sobre a tua cabeça,
e o Senhor te recompensará".
(Provérbios 25:21-22)

EVANGELHO DO REINO

A seguir mais um capítulo da longa, porém importantíssima mensagem do Evangelho do Reino.
Pedimos especial atenção de todos a esse capítulo por sua importância em nossa vida espiritual e por mostrar uma alternativa a todos aqueles que, por uma série de motivos pessoais, sintam-se impossibilitados de exercer tais ações de amor ao próximo de uma forma autônoma e por pura iniciativa pessoal.


Entregando  os talentos aos corretores

Todas as cinco classes de atos de justiça, relacionadas pessoalmente por Jesus Cristo em Mateus 25:31-46, devem ser exercidas individualmente pelo crente, de forma espontânea, não por um esforço de alguém que faz alguma coisa por obrigação, mas sim como algo que seja parte integrante de nossa nova natureza, agora espiritual.
O exercício da justiça não poderá, de forma alguma, substituir o evangelho e a fé, pois, ao tentarmos praticar atos de justiça como um meio de merecermos o reino e não como uma conseqüência natural de sermos filhos do reino, estamos automaticamente incorrendo no erro do “evangelho social” aqui já discutido e que se constitui numa perigosa forma de apostasia, pois muitos que o praticam crêem – erroneamente -  que estão se tornando retos diante do Senhor, porém diz a palavra de Deus que:
“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte”
(Provérbios 14:12)
Para que cada um de nós possa exercer tais atos de justiça, Deus nos capacita através de um dom específico, concedido pelo Senhor Santo Espírito.
No capítulo 12, da Primeira Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo discorre longamente sobre os dons do Espírito Santo e sobre os ministérios (serviços) que recebemos na Igreja. Ao chegar no versículo 28 (1 Co 12:28), Paulo relaciona uma lista de ministérios e dons, onde surge então o dom do socorro, freqüentemente esquecido nas pregações.
É desse dom do socorro que estamos falando, é justamente esse o dom que o Senhor Santo Espírito distribui, em maior ou menor quantidade, conforme a necessidade e o plano de Deus para cada um de seus servos, a todos quantos já receberam o batismo em Cristo e batismo no Espírito Santo, para que possam desempenhar o exercício das obras de justiça.
É esse dom do socorro que agora irá despertar em cada um de nós uma verdadeira chama de amor ágape, um intenso amor que brotará em nossos corações e que nos levará a buscar naturalmente o exercício dos atos de justiça para com os nossos irmãos pobres e necessitados.
Essa chama se acende em todos, porém a sua intensidade é maior, ou menor, conforme seja a proporção concedida a cada um, pelo Espírito Santo, ou seja, alguns a recebem em maior proporção e outros a recebem em proporções menores, resultando então, dessa proporção individual, uma maior ou menor capacidade de realizar os atos de justiça requeridos por Cristo.
Ao falarmos dessa proporcionalidade de distribuição do dom do socorro, é chegado o momento de falarmos sobre a Parábola dos Talentos.
A parábola dos talentos foi contada por Jesus Cristo, exatamente antes dEle falar sobre a prática das cinco classes de atos de justiça e, certamente, isso não foi ao acaso, pois são coisas intimamente relacionadas, como veremos a seguir.
Nesta parábola, localizada em Mateus 25:14-30, Jesus se auto-representa como um dono de terras, que tem de se ausentar por algum tempo e confia a seus servos o trabalho de cuidar de sua propriedade e administrar os seus bens. Essa é exatamente a situação que nós vivemos hoje na Igreja, pois o Senhor Jesus Cristo, o Noivo, foi à casa do Pai nos preparar lugar e, muito em breve, voltará – de surpresa – para nos buscar. O Senhor nos confia trabalho sem nos policiar nisso: somos livres para executar a missão que nos foi confiada ou cruzar os braços e não fazer nada, ou ainda executar displicentemente, de qualquer maneira, ou fazer o melhor possível ao nosso alcance, usando todos os recursos que recebemos e buscando os melhores resultados possíveis. A cobrança virá no final, no dia da volta, quando estivermos no Salão do Reino prestando contas a Nosso Senhor no Tribunal de Cristo, conforme 2 Coríntios 5:1-10.
Naquele dia, um singular dia como jamais houve semelhante, o Rei se aproximará de cada um de nós para verificar se estamos cobertos pelo manto de justiça.
Nessa parábola Jesus classifica todos nós - crentes -  em três classes, conforme os dons do Espírito Santo, que recebemos para exercício do ministério e associa esses dons a “talentos”, que eram uma unidade de moeda usada na época. Para tanto, Ele fala de três servos que receberam os talentos, segundo sua capacidade pessoal: um recebeu cinco, outro dois e outro um, com toda a liberdade de empregá-los como bem entendessem.

Assim acontece também com o dom do socorro: alguns de nós poderão receber esse dom em maior intensidade do que outros e o critério é de Deus, não cabendo a nós discutir os motivos para isso, pois são fruto da infinita sabedoria de Deus, que distribui os dons na quantidade e intensidade requeridas pelo plano estabelecido para cada um de nós.
O servo que recebeu cinco talentos, não pestanejou, e saiu logo em busca de um retorno que multiplicasse – com segurança de resultado – aqueles cinco talentos, valorizando-os e fazendo jus à confiança nele depositada por seu senhor, agindo ainda - da mesma forma - o que recebeu dois talentos.
Entretanto, merece destaque o caso do terceiro, aquele que recebeu apenas um talento, pois corresponde a um padrão de comportamento muito comum nas igrejas: com freqüência vemos crentes não fazendo absolutamente nada, a não ser comparecer regularmente aos cultos dominicais e contribuir com os dízimos e ofertas, ou ainda outros que, embora exerçam funções na igreja, apresentam um desempenho fraquíssimo e muitas vezes voltado mais ao próprio benefício do que visando a edificação do Corpo de Cristo, conforme Efésios 4:10-15.
Hoje continuamos a ver homens e mulheres escondendo na terra os talentos que receberam de Cristo e isso ocorre em função dos seguintes aspectos:
1.       Não valorizamos os dons que recebemos do Espírito Santo
Muitas vezes subestimamos o talento recebido e achamos melhor não fazer nada com ele. Entretanto Paulo é bem claro sobre isso ao discorrer sobre os dons espirituais em 1 Coríntios 12: Cada um recebe dons do Espírito na medida em que lhe seja útil para o serviço a ele confiado pelo Senhor
  • Bezalel era um desconhecido que amassava barro com os pés no Egito, mas recebeu os dons para construir o Tabernáculo de Moisés em toda a sua complexidade de materiais, formas e medidas (Êxodo 31:1-5)
  • Davi recebeu apenas uma boa pontaria, mas com ela mudou os rumos de uma nação (1 Samuel 17:49).
Talentos e dons, na Igreja, são concedidos pelo Espírito Santo para serem usados independentemente de quantidade. Ainda que se receba pouco, temos que empregar a maior qualidade e critério possíveis em seu uso.
Temos sempre a tendência de subestimarmos nossos dons por entender que, quem tem mais possui obrigações maiores, mas o princípio divino do serviço do Reino revela-nos que nossas missões são iguais em importância para o Senhor, independendo de quanto temos ou de como fazemos.
2.       Não achamos lugar para usar os talentos ou como usá-los
Sempre converso com um querido irmão em Cristo que costuma dizer a mesma coisa: “Eu sei que preciso fazer alguma coisa, eu sinto isso, eu sei que já devia ter começado a fazer algo, mas não sei como fazer” e eu geralmente costumo dizer-lhe para não pensar muito no que fazer e como fazer, mas simplesmente fazer!
Nós não devemos – jamais – inutilizar os nossos talentos. Temos que encontrar lugar para usá-los na obra do Senhor, onde quer que seja. Não devemos enterrar o que recebemos de Cristo, alegando falta de oportunidade, pois em algum lugar na missão da Igreja, haverá uma utilidade à altura do nosso talento, e a nós compete apenas achar esse lugar. Temos de tomar extremo cuidado com isso, pois jamais encontraremos uma desculpa razoável diante do Tribunal de Cristo e isso pode comprometer até mesmo a nossa permanência no Reino dos Céus (Mateus 25:30).
3.       Visão errada de Deus e falta de um relacionamento pessoal com Cristo
Senhor, eu sabia que és um homem duro...”, assim começam as desculpas do mau servo para justificar o fato de ter enterrado o dinheiro na ausência do senhor.
Infelizmente, hoje nas igrejas, com freqüência as pessoas confundem “temor ao Senhor” com “medo de Deus” e, por isso mesmo, muitos estão parados em relação a qualquer exercício dos talentos e dons; exatamente por não conhecerem ao Senhor Jesus Cristo na intimidade e - por decorrência - não se relacionarem bem com Ele. Relacionam-se com Jesus por religiosidade, por usos e costumes, unicamente baseados no que ouvem pela opinião do pastor, ou por bocas alheias e não por uma experiência pessoal com Jesus Cristo.
4.       Neutralidade
Aquele servo imaginou que, enterrando o talento recebido, ficaria totalmente neutro e livre de qualquer castigo.
Ser neutro é o mesmo que ser “morno”, isto é, nem quente e nem frio.
Deus detesta o comportamento “morno”: basta ler Apocalipse 3:15-16.
O trabalho de nos colocarmos em ação e multiplicarmos os talentos que recebemos de Deus, executando a obra para a qual  o Senhor nos direciona, seja ela qual for, é dirigido não só ao próximo, como também a nós mesmos, como parte do nosso processo de santificação e do desenvolvimento da nossa salvação.
À medida em que direcionamos o nosso tempo e o nosso esforço para a obra do Senhor, já não vamos mais ter tanto tempo de sobra para as novelas da televisão, para as salas de bate papo da internet, para os jogos de futebol na TV e tantos outros “manjares” que o hoje o mundo nos oferece, no intento de nos afastar de Deus.
Sobre a questão desse esforço de santificação e de transformação estaremos falando mais na próxima parábola a ser comentada e também em abordagens mais específicas, mais à frente, revelando todo um ministério a ser cumprido pela Igreja, para o aperfeiçoamento dos santos até chegarmos à unidade da fé e do pleno conhecimento de Cristo, conforme anunciado por Paulo em Efésios 4:11-16.
Entretanto, temos de concordar com o fato de que, para todos aqueles que não receberam dons do socorro em intensidade tão grande, algumas das obras de justiça requeridas por Jesus Cristo podem revelar-se verdadeiros obstáculos intransponíveis.
Para muitos crentes, entrar num hospital e visitar alguns enfermos, ungindo-os com óleo e impondo-lhes as mãos, ou ainda adentrar a um presídio e visitar alguns presidiários, anunciando-lhes o Evangelho e orando com eles, podem ser coisas extremamente difíceis e quase impossíveis de serem cumpridas.
Da mesma forma, hospedar um migrante - mesmo que seja por alguns dias - pode envolver dificuldades imensas para aqueles que não dispõem nem do espaço e nem das demais condições de suporte e de logística, requeridas para tanto.
Para o crente equivalente ao servo que recebeu os 5 talentos, ou seja, para aquele que recebe os dons do socorro em profusão, esses obstáculos não significam absolutamente nada e certamente ele irá encontrar as soluções prontamente.
Nosso Senhor Jesus Cristo já sabia de todas essas dificuldades que surgiriam nos dias de hoje e, em sua infinita misericórdia, permitiu, aos que recebem menos talentos, uma opção que se configura como uma alternativa válida para aplicação dos talentos recebidos por aqueles que não sabem o que fazer e nem tampouco como fazer.
Essa alternativa é autorizada por Jesus Cristo, e muito bem explicada através do comentário efetuado pelo dono das terras, em Mateus 25:27:
“Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e , quando viesse, receberia o que é meu com os juros”.
Precisamos prestar muita atenção aqui, pois é extremamente importante: apesar de não ser exatamente o melhor resultado esperado, se esse servo - ao invés de esconder seus talentos sob a terra - tivesse entregado aos banqueiros aquilo que havia recebido, teria sido poupado e não seria atirado nas trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes.
A chave dessa alternativa reside na correta interpretação do significado que Jesus quis associar aos banqueiros. Para uma melhor compreensão dessa alternativa, fomos buscar a palavra grega originalmente usada e que foi traduzida por “banqueiro”. A palavra grega originalmente usada é “trapezité” que, em verdade, seria melhor traduzida por “corretor”.
Ora, os corretores são aquelas pessoas com grande experiência no mercado financeiro e com grande habilidade em movimentar grandes somas em dinheiro, aplicando em investimentos e ações rentáveis, multiplicando os valores investidos e retornando, aos aplicadores, somas muito maiores do que as originalmente aplicadas. Isso é “corretagem”, ou seja, usam o nosso dinheiro como se fosse deles e conseguem rendimentos muito maiores porque acumulam grandes somas, aplicando-as de uma única vez.
E como interpretamos o papel do corretor no contexto da parábola dos talentos aplicada ao ministério de socorro?
Ora, é na verdade muito simples e podemos identificar duas alternativas para o papel do corretor.
No contexto da Igreja, o papel primordial do corretor deveria estar sendo cumprido pelo diaconato, pois, se nos lembrarmos do que foi exposto a pouco sobre a criação do diaconato em Atos 6:1-7, veremos que os diáconos receberam a unção apostólica justamente para que o dom do socorro sobre eles fosse derramado em abundância, capacitando-os a exercer todas as boas obras de justiça requeridas pelo Senhor.
O problema com o diaconato hoje é que, salvo raras e abençoadas exceções, a sua função tem sido deturpada lamentavelmente, a tal ponto que, freqüentemente, temos visto diáconos exercendo uma vasta gama de funções, desde a zeladoria e o preparo da Ceia do Senhor, até mesmo chegando à função de um “pastor auxiliar”, sendo que os critérios para tal ministério variam de igreja em igreja e às vezes até mesmo de congregação em congregação, dentro da mesma denominação.
Felizmente existem belíssimas exceções, sendo que eu gostaria de registrar aqui o seguinte regimento interno do diaconato de uma congregação da Igreja Presbiteriana, cujo site visitei recentemente na internet:
MINISTÉRIO DE AÇÃO SOCIAL E DIACONIA
Composto por homens e mulheres que, eleitos pela própria igreja, o Ministério de Ação Social e Diaconia, é o ministério na igreja que visa o exercício da misericórdia entre os irmãos e o próximo.
São deveres dos diáconos e diaconisas:
I - na manutenção da ordem e reverência no templo e em suas dependências;
II - na visitação a enfermos e abandonados;
III - na assistência a órfãos, viúvas, idosos e necessitados;
IV - no estabelecimento de programas sociais;
V - no desempenho de outras funções administrativas atribuídas pelo Conselho.

Esse ministério capta recursos a partir dos dízimos e ofertas, convertendo-os em uma série de programas de ação social, caracterizando-se assim – perfeitamente – o papel do “corretor”.

Se a sua igreja não mantém um diaconato com essas características e nem mantém programas de ação social destinados a possibilitar à congregação cumprir Mateus 25:31-46, existe ainda uma segunda e excelente possibilidade de corretagem.
O papel do corretor se identifica facilmente, de maneira esplêndida, nas associações e ministérios cristãos que reúnem voluntários para o trabalho missionário ou para a assistência social. Ao procurarmos uma dessas entidades e passarmos a cooperar com eles, como voluntários, estamos, de certa forma, agindo como se os nossos talentos estivessem sendo aplicados nos corretores, sendo portanto uma forma válida e muito eficaz de empregarmos os nossos talentos. O Senhor estava dizendo que talentos semeados não nascem da terra, mas podem ser acrescidos nas mãos de banqueiros (corretores). Banqueiros aqui simbolizam obreiros e entidades que sabem dar chances a quem tem talentos e assim, pelo menos os juros chegarão às mãos do Senhor.

O Projeto Caminho de Luz

Neste momento nós gostaríamos de estar apresentando o Projeto Caminho de Luz, que é uma extensão do diaconato da Igreja Orgânica Verdade de Cristo, porém aberto a todos aqueles irmãos e irmãs em Cristo, independentemente das denominações nas quais congreguem, que se sintam motivados a começar a exercer as cinco classes de atos de justiça requeridos por Jesus Cristo, mas que, assim como aquele servo que recebeu apenas um talento, não se sintam em condições de fazê-lo por esforço próprio e queiram a oportunidade de executar essa missão com acompanhamento e monitoria, em grupo, ou ainda simplesmente contribuírem com ofertas que possibilitem a manutenção desse ministério.
Em breve estaremos apresentando mais detalhadamente o Projeto Caminho de Luz e todo o planejamento para a primeira Casa de Apoio Caminho de Luz, a ser construída em Peruíbe e na qual será concentrada toda a infraestrutura para distribuição de alimentos e vestuário à população carente, além de espaço para albergagem temporária de migrantes e alojamento para o pessoal ligado ao ministério e para os colaboradores visitantes voluntários, além de todas as informações para aqueles que sentirem, em seus corações, a motivação para nos enviar contribuições que nos permitam tornar esse projeto uma realidade.
ATÉ A PRÓXIMA!

BOLETIM 7

ESTE BOLETIM FOI ORIGINALMENTE EMITIDO EM 08/08/2011 ATRAVÉS DE E-MAIL ENVIADO AOS NOSSOS LEITORES CADASTRADOS.
ESTA VERSÃO POSTADA NO BLOG SOFREU ALGUNS ACRÉSCIMOS E PEQUENAS ALTERAÇÕES VISANDO A PUBLICAÇÃO NO BLOG

EDITORIAL

A todos os nossos leitores graça e paz da parte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Peço perdão a todos pelo longo período sem novas postagens, o que se deve à reconfiguração de nosso acesso à Internet e ao acúmulo de atividades relativas ao Projeto Caminho de Luz que estamos iniciando aqui em Peruíbe, extremo sul do litoral do estado de São Paulo.
Esse Projeto Caminho de Luz terá como principal missão cumprir exatamente aquilo sobre o qual estaremos discorrendo neste boletim, além de possibilitar a todos nos ajudarem nessa missão, seja com contribuições, ou seja colaborando com o próprio trabalho pessoal, vindo nos visitar e passando um ou mais dias conosco, oportunidade em que poderão nos acompanhar em todas as nossas atividades.
Sobre este Projeto e sobre as formas de nos ajudar estaremos tratando em postagens posteriores, à medida em que o próprio Projeto Caminho de Luz vai evoluindo por aqui e tornando-se uma realidade.
Temos recebido dezenas de mensagens de nossos leitores dando testemunho de bençãos, de restaurações, de resgate de almas que estavam afastadas dos caminhos do Senhor e que agora buscam envergar o manto de justiça.
Somente Jesus Cristo tem a palavra que é a verdade que liberta e, por isso mesmo, seguimos confiantes em nossa missão de anunciar o Evangelho do Reino a todas as nações do mundo.
Neste número estamos trazendo mais uma seção, intitulada Espaço do Leitor, que é totalmente dedicada a você que nos prestigia com a sua leitura e que gostaria de estar colaborando conosco, trazendo uma palavra, um testemunho, um pequeno estudo,  ou até mesmo uma poesia dedicada ao Senhor Jesus Cristo. Basta nos enviar por Email e, na medida do possível, iremos publicando.

ESPAÇO DO LEITOR

Inauguramos esta seção com a colaboração do nosso querido leitor Reverendo Sotel Barros Lima, com formação teológica no Instituto Bíblico Nazareno e na EETAD Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, fazendo ainda o curso de Bacharel em Ministério no Seminário Teológico Evangélico Bíblico. Reverendo Sotel ministrou durante cinco anos no ITQ – Instituto Teológico Quadrangular, tendo ainda implantado e coordenado durante três anos o ETED - Núcleo Teológico da Faculdade Teológica Nazarena em São José do Rio Preto.
Na seção desta edição, o irmão Sotel nos presenteia com uma belíssima preleção sobre a fidelidade de Deus. Vamos ler.

“Apesar da falta de compromisso e lealdade de seu povo, Deus ainda insiste em abençoá-lo.”
(Texto de referência: Êxodo 16: 1-36)
À medida que viajavam pela região do deserto, a crueldade e o sofrimento do Egito foram rapidamente esquecidos quando o povo teve fome. Até mesmo mencionaram que teria sido melhor para eles terem morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, do que passar fome no deserto: (v.3) – “Pois os filhos de Israel lhes disseram: Quem nos dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito,...”
I – Reagindo a essa reclamação de seu povo, à tarde Deus generosamente enviou codornizes: (v.13) – “E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial;...”
II – E de manhã Deus enviou uma substância parecida com pão: (v.13b) – “e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do arraial.”
III – Deus colocou os israelitas à prova ao estabelecer algumas condições para a coleta e armazenamento do maná:
1º - Não deviam guardar o maná de um dia para o outro: (v.19) – “Também lhes disse Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã.”
2º - Na sexta feira deveriam apanhar o dobro, porque o dia seguinte era sábado dia de descanso: (v.5) – “Mas ao sexto dia prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.”
IV – Estas condições não foram obedecidas por alguns do povo: (v.20) – “Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, antes alguns dentre eles deixaram dele para o dia seguinte; e criou bichos, e cheirava mal;...”
V – Mesmo tendo sido livrados dos egípcios pelo poder de Deus, a alguns ainda faltava compromisso e lealdade a Deus.
Nota: No caminho pelo deserto, alguns ainda se rebelavam contra Deus.
VI – Apesar disso, Deus continua convicto em seus propósitos;
1º - Deus forneceu maná pelos 40 anos seguintes: (v.35) – “Ora, os filhos de Israel comeram o maná quarenta anos,...”
2º - Só quando o povo chegou à terra de Canaã é que o maná cessou: (v.35b) – “... comeram o maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.”
VII – Jesus se compara ao maná que Deus enviou no deserto: (Jo. 6:51) – “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre;...”
Aplicação:
À medida que caminhamos neste mundo rumo à Cidade Santa Celestial, não podemos esquecer-nos de onde o Senhor Jesus nos tirou. Jesus tem suprido nossa necessidade até chegarmos lá. Precisamos honrar nossos compromissos com Ele com muita lealdade.
_______*******_______
Sotel Barros Lima, Rev.

Realmente uma benção essa palavra ministrada pelo querido Rev. Sotel, pois ela nos fala da necessidade de honrarmos os nossos compromissos com Cristo, para sermos merecedores do Reino e é justamente sobre esses compromissos, que o Senhor buscará em cada um de nós no Tribunal de Cristo, que estaremos tratando no capítulo do Evangelho do Reino desta edição.


EVANGELHO DO REINO

Nas duas edições anteriores falamos sobre o caráter do homem espiritual, finalmente livre da terrível pena do "corpo da morte", e ressaltamos, como esse caráter vai incluir, naturalmente, o exercício das obras de justiça, não como um meio, mas como uma conseqüência.
Finalmente, antes de falarmos sobre as cinco classes de atos de justiça que são, por assim dizer, uma verdadeira assinatura dos filhos e filhas de Deus, falamos ainda sobre o perigoso "evangelho social", principalmente para que todos possam entender muito bem a diferença entre as duas coisas.
Agora então, depois de já bem informados sobre todos esses aspectos, podemos entrar no mérito dos atos de justiça em si.

As Cinco Classes de Atos de Justiça

Muitas entidades de ação social, ligadas a igrejas, vêem realizando uma série de atuações de responsabilidade social em inúmeras categorias, destacando-se aquelas mais voltadas à alimentação, à assistência médica, ao ensino profissionalizante e à moradia.
Entretanto, embora todas essas frentes sejam muito importantes, no aspecto da assistência social em si, nem todas se enquadram nas categorias, ou classes, de atos de justiça que o Senhor Jesus Cristo espera de cada um de nós, como atos naturais daquele que é realmente nova criatura em Cristo.
Além disso existe ainda a questão do “evangelho social” que acabamos de tratar aqui e que requer, de cada um de nós, muita cautela pois, de maneira alguma, tais obras de ação social podem ser enxergadas como algum tipo de garantia de salvação, pois isso seria uma flagrante heresia e abandono da fé.
Por isso estamos tratando desse tema com toda cautela e em estrito alinhamento com a doutrina de Cristo, que é a verdadeira ortodoxia.
Vamos finalmente encontrar tais classes - muito bem definidas pelo Senhor Jesus Cristo - no Evangelho de Mateus (Mateus 25:31-46), ali estão enumeradas 5 classes de atos de justiça (do grego: dikaios) diante do Tribunal de Cristo, pois diante do Pai já estamos justificados pela fé em Seu Filho, atos que nos recobrirão com uma verdadeira veste nupcial, a tal ponto que ouviremos da boca do Noivo: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”! (Mt 25:34)
Essas 5 classes de atos de justiça – em Cristo - são as seguintes:
1.       Alimentar aqueles que têm fome e não têm recursos para comprar comida. A forma de alimentar pode ser através de fornecimento de cestas básicas, através da distribuição de refeições gratuitas, ou ainda, indiretamente, oferecendo um emprego, uma ocupação remunerada para pessoas pobres, sem qualquer possibilidade de renda, de forma que possam vir a receber alguma remuneração que lhes possibilite obter alimentos para a família;
2.       Dar de beber aos que têm sede. É quase uma extensão da primeira e a ela se aplicam basicamente as mesmas opções daquela;
3.       Oferecer hospedagem aos forasteiros. Aqui não se trata de oferecer uma moradia permanente aos sem-teto, não se trata disso. Aqui Jesus está nos falando de abrigar temporariamente aqueles que estão de passagem, aquelas pessoas pobres, sem recursos, que vieram em busca de um emprego, de uma chance, mas que agora buscam voltar à sua terra de origem, pessoas que muitas vezes ficam dormindo ao relento, deitados sob uma marquise, no chão frio e na garoa da madrugada, com crianças de colo, sujeitos a toda sorte de malvadezas e ameaças, esperando uma passagem social de ônibus que os leve de regresso. É a essas pessoas que Cristo espera que estendamos a nossa mão e ofereçamos um cantinho para se abrigarem temporariamente com um banho, uma refeição quente e um cobertor, até que finalmente possam embarcar e retornar ao lugar de onde vieram;
4.       Distribuir roupas para aqueles que já nem têm mais o que vestir, pessoas das quais muitas vezes nos afastamos ao cruzarmos com elas nas ruas, gente suja e maltrapilha andando cabisbaixa pelas cidades e pelos grandes centros como espectros cinzentos a quem ninguém dá importância. É nessa gente tão sofrida, que já nem pede mais nada, que Cristo se espelha dizendo: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes”. Aqui também a distribuição pode começar com uma pequena visita ao nosso guarda roupas, onde certamente sempre encontraremos muita coisa boa que já não usamos mais, e depois com uma ação direta nossa, entregando pessoalmente aos necessitados, ou ainda doando a instituições de assistência social que certamente dêem o correto destino às roupas: de uma forma ou de outra estaremos vestindo aqueles que não têm o que vestir;
5.       Finalmente algo que para muitos de nós pode parecer difícil, mas quando tentamos fazer pela primeira vez, nos sentimos tão bem que iremos querer fazer sempre. Aqui Jesus nos fala de fazermos uma visita a um hospital e levarmos uma palavra de carinho, uma oração, um abraço àquelas pessoas enfermas e, muitas vezes, tão sozinhas. Na mesma categoria figuram as visitas às prisões, buscando levar uma bíblia, uma oração, uma palavra de coragem àqueles encarcerados que estão arrependidos e que agora buscam a presença de Cristo em seus corações.
Diz o velho ditado que o pior cego é aquele que não quer ver, pois assim é nas igrejas com relação a essa parábola, que freqüentemente vemos ser contestada por aqueles lobos em pele de cordeiro interessados em manter o atual “establishment” da falsa ortodoxia vigente no meio eclesiástico. São pastores, bispos, apóstolos e tantos outros ministros que abordam essa parábola apenas para defender uma posição falsamente “ortodoxa” e dizer que aqueles que foram encontrados sem a veste nupcial são os que ficarão de fora do reino milenar de Cristo: Nada mais errado! É óbvio que não se trata de ficar de fora do reino milenar, mas sim de ficar de fora do Reino dos Céus! Trata-se de perder a adoção e ficar para o resto da eternidade nas trevas exteriores ao Reino dos Céus, onde haverá choro e ranger de dentes para todo o sempre! O texto da parábola declara isso claramente em Mateus 22:13 e Jesus repete essa sombria ameaça em Mateus 25:41 e 46: “Apartai-vos de Mim malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos....E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.
Repetimos aqui o que já concluímos quando tratamos do perigoso “evangelho social”: Quem não consegue, por genuíno amor a Cristo, estender a mão aos pobres e necessitados, não tem a vida em sua fé e, uma fé morta simplesmente não existe, ou seja, é apenas um “acreditar” e nós não somos salvos por “acreditar” em algo, nós não somos salvos por uma “crença religiosa”, mas sim por efetivamente termos a verdadeira fé. A fé viva e verdadeira em Jesus Cristo efetivamente nos transforma, a fé verdadeira quebra o vaso de barro, ao qual Paulo se refere em 2 Coríntios 4:7, e expõe o tesouro oculto que é o homem espiritual que existe dentro de cada um de nós.
Evidentemente, no Tribunal de Cristo, o julgamento dos verdadeiros crentes, daqueles que durante a sua vida cristã manifestaram fé verdadeira e não apenas uma “crença”, não será - de forma alguma - para condenação. A nossa justificação está garantida pelo sacrifício de Jesus, através do evangelho da graça, e a nossa permanência no Reino dos Céus, como filhos, está garantida pela adoção, que tratamos no Evangelho do Reino. Assim, o julgamento dos que efetivamente manifestaram a fé viva e verdadeira, será para premiar os que foram fiéis em envergar o manto de justiça;  todos aqueles que não enterraram seus talentos; que souberam utilizar os dons espirituais e ministeriais recebidos;  e que, enfim, cumpriram a contento a missão que o Senhor confiou a todos e que acabamos de tratar aqui. Estes receberão aprovação divina, recompensa e honra conforme Mateus 25:34, enquanto os  crentes verdadeiros que forem negligentes no exercício de sua fé, receberão reprovação divina, ficarão envergonhados diante dos filhos eleitos e sofrerão até perdas naquilo que edificaram para a eternidade, conforme 1 Coríntios 3:15.
Tudo será revelado no Tribunal de Cristo: até mesmo os nossos atos e pensamentos mais ocultos estão registrados num repositório universal e infalível que será acessado e consultado. Nada ficará escondido, pois é chegado o momento de prestarmos contas de nossas ações, de nossa fidelidade e do nosso zelo pela obra do Senhor enquanto peregrinamos pela Terra.
Não devemos temer a chegada desse julgamento, pois ali estará o nosso advogado, o Salvador em quem devemos confiar plenamente, em primeiro lugar porque Ele conhece muito bem as nossas fraquezas, pois - como Filho do homem – sofreu em sua própria carne todas as tentações que nós sofremos e, em segundo lugar, porque é Ele quem diz:
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (João 6:37)
Mas devemos buscar crescer espiritualmente a cada novo dia como filhos e filhas de Deus, verdadeiros homens e mulheres de fé, separados para o seu Reino, e não meros religiosos, freqüentadores de igrejas, que se limitam a participar dos cultos dominicais, orar, jejuar, dar dízimos e ofertas e passar o restante da semana cuidando dos seus próprios interesses, sem exercer atos de filho em verdadeiro amor ao próximo, porque é apenas o verdadeiro amor ágape que poderá encobrir nossos pecados mais graves naquele dia, como está escrito:
"Ora, já está próximo o fim de todas as coisas. Portanto, sede sóbrios, e vigiai em oração. Tende, antes de tudo, ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Sede hospitaleiros uns para os outros, sem murmuração. Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pedro 4:7-10).
Outros, ainda, ousam dizer que as ovelhas são os crentes e os bodes são os ímpios; outro absurdo disparate sem qualquer sentido, pois Jesus foi bem claro e explícito aqui: o critério da seleção entre bodes e cordeiros não foi a fé daqueles que ali estavam, mas sim terem realizado, ou não, as cinco classes de atos de justiça ditadas por Jesus Cristo.
Basta ler o texto, que é bem simples e direto, não há o que interpretar aqui; há apenas que fazer e Cristo realmente espera que façamos, pois esse será o critério de juízo do Tribunal de Cristo, perante o qual todos nós compareceremos, independentemente de nossa fé, conforme o próprio apóstolo Paulo confirma em 2 Coríntios 5:10.
Em seu evangelho, Lucas escreve uma versão resumida dessa mesma parábola, porém incompleta, pois a ouviu de discípulos que provavelmente omitiram alguns importantes detalhes. O texto está em Lucas 14:15-24. E no texto de Mateus 8:11-12  (Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se-ão à mesa de Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; mas os filhos do reino serão lançados fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.) o Senhor está falando da mesma coisa, porém de outra forma, logo após admirar-se com a grande fé do centurião que veio procurá-Lo para curar seu servo enfermo. Ainda em Mateus 21:28-32 Jesus está falando exatamente do mesmo tema, porém sem o recurso da parábola e aqui Ele identifica claramente quem foi o servo da primeira chamada para as bodas: João Batista. Nosso Senhor Jesus Cristo faz ainda um preâmbulo desta importante parábola, utilizando-se de outra parábola – a dos maus lavradores – em Mateus 21:33-46, onde esclarece ainda mais sobre a identidade dos servos enviados. Da mesma forma em Lucas 13:22-30 o evangelista faz uma síntese envolvendo esses aspectos e ainda outros tais como a palavra sobre a porta estreita.
Todas essas cinco classes de atos de justiça, relacionadas pessoalmente por Jesus Cristo em Mateus 25:31-46, devem ser exercidas individualmente pelo crente, de forma espontânea, não por um esforço de alguém que faz alguma coisa por obrigação, mas sim como algo que seja parte integrante de nossa nova natureza, agora espiritual.
Para que cada um de nós possa exercer tais atos de justiça, Deus nos capacita através de um dom específico, concedido pelo Senhor Santo Espírito a cada crente, em maior ou menor intensidade, conforme a necessidade de cada um.
No próximo post estaremos tratando desse dom e das formas de colocá-lo em prática. Não perca!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

BOLETIM 6 - EDITADO EM 21/07/2011


EDITORIAL
 
A todos os nossos queridos leitores, graça e paz da parte de Jesus Cristo.
Realmente apenas a verdade nos liberta. Enquanto não conhecemos a verdade permanecemos prisioneiros, aprisionados em uma prisão que nem sequer conhecemos, pois já nascemos encarcerados e não conhecemos nada mais além do nosso cárcere e daquilo que conseguimos enxergar através de sua pequena janelinha.
Na realidade tal prisão é o nosso próprio corpo, a nossa própria carne, que esconde dentro de si o homem interior, espiritual: um verdadeiro tesouro escondido dentro de um vaso de barro, conforme 2 Co 4:7. A janelinha é representada pelos nossos sentidos, pois tudo aquilo que conseguimos ver, ouvir, tocar e sentir, é mediado pela carne, pelos olhos e pela nossa mente, conforme 1 Jo 2:16, trazendo até o homem interior uma visão distorcida e limitada, que nos impede de conhecer a verdade por nosso próprio esforço ou pela nossa vã ciência e filosofia, pois nada disso nos liberta, vindo daí o desesperado grito de lamento do apóstolo Paulo:
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo dessa morte?"
(Rm 7:24)
Esse tormento que, no fundo, é a angústia de toda a espécie humana, só encontra alívio na Palavra de Jesus Cristo, porque ela é a verdade, conforme Jo 17:17, pois a Palavra de Cristo é viva e eficaz e somente ela pode derrubar essa barreira da carne e trazer até nós a verdade pura e cristalina:
"Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração"
(Hb 4:12)
Por isso mesmo, nenhuma ação do mundo poderá nos impedir de prosseguirmos nesta missão de levar a palavra que liberta, o Evangelho do Reino, à maior quantidade possível de pessoas em todas as nações, nem mesmo as ameaças de morte que temos recebido, pois cumprimos a expressa vontade do Senhor, manifestada em Mt 24:14.
Temos recebido um expressivo volume de testemunhos de restaurações de famílias, de curas, libertações e de irmãos que estavam afastados dos caminhos do Senhor e que, através da leitura deste boletim, estão agora reintegrados à Igreja e buscam uma vida plena do conhecimento da verdade e da plenitude do Espírito Santo.
Vamos prosseguir nesta caminhada da verdade. 
 
PASTOR ON-LINE
 
Nestas ultimas semanas ainda não temos conseguido permanecer on-line no MSN durante o tempo que gostaríamos de estar, pois estamos tratando de uma série de providências visando o Projeto Caminho de Luz, o qual muito em breve estaremos apresentando aqui no boletim.
Esperamos em breve poder estar disponíveis durante um período maior todos os dias, para todos que quiserem um aconselhamento, uma oração, fazer um comentário, esclarecer dúvidas bíblicas ou de fé e até mesmo simplesmente conversar um pouco.
Se você ainda não nos adicionou como contatos em seu Messenger MSN, basta adicionar david.spadaro@hotmail.com .
 
CURIOSIDADES BÍBLICAS
 
A terrível pena do "corpo da morte"
 
Neste Edital citamos Romanos 7:24, onde Paulo usa a expressão "corpo dessa morte", sendo que essa é uma expressão pouco conhecida e, por isso mesmo, muitas pessoas não conseguem captar toda a força daquilo que Paulo procura transmitir.
Acontece que, naqueles tempos, o estado romano aplicava aos assassinos uma terrível pena de morte, conhecida como "o corpo da morte". Nessa horrível condenação, o corpo da vítima era fortemente amarrado ao corpo de seu próprio assassino, costa a costa, braço a braço, perna a perna. Dessa forma, enquanto o corpo da vítima ia apodrecendo, também ia contaminando o seu assassino que logo morria.
Paulo usa toda a força da imagem dessa execução para ilustrar a nossa própria condição, onde o corpo da morte representa o homem carnal, exterior, que embora pareça vivo, já está morto pelo pecado e se decompõe aos poucos, envelhecendo até a morte. O homem espiritual, interior, verdadeiro prisioneiro desse calabouço carnal, irá inevitavelmente morrer também, a não ser que consiga ser libertado através da Palavra de Jesus Cristo.
  
O EVANGELHO DO REINO
 
No ultimo número encerramos a exposição sobre a decodificação da parábola das bodas, onde discorremos sobre a doutrina da justificação pela fé e a doutrina da adoção pelo batismo em Cristo, associando-os às vestes de salvação e ao manto de justiça, restando agora esclarecer-se quais são os atos de justiça que Jesus Cristo espera de cada um de nós, como verdadeiros filhos e filhas de Deus, para que possamos permanecer na presença de Deus por toda a eternidade, como membros de Sua família, no convívio dos eleitos.
Antes de respondermos definitivamente a essa pergunta, é preciso que falemos algo sobre aquilo que vem sendo chamado de “Evangelho Social”, pois como trataremos de obras de ação social, existe um risco de que aquilo que postulamos seja erroneamente confundido com essa doutrina, com a qual nada temos em comum.
Essas informações serão uteis a todos até mesmo como um alerta, pois muitas "seitas de evangelho social" têm se introduzido no meio eclesiástico e podem iludir aqueles menos informados sobre o assunto.

O Perigoso Evangelho Social

Uma vez que estamos começando a discorrer sobre as obras de justiça, que passam a ser parte natural do estilo de vida dos filhos de Deus, convém dedicarmos algum tempo para falarmos sobre aquilo que tem sido chamado de “Evangelho Social”, até mesmo porque, tendo em vista o rumo de nossa exposição do tema do Evangelho do Reino, alguns leitores poderão – inadvertidamente – associar nossa mensagem a alguma forma de expressão desse “evangelho social”, o que seria uma forma totalmente errada de interpretação daquilo que estamos aqui expondo.
A melhor forma de evitar-se qualquer mal entendido é o esclarecimento, pois nada melhor que a correta informação para lançar luz sobre qualquer controvérsia e evitar-se erros de interpretação. Sendo assim, buscaremos, nas próximas linhas, descrever aquilo que vem sendo chamado de “evangelho social” e mostrar como é totalmente distinto daquilo que estamos tratando.
O termo “evangelho social” tem sido usado - freqüentemente - para designar uma espécie de “tendência” que tem levado muitas pessoas a imaginarem que a Igreja deva ser uma espécie de centro de assistência social destinado às comunidades carentes, incluindo distribuição de cestas básicas, roupas, etc., a tal ponto que o anúncio do Evangelho, a oração e a adoração ficam relevados a um plano secundário.
 Nas igrejas que praticam esse suposto “evangelho social” ouve-se muito pouco sobre as grandes doutrinas bíblicas do evangelho da graça e do evangelho do reino. Não há uma preocupação legítima com a salvação dos pobres e necessitados ali socorridos, mas tão somente uma espécie de satisfação com a prática da ação social, sem dar-se muita importância ao fato dos beneficiados estarem, ou não, sendo salvos.
Aqui reside o grande erro do “evangelho social”, pois a mesma Igreja que estende a mão aos necessitados, para colocar em prática Mateus 25:31-46, também deve ser a mesma que proclama o Evangelho do Reino, colocando em prática Mateus 24:14, e também deve ser a mesma que faz discípulos, batizando-os em Cristo e ensinando-lhes a doutrina de Cristo, colocando em prática Mateus 28:19-20. Isto sim é Igreja, pois busca o equilíbrio.
Jamais a igreja deve trocar a autêntica mensagem redentora do evangelho da graça e a mensagem transformadora do evangelho do reino por uma falsa doutrina de transformação meramente social do homem, como querem os adeptos e defensores desse “evangelho social”.
O recente, e crescente, debate que hoje assistimos, onde - de um lado – figuram os méritos do evangelismo puro e quietista e – de outro – figuram aqueles da ação pietista em prol da responsabilidade social, não tem sentido, pois, como Igreja, somos chamados por Deus, tanto para testemunhar como para servir: ambos são parte de nossa missão cristã e, exercer apenas um deles, seja qual for, em detrimento do outro, certamente não agrada a Cristo, como Ele mesmo deixou bem claro em Mateus 7:21-23.
Certamente temos de rejeitar o assim chamado “evangelho social” como uma alternativa ao evangelho da graça e ao evangelho do reino, porém jamais deveríamos ter colocado a  obra evangelística da Igreja e a sua ação social uma contra a outra, como se fossem alternativas distintas, pois, na verdade, ambas são expressões autênticas de amor ao próximo. Pois o nosso próximo não é uma alma sem corpo e, nem tampouco, um corpo sem alma. Não podemos reivindicar amar nosso próximo se pregamos o evangelho a alguém com tanta fome que nem consegue se concentrar naquilo que ouve.
A ordem explícita do Senhor foi esta: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mateus 14:16)
Entre as muitas ações necessárias hoje, para que haja uma genuína restauração da Igreja, eu incluiria  a urgente necessidade de um reposicionamento sobre o suposto “confronto”  entre o evangelismo quietista e a ação social pietista, principalmente em três aspectos:
·         Um verdadeiro reconhecimento de que os ambos são parte da verdadeira missão da Igreja, como auxiliadora de Cristo. Nenhum dos dois pode ser um meio para o outro. Cada qual existe em seu próprio direito, em sua própria missão dentro da seara do Senhor. Assim, ambos devem estar incluídos no programa ministerial de toda igreja local.
·         Um verdadeiro reconhecimento de que ambos são responsabilidade de todo crente individual, pois todo cristão é também uma testemunha e um servo de Cristo, e deve responder aos convites para servir, sejam eles para o evangelismo ou para o socorro, pois como bem lembra o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12:28, ambos figuram como ministérios e dons do Espírito Santo, junto a outros tais como a cura das enfermidades e a operação de milagres.
·         Finalmente, como conseqüência do anterior, um verdadeiro reconhecimento de que, embora ambos sejam ministérios da igreja, Deus chama crentes diferentes para ministérios diferentes e as capacita com os dons apropriados para o exercício desses ministérios. Todos não podem fazer tudo; alguns são chamados para serem evangelistas, outros para serem socorristas, outros para impor as mãos aos enfermos e os curarem e assim por diante, até a obra da Igreja estar completa. Dentro de cada igreja local certamente Deus proporciona espaço tanto para o evangelismo como para a ação social e isso precisa começar a ser respeitado, juntamente com todas as demais ações de restauração da Igreja.
Conclusão: uma igreja de equilíbrio

Todos aqueles que têm enxergado a igreja apenas como um negócio lucrativo e que se incluem entre aqueles que compõem o atual establishment religioso evangélico e têm construído verdadeiros impérios financeiros às custas do acúmulo de dízimos e ofertas, certamente se opõem fortemente a qualquer expressão de ação social, pois isso representaria “evasão de recursos”, e assim se apressam a taxar de “evangelho social” qualquer manifestação de obras de justiça, nascidas na igreja e direcionadas aos pobres e necessitados. Não apenas são rápidos nesse sentido, como também logo acrescentam que a obra da Igreja é tratar da salvação pela fé em Cristo e que, qualquer preocupação social seria um desvio.
É de tais pessoas que Tiago fala ao escrever:
“Meus irmãos, que proveito há se alguém disser que tem fé, e não tiver obras? Pode essa fé salvá-lo?
Se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz; aquentai-vos e fartai-vos, mas não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”.
(Tiago 2:14-17)
De que está falando Tiago? Estaria ele dizendo que, porventura, nossas boas obras poderiam salvar-nos? Claro que não! Tiago foi discípulo do Senhor e entendia muito bem a doutrina da justificação pela fé, pois a ouviu diretamente da boca do Mestre!
Mas de que Tiago está falando então?
Vamos responder a essa pergunta usando uma passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos que descreve cenas do funcionamento da Igreja, tal como era no princípio, quando todos ainda buscavam seguir, da melhor forma possível, o modelo originalmente concebido por Jesus Cristo.
Quero chamar a atenção de todos para a importante e esclarecedora leitura de Atos 6:1-7: ali vemos uma igreja realmente preocupada em cumprir, à risca, todas as ordenanças estabelecidas por Cristo: não apenas a pregação do Evangelho e a oração, mas também cumprir as cinco obras de justiça determinadas pelo Senhor Jesus Cristo e claramente registradas em Mateus 25:31-46. Ali surge agora uma contenda entre as viúvas israelitas e as gregas, visto que estas últimas estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos.
Ora, se essa atividade fosse uma mera manifestação de um “evangelho social” então a decisão naturalmente esperada, dos apóstolos, seria simplesmente cancelar a distribuição de alimentos aos que têm fome, pois seria algo fora do contexto da Igreja e assim descartável.
Mas foi isso que aconteceu? O Livro de Atos diz que os apóstolos mandaram parar com a distribuição de cestas básicas ou algo assim? Não! Muito pelo contrário!
Logo mais voltaremos a falar sobre a verdadeira finalidade e importância do diaconato dentro das igrejas.
A igreja verdadeira é aquela que busca o perfeito equilíbrio entre ação espiritual e ação social, assim como buscaram os apóstolos, com a criação do diaconato, deixando aos pastores a direção dos cultos, a pregação, as orações e a administração eclesiástica. No equilíbrio a ser buscado, nem se pode incorrer no erro de muitas organizações religiosas de ação social, que acabam relevando a um plano secundário a evangelização e a adoração, e nem – tampouco – podemos descartar toda e qualquer manifestação de ação social, mantendo apenas o esquema da escola dominical e dos cultos regulares, desencorajando toda e qualquer atividade de exercício do amor ao próximo.
A igreja do equilíbrio que agrada a Deus é aquela que atua em perfeita harmonia com as duas posições especificas da Carta aos Romanos, conforme o quadro seguinte:
Romanos 2: 6-11
Romanos 3:21
Deus recompensará a cada um segundo as suas obras:
Dará a vida eterna aos que, com perseverança em fazer o bem, procuram glória, honra e incorrupção.
Mas indignação e ira aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade, e obedientes à iniqüidade.
Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal, primeiramente do judeu e também do grego;
Mas glória, honra e paz a qualquer que pratica o bem: primeiramente ao judeu e também ao grego.
Pois para com Deus não há acepção de pessoas.
Mas agora se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas.
Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos [e sobre todos] os que crêem. Não há distinção,
pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 
e são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
Deus o propôs para propiciação pela fé no seu sangue...
...
Concluímos pois que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.
Pois todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. (2 Coríntios 5:10)

O “evangelho social” não existe, é um termo inventado pelos homens e trata-se de uma falsa doutrina. A palavra “evangelho” significa “boa nova” e a única boa nova que a Igreja pode - e deve - anunciar ao mundo é o próprio Jesus Cristo e a sua obra de redenção, que nos propiciou a justificação pela fé e o direito a tomarmos posse de nossa herança de filhos de Deus.
A Igreja deve ser cristocêntrica, ou seja, o centro é Cristo: toda a nossa atenção, todo o nosso amor, toda a nossa adoração, todo o nosso louvor, enfim, devem ser dirigidos a Jesus Cristo. Porém, como legítimas novas criaturas em Cristo, deve ser algo natural em nós o exercício das obras de justiça por Ele mesmo requeridas de cada um de nós, direcionadas aos pobres e necessitados. O nosso amor é direcionado a Jesus, mas Ele mesmo se espelhou nos famintos, nos sedentos, naqueles que não têm o que vestir, nos migrantes que não têm onde repousar, nos enfermos solitários nos hospitais e nos prisioneiros jogados em celas escuras. O nosso sincero amor fraterno aos pobres e necessitados agora se revela em amor ágape direcionado a Jesus Cristo:  “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes” (Mateus 25:40).
Quem não consegue, por genuíno amor a Cristo, estender a mão aos pobres e necessitados, não tem a vida em sua fé e, uma fé morta simplesmente não existe. Por isso mesmo Jesus nos deixou esta sombria questão:
Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
(Lucas 18:8b)
 
 
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