Uma igreja primitiva a serviço de Jesus Cristo,



no aperfeiçoamento dos santos, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus.





CONTATO

E-mail: ivecri@gmail.com
Correspondência: Caixa Postal 45 - CEP 11.750-000 - Peruíbe - SP - Brasil

Apresentação

Este Blog é dedicado à missão de trabalhar pela restauração da Igreja originalmente concebida por Jesus Cristo, através do despertar de uma verdadeira consciência cristã em todos aqueles que, independentemente de suas denominações, busquem o ideal da simplicidade que há em Cristo, libertando-se da religiosidade e das doutrinas originadas de idéias e tradições humanas, que acabaram gerando uma falsa ortodoxia.

Nossa missão essencial é a recuperação do modelo original da igreja primitiva, ainda anterior à Assembléia de Jerusalém, e também o anúncio do Evangelho do Reino.

Começamos a transmissão dessa mensagem através dos nossos "Boletins Verdade de Cristo", enviados por Email a grupos de leitores em todo o mundo, e agora Deus nos orientou a criarmos este Blog, com a mesma finalidade e missão, onde os internautas poderão encontrar também os boletins já emitidos até hoje.





QUEM SOMOS NÓS

Somos uma congregação cristã que se enquadra no modelo de igreja orgânica, sendo identificada como IGREJA VERDADE DE CRISTO, apenas como uma forma de identificar claramente a nossa congregação, e que - desde sua fundação - se identifica como uma igreja de discípulos.

CONCEITUANDO A IGREJA

Mas o que é a igreja? Que pessoas a constituem e com qual propósito? E oque Paulo apóstolo quer dizer quando chama a igreja de "corpo de Cristo"? Para podermos responder plenamente a todas essas perguntas, precisamos – de início – compreender três coisas fundamentais:

  • Em primeiro lugar, é importante esclarecer-se que a palavra “igreja” vem da palavra grega ekklesia. Ao ser usada como uma expressão quotidiana do mundo, ekklesiaera usada para designar uma assembléia ou reunião qualquer de pessoas com as mais diversas finalidades, porém, ao ser usada no grego koiné dos textos do Novo Testamento (NT) essa palavra ganha um sentido mais específico, que é a assembléia ou reunião dos crentes em Jesus Cristo, que o aceitaram como Único Senhor e Salvador e que seguem a Sua Doutrina e que praticam os Seus mandamentos e ordenanças para a Igreja, tal qual especificados nos Evangelhos;
  • Em segundo lugar – e certamente isso é algo mais complexo e misterioso - precisamos compreender que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, um ser espiritual - inteiramente novo e tremendo - pessoalmente criado por Deus a partir de Jesus Cristo e também é a assembléia de crentes acima já qualificada. Ou seja:
    • Como um ser espiritual a Igreja é a Noiva do Cordeiro, a Nova Eva criada por Deus a partir do Novo Adão que é Jesus Cristo para que – assim como a primeira – seja sua auxiliadora. Essa “Nova Eva” espiritual é representada,no Livro do Apocalipse (Ap 12) pela visão da ”Mulher Gloriosa” apresentada ao apóstolo João e foi criada por Deus a partir da água e do sangue que saem do lado de Jesus no momento de sua crucificação (representando dois de seus 3 ministérios) assim como a “antiga Eva” foi criada por Deus a partir de um osso retirado do lado do primeiro Adão. Assim como o antigo Adão recebe vida a partir do “sopro de Deus”, também a Igreja recebe vida a partir do “sopro do Cristo ressurgido”como se lê no Evangelho de João, em Jo 20:22. Isso é um mistério, mas assim é, tal como explica e descreve Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:22-33);
    • Como uma assembléia, é a reunião – ou comunidade espiritual - de todos os crentes cristãos e verdadeiramente salvos, de todos os tempos, a saber: passado, presente e futuro. Esta é uma das melhores formas de se conceituar a Igreja como “universal assembléia” tal como aceita pela maioria dos teólogos, e que pode ser observada por exemplo em Grudem, Wayne – “Teologia Sistemática” (44, A, 1). Essa “Universal Assembléia Espiritual” é representada fisicamente na terra por “instâncias”, também conhecidas como “igrejas locais”, que são as diversas denominações hoje existentes, fundadas por homens, com a finalidade de cumprir a missão da Igreja, através dos ministérios a ela delegados por Cristo. Com respeito a esses ministérios é feita uma exposição detalhada mais à frente.
  • Finalmente, em terceiro lugar, é preciso entender profundamente o contexto social e histórico da época em que a igreja primitiva local surgiu, e como o cruzamento das culturas hebraica e helênica se associou a idéias, objetivos pessoais e conceitos dos primeiros bispos da igreja e de governantes ambiciosos, para ir – pouco a pouco – adulterando o modelo originalmente concebido por Jesus Cristo e – como resultado dessas alterações – dando lugar a uma outra instituição, hoje erroneamente conhecida como “igreja”, mas que – na realidade – é um conjunto de doutrinas (ortodoxia) adotado por distintas instituições dos vários ramos da “igreja local” hoje existentes. Dois eventos merecem destaque nessa série de mudanças, porque foram os responsáveis pelas maiores alterações:
    • Por responsabilidade do Bispo Tiago, da Igreja de Jerusalém, o Concílio de Jerusalém, retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), lembrando que não temos hoje uma ideia precisa de tudo quanto foi abolido da doutrina original além das questões sobre a circuncisão e outras associadas ao rito judaico, visto que o texto do Livro de Atos é muito genérico e perigosamente abrangente:

“Na verdade, pareceu bem ao espírito santo e a nósnão vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá”.(At 15: 28-29)

Tudo mais que foi transmitido por Paulo, Silas, Barnabé e Judas aos Bispos da Igreja de Antioquia é desconhecido, porém logo depois desapareceria a Igreja de Jerusalém e ali, em Antioquia, viria a florescer o cristianismo religioso que hoje conhecemos, com liturgia de culto, hierarquias sacerdotais, edifícios especialmente dedicados à função de templos cristãos, púlpitos, altares e vestimentas sacerdotais, além de tudo aquilo que hoje conhecemos como ortodoxia. Lembramos que foi de Antioquia que partiram missões destinadas às principais comunidades cristãs da Antiguidade, buscando impor a essas comunidades o modelo de igreja ali praticado e abolindo o modelo original anterior: um prejuízo incalculável que viria a ser aumentado ainda mais no século IV;

    • Por responsabilidade do imperador romano Constantino, o Concílio de Nicéia, realizado em 325 d.C., onde, por conta de se discutir a questão ariana e algumas outras questões menores como a data da Páscoa e outras, muitas outras alterações foram introduzidas nas reuniões preliminares (não documentadas) celebradas entre os teólogos de Constantino e os bispos representantes das igrejas. Por ação de Constantino foi definido o modelo seguido pela Igreja de Roma e pela Igreja de Constantinopla, corrompendo ainda mais o que já havia sido deturpado pelo modelo de Antioquia. A religião cristã tinha um papel fundamental para a manutenção da unidade do império. A unificação de crenças, costumes e ritos - cristãos e pagãos - garantia certa coesão entre as diferentes partes do império, e a hierarquia sacerdotal legitimava o poder do imperador. Por sua vez, a figura do imperador era fundamental para a unidade da própria Igreja. O combate às heresias, que eram as idéias contrárias à doutrina oficial da Igreja (Ortodoxia) e a eventuais ritos diferentes daqueles adotados e aprovados pela hierarquia eclesiástica reforçava a união Estado-Igreja. O Estado precisava da unidade doutrinária do credo cristão, e a Igreja necessitava da interferência do imperador na resolução dos problemas doutrinais, resultando numa simbiose extremamente poderosa.

Esse status vigente deveria – e poderia - ter sido integralmente quebrado pela Reforma Protestante, mas infelizmente isso não aconteceu e boa parte desse modelo da ortodoxia foi adotado também por Lutero e Calvino e assim perdura até os dias de hoje como um establishmentreligioso eclesiástico, que transcende até mesmo o abismo doutrinário que separa o mundo católico do mundo reformado, compondo um conjunto doutrinário comum, fora do qual tudo é indistintamente rotulado como “heresia”, como “heterodoxia” e até mesmo como “vento de doutrina”.

Alguns defensores mais exaltados da ortodoxia vigente ousam declarar que tais mudanças foram benéficas e precisariam acontecer porque a Igreja precisava se modernizar e acompanhar a modernização da sociedade, ao que nós respondemos que a Igreja foi criada por Cristo, e que Cristo é o mesmo ontem, hoje e para todo o sempre!

IGREJA DOS DISCÍPULOS E IGREJA DA MULTIDÃO

Ao lermos com atenção os evangelhos, é fácil perceber que o Senhor Jesus Cristo criou – na verdade - dois modelos de assembléia (ekklesia) local, ambos parte da mesma universal igreja espiritual, a saber: uma assembléia para congregar a multidão e uma assembléia destinada a congregar os discípulos de Cristo. Essa distinção fica muito bem clara nos evangelhos, quando lemos que o Senhor era sempre acompanhado de dois grupos: a multidão que era de mais ou menos 5000 pessoas, e os discípulos, que eram cerca de 120.

A multidão seguia Cristo em busca do perdão dos pecados e justificação diante de Deus, da cura das enfermidades, da expulsão de demônios e da satisfação das suas necessidades mais imediatas, onde a mais freqüente era a fome: isso é Evangelho da Graça (Atos 20:24).

Já os discípulos buscavam estar com Cristo por amor a Ele (Jo 21:15-17), para estar junto dEle, para servi-Loe buscarem a verdadeira libertação, que só vem através do conhecimento da verdade (Jo 8:31-32): isso é parte do Evangelho do Reino: o verdadeiro evangelho que Cristo ensinava (Mt 4:23, 9:35, 24:14) e do qual conhecemos uma pequena parte na forma de parábolas e de todos os discursos do Senhor Jesus Cristo nos quais Ele começava dizendo: "O Reino dos Céus é semelhante a" e também no assim chamado Sermão da Montanha e que ocupa os capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus e de partes do Evangelho de João, notadamente João 3 e João 4.

Uma diferença notável entre ambas as congregações é o seu testemunho sobre Jesus de Nazaré. Essa diferença aparece, de forma gritante, no diálogo entre o Senhor e seus discípulos, retratado em Mateus 16: 13-18, e persiste ainda até hoje quando observamos as atitudes e os testemunhos da maioria dos freqüentadores das grandes igrejas da multidão, que congregam até mais de 5.000 pessoas numa única reunião. É freqüente observar-se as pessoas buscarem essa ou aquela denominação porque o bispo, apóstolo ou pastor é “milagreiro” e “ora forte”, pessoas que não buscam firmar sua base espiritual na rocha firme da Palavra do Senhor e que acabam aceitando muitas vezes verdadeiras heresias, simplesmente porque o líder da denominação assim o disse, sem base bíblica, sem comprovação pelo exame das Escrituras.

Não somos uma igreja local cujo perfil seja reunir grandes multidões, porém buscamos congregar discípulos e discípulas de Cristo, crentes fortalecidos na fé, que efetivamente busquem o alimento sólido do Evangelho do Reino e que não mais se contentem apenas com o leite da doutrina elementar (Evangelho da Graça) pregada à multidão, tal como é mencionado na Carta aos Hebreus (Hb 5:12-13). O verdadeiro discípulo é aquele que já crê de todo o coração em Jesus Cristo, já sabe que Jesus o ama, já busca crescer em santidade e busca sempre confessar os seus pecados – com o coração arrependido – a cada vez que peca.Mas o discípulo sabe que isso não basta, pois o verdadeiro discípulo é aquele que crê e pratica todas essas coisas, mas que agora ainda quer saber como encher-se do Espírito Santo – conforme Ef 5:18-21 – até atingir a plenitude (pleroma), quer saber como estar em Cristo e efetivamente tornar-se um com o Senhor, quer saber enfim como atingir a unidade da fé, o conhecimento do Filho de Deus e a estatura de varão e varoa perfeitos em Cristo (Ef 4:13). O discípulo é aquele que já sabe que sua SALVAÇÃO PRECISA SER DESENVOLVIDA com temor e tremor ( Fi 2:12) e que não é simplesmente através de uma oração que tenha feito no momento em que se tornou cristão, ou ainda através da simples freqüência aos cultos dominicais e da observação de usos e costumes que irá conseguir esse desenvolvimento espiritual.

É conclusão nossa – após longo período de pesquisa da História da Igreja e dos textos do Novo Testamento, que a verdadeira e pura igreja dos discípulos deixou de existir – de uma forma autônoma - logo nos primeiros séculos da história eclesiástica; e isso por uma ação de bispos da igreja da multidão, que se valeu de sua expressiva maioria numérica, para exercer poder e legislar sobre as demais igrejas, o que já vemos acontecer no Concílio de Jerusalém retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), onde – por decisão do bispo de Jerusalém (Tiago, irmão do Senhor e não apóstolo) a Doutrina de Cristo cedeu lugar à Doutrina dos Apóstolos e piorando ainda mais depois, por obra do imperador Constantino, em 325 DC após as decisões do Concílio de Nicéia, instituindo um conjunto de doutrinas e costumes básicos, que passou a ser conhecido como ORTODOXIA e que – infelizmente - tem sido o padrão doutrinário seguido até os dias de hoje por todas as denominações, sejam elas católica, ortodoxa, protestante luterana, batista, evangélica e neo evangélicas. Todas elas, sem exceção e apesar de certas diferenças entre umas e outras, seguem exatamente o mesmo padrão geral deixado por Constantino, padrão esse que ele chamava de “Igreja do Salvador” e que se tornou, por assim dizer, o modelo de ortodoxia a ser seguido, sendo que qualquer tentativa de repudiá-lo e voltar ao modelo original sempre foi classificada como “heresia”. Na realidade essas características acabaram infelizmente sobrevivendo nas igrejas reformadas porque a Reforma de Lutero foi muito fraca, tão fraca que - alguns anos depois - muitos dos expoentes da Reforma já clamavam por uma “reforma da reforma” e originaram movimentos paralelos tais como o Quietismo, o Pietismo e outras correntes eclesiásticas, como o Metodismo de John Wesley, fortemente influenciado pela Igreja dos Irmãos Morávios, por exemplo.

Muitos que – desde o início – não aceitaram esse suposto “modelo ortodoxo” e suas novas doutrinas, buscaram manter preservada a igreja original de Cristo através do refúgio no deserto, ou ainda do isolamento (como os anabatistas por exemplo), mas foram todos alcançados pelo "rolo compressor" da falsa ortodoxia, até hoje vigente, e foram extintos.

Na realidade, tudo o que sobrou nos dias de hoje, como um mero “vestígio” remanescente da igreja dos discípulos, é a assim chamada divisão interna na organização eclesiástica em um nível sacerdotal (padres, pastores, bispos, diáconos, obreiros, presbíteros, anciãos, etc.) e um nível laico (leigos, ovelhas, etc.); divisão essa que podemos observar hoje em qualquer denominação cristã como uma mera “sombra” do passado.

UMA IGREJA ORGÂNICA

Posteriormente, concluímos ainda que, além de buscarmos resgatar a igreja dos discípulos, haveria ainda a necessidade de se resgatar todo o modelo original da igreja autentica idealizada por Jesus Cristo, a saber:

ü Uma igreja que não acumula riquezas, pois tudo quanto recebe em dízimos e ofertas deve ser direcionado aos pobres e vítimas da exclusão social, sob a forma de distribuição de alimentos e cestas básicas, roupas e demais ações claramente identificadas pelo Senhor Jesus Cristo no Evangelho de Mateus (Mt 25:31-46);

ü Uma igreja itinerante, sem templos, porque o verdadeiro templo espiritual hoje está dentro da cada um de nós e porque Jesus Cristo não mandou os discípulos alugarem ou comprarem prédios e colocarem placas nas portas, mas mandou que as reuniões fossem feitas de forma simples, nas próprias casas das famílias, nas praças e nos bosques (Jo 4: 21-24; Lc 9: 57-62, 10: 1-11);

ü Uma igreja onde pastor não usa púlpito e nem veste obrigatoriamente terno e gravata, pois Nosso Senhor Jesus Cristo não usava as roupas finas dos sacerdotes fariseus e nem mandou que seus discípulos usassem qualquer tipo de traje especial para pregarem o Evangelho do Reino. Aliás, pelo contrário: O Filho de Deus, a Luz Eterna que veio ao mundo para nos salvar, usava uma túnica simples de linho e muitas vezes caminhava descalço pelas estradas poeirentas de Israel. A pesquisa da evolução dos costumes eclesiásticos mostrou que o terno e a gravata são uma ostentação oriunda da evolução da batina dos padres e depois das túnicas negras dos reverendos luteranos, calvinistas e metodistas: tudo religiosidade pura e sem sentido algum para Deus (Lc 9:13).

Por esses motivos, hoje nos identificamos também como umaigreja orgânica, uma igreja local que não dispõe de um local específico que seja usado como templo e que faz as suas reuniões nas casas das famílias, na praia, nos jardins, nas praças e nas associações.

A esse propósito lembramos que o modelo de igreja orgânica não pode ser confundida com os chamados Grupos Familiares hoje existentes em quase todas as formas de igrejas locais e nem tampouco com as Células das igrejas locais com Visão Celular, visto que todas essas ainda mantêm pelo menos um Templo físico e adotam praticamente toda a tradição do modelo da ortodoxia, incluindo pastores que obrigatoriamente precisam usar gravata, púlpito, etc.

IGREJA DE AMOR ÁGAPE

Somos uma Igreja que, através da proclamação do Evangelho, procura dar testemunho do nome de Jesus Cristo ao mundo – conforme o comissionamento registrado no Evangelho de Marcos (Capítulo 8, Versículo 29) e, por intermédio desse anúncio, exercer o amor, em primeiro lugar através do serviço a Deus, nas 3 pessoas da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo -, depois aos crentes – através de ministérios que os conduzam à santificação e à transformação em novas criaturas – e finalmente ao mundo, por intermédio do exercício do amor ao próximo, do chamado e do ministério da reconciliação com Deus, exercidos em Casas de Apoio de nossa fundação, em visitas a hospitais e presídios, em viagens missionárias a localidades remotas e carentes, em mensagens veiculadas através da Internet em e-mails e através de nosso site, de publicações e ainda através de programação televisiva ou de rádio, bem como através de reuniões – como igreja orgânica – celebradas em casas de famílias, em associações, em praias, parques e bosques, ou ainda qualquer outro local onde seja possível nos reunirmos em nome de Jesus Cristo.

Como igreja local, somos um grupo de crentes em Jesus Cristo que concordam em buscar e exercer juntos os ideais da verdadeira igreja original fundada por Cristo: sem acumular riquezas porque distribui e aplica em obras assistências todo o que recebe em dízimos e ofertas, simples e totalmente isenta de vínculos com os modelos eclesiásticos que foram sendo posteriormente instituídos pelos homens. Uma igreja local comprometida apenas com a missão de levar a pregação do evangelho pleno e integral ao mundo – incluindo o Evangelho da Graça e o Evangelho do Reino – e com o exercício do amor ágape ao próximo, conforme as regras do Evangelho (Mateus 25:31-46).

Como igreja espiritual, somos parte da Noiva do Cordeiro como uma instância local desta – conforme Carta aos Efésios, Capítulo 5, Versículos 24 e 25 e Livro do Apocalipse, Capítulo 21, Versículo 9, composta de todos os cristãos verdadeiros, de todos os lugares e de todos os tempos – passado, presente e futuro – que será arrebatada no final dos tempos, conforme registrado no Evangelho de Mateus (Capítulo 24, Versículo 31) e, por sermos parte do Corpo – que é a Comunhão dos santos -, somos parte da universal assembléia, conforme Carta aos Hebreus, Capítulo 12, Versículo 22.

NOSSA MISSÃO

  1. Como Igreja

Como Igreja que somos, temos missão com Deus, com os crentes e com o mundo.

Nossa missão com Deus é tripla, pois destina-se às 3 pessoas que compõem a Santíssima Trindade: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo:

  • Missão com Deus Pai: é cumprida através do correto exercício dos ministérios delegados por Jesus Cristo à sua Igreja, conduzindo os crentes à sua justificação diante do Pai – exclusivamente pela fé em Jesus Cristo – e conseqüentemente à reconciliação com Deus (Rm 5:11; 2 Co 5:18-19) e, uma vez reconciliados, conduzindo-os a adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:23-24);
  • Missão com Jesus Cristo: porém somente pode adorar em verdade aquele que conhece a verdade e só conhece a verdade aquele que se torna discípulo de Cristo (Jo 8:31-32), sendo assim essa é a primeira missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Filho: fazer discípulos, conforme Seu expresso mandamento à Igreja (Mt 28:19). Além disso, a Igreja é a Noiva de Cristo e, como tal, deve amá-Lo com o verdadeiro amor ágape, tal como Ele assim mesmo nos ama (Jo 21:15; Ef 5:24-25). O verdadeiro amor ágape, porém, só pode ser desenvolvido naquele discípulo que busca os dons espirituais mais excelentes (1 Co 13), o que conduz ao ministério do espírito;
  • Missão com o Espírito Santo: ninguém poderá adorar a Deus em espírito, ou amar a Jesus Cristo com o verdadeiro amor ágape, sem a plenitude do Espírito Santo, sendo assim é missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Espírito Santo levar os discípulos a buscarem a plenitude (pleroma) do Espírito Santo, conforme a regra exposta pelo apóstolo Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:18-21), através de práticas específicas com essa finalidade;

Nossa missão com os crentes é a de conduzi-los durante as 3 fases de seu ciclo de amadurecimento espiritual:

  1. reconciliação através do sangue de Cristo (2 Co 5:18),
  2. santificação através da Palavra de Cristo(Jo 15:3) e
  3. transformação por intermédio da plenitude do Espírito Santo (2 Co 3:18).

Para tanto, da mesma forma que na igreja primitiva original, mantemos 3 distintos ministérios, cada qual especificamente destinado a tratar com uma das 3 fases acima descritas, a saber: Ministério do Sangue, Ministério da Água e Ministério do Espírito, conforme ensina o apóstolo João em 1 Jo 5:6.

Finalmente, a missão da Igreja Verdade de Cristo, com relação ao mundo, é a de efetuar o chamado; é fazer o anúncio da Boa Nova, de todas as formas ao nosso alcance, usando – na medida do possível – os veículos de comunicação visual, escrita e falada, para que todos aqueles que ainda não tiveram uma experiência viva e pessoal com Jesus Cristo possam ter essa oportunidade e assim poderem optar pela vida eterna, no convívio dos eleitos e na presença de Deus, para todo o sempre.

GERANDO OVELHAS

Além disso, buscamos ainda cumprir, com relação a todos quantos necessitarem e estiverem ao nosso alcance e dentro de nossas capacidades, as ordenanças de Cristo para o exercício do amor (agapô) ao próximo, tal como Ele mesmo ditou no Evangelho de Mateus (Mt 25: 31-46). Entre as principais formas de se exercer esse amor, figura o nosso projeto MISSÃO ÁGAPE, que atua na área missionária, evangelizando através do ciberespaço e na cooperação com outras obras missionárias, obras de assistência social e de recuperação de dependentes químicos.

  1. Como instância local da Igreja espiritual de Jesus Cristo (Noiva do Cordeiro)

Como uma instância local da própria Igreja espiritual universal, temos uma missão com relação à própria Igreja, a qual consiste em divulgar – no meio eclesiástico – o modelo hoje por nós praticado, com o objetivo de despertar, no povo de Deus, a motivação para reverem os seus conceitos e buscarem a simplicidade de Cristo e o retorno ao modelo original da Igreja.

Estamos de braços abertos para acolher como congregados todos os que se sentirem motivados, pelo Espírito Santo, a estarem conosco como comunidade de discípulos, porém não é nossa intenção fazer com que as pessoas mudem de congregação ou de denominação, mas sim despertar no povo de Deus uma real e verdadeira consciência cristã e de busca pela maturidade espiritual. Aos líderes denominacionais e ministros do evangelho, buscamos conduzi-los a um despertar que os motive a reverem seus próprios modelos hoje praticados, buscando torná-los mais adequados ao exercício do ministério tal como orientado por Paulo, na Carta aos Efésios:

Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

(Ef 4: 10-15)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

BOLETIM NÚMERO 3 (EDITADO EM 03/06/2011)

EDITORIAL

A todos os nossos queridos leitores, graça e paz da parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!'

Inicialmente queremos pedir perdão pela demora no envio de mais uma edição do nosso Boletim Verdade de Cristo a todos aqueles que têm pacientemente nos acompanhado, sendo que essa demora deveu-se, em primeiro lugar, à nossa tentativa de envio do boletim através do uso de grupos Google e, posteriormente, à organização de todo o material sobre o Evangelho do Reino.
Agora, com nova capa e muitas novidades que iremos trazendo a cada nova edição, estamos de volta, trazendo notícias, informações, estudos bíblicos, comentários de livros e, principalmente, a divulgação do Evangelho do Reino, que é, na verdade, a grande razão da existência deste boletim.
Nesta edição estaremos dedicando praticamente ao anúncio do Evangelho do Reino, tendo em vista o grande espaço de tempo transcorrido desde a nossa segunda edição.

PASTOR ON-LINE

A grande novidade que estamos trazendo nesta edição é a ativação de uma conta no MSN - Messenger, onde procuraremos permanecer on-line sempre que possível, ficando assim à inteira disposição de todos que quiserem nos adicionar como contato, para responder a perguntas, para um aconselhamento, para ouvir comentários e sugestões, enfim para tudo aquilo quanto pudermos fazer por amor a cada um de vocês, nossos leitores e leitoras, que tanta paciência têm tido conosco!
Estamos desde já à disposição de todos com muita alegria e, para utilizar este serviço, basta nos enviar um Email indicando seu nome e o seu endereço do MSN e, assim que possível, já estaremos anexando como nosso contato no MSN.


O EVANGELHO DO REINO

Em nossa última edição, que foi uma edição especial, sugerimos a todos que assistissem à pregação do pastor batista Paul Washer, no link que enviamos para o Youtube.
Esperamos que todos tenham tido a oportunidade de assisti-la e de assimilar o seu importante conteúdo que é, por assim dizer, uma forte introdução ao Evangelho do Reino, mostrando que, não é o simples fato de um dia termos feito uma oração, que vai nos garantir a entrada no Reino dos Céus.
O pastor Paul estruturou toda a sua mensagem em torno da palavra do Senhor sobre a porta estreita, e é a partir dessa mensagem de Jesus Cristo que vamos retomar nosso anúncio do Evangelho do Reino.
Temos uma longa jornada pela frente, que vai ocupar muitos boletins, numa série de capítulos extraídos de um livro que estamos prestes a editar.
Comecemos então a nossa caminhada: nos acompanhem!

No decorrer do seu mais longo discurso, dirigido tanto à multidão como aos discípulos, fielmente retratado nos capitulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus e que, pode-se dizer que seja o resumo de toda a Sua doutrina, num determinado momento Jesus Cristo nos fala de uma porta e de um caminho:
"Mas estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que a encontram". (Mt 7:14)
Existe uma forte tendência entre nós – cristãos - de nos lembrarmos sempre da porta estreita, mas freqüentemente nos esquecemos que, após a passagem pela porta, ainda há todo um caminho apertado a ser seguido até que entremos na vida, a saber, no Reino dos Céus. De nada adianta atravessarmos a porta, se não conseguimos trilhar o caminho que se inicia logo depois, e acabamos nos detendo à margem da estrada que conduz ao Reino.
É desta caminhada que estaremos tratando a seguir, pois é sobre ela que fala o Evangelho do Reino. Como toda longa viagem, por veredas jamais trilhadas, existe a necessidade de um planejamento inicial do percurso a ser seguido, da sua divisão em jornadas e de um conjunto de instruções para a caminhada.
Vamos iniciar tratando do planejamento inicial e, para tanto, vamos buscá-lo nas parábolas de Jesus Cristo.
Então, vamos começar.
 
As parábolas e o planejamento inicial da caminhada
Porque devemos buscar a essência do Evangelho do Reino nas parábolas do Senhor Jesus Cristo
O Reino
Antes de mais nada uma palavra sobre o uso das expressões “reino dos céus” e “reino de Deus” nos textos dos evangelhos, já que ambas são usadas, pelos evangelistas, nas passagens relacionadas ao Evangelho do Reino.
Entre os quatro evangelistas, apenas Mateus usa a expressão “reino dos céus”. Marcos, Lucas e João preferem “reino de Deus”, sendo que este ultimo a emprega apenas duas vezes.
Sem dúvida é Mateus quem mais usa essas duas expressões, sendo seguido pelos sinóticos Marcos e Lucas, isso porque Mateus tem a preocupação de explicar – aos neófitos na fé - qual é exatamente a boa nova do Reino dos Céus, ou Reino de Deus, e que condições de vida pessoal e de comportamento em relação a Deus e ao próximo temos de cumprir para tomarmos posse dessa herança, enquanto João – fortemente orientado aos discípulos, já amadurecidos na fé – se dedica mais aos detalhes do nosso exercício de santificação e transformação e aos ministérios delegados por Cristo, à Igreja, para nos auxiliar nessa caminhada no nosso templo espiritual interior, que nos proporcionará as condições para tomarmos posse dessa herança e assim desenvolvermos a nossa salvação com temor e tremor, tal como lembra Paulo em Filipenses 2:12.
Em ambas expressões, a palavra usada - nos manuscritos originais escritos em grego koiné – é “Basiléia” que significa poder real, domínio, ou ainda uma região sob o domínio de um rei.
Já a palavra usada para “céu”é “Ouranos”, uma expressão grega que representa o firmamento visível, o céu azul que vemos numa bela manhã ensolarada, porém especial atenção merece o detalhe do uso da palavra no plural “céus”, isso certamente no esforço de buscar algo mais próximo da expressão que o Senhor Jesus Cristo usava ao falar em aramaico, que era uma versão popular do hebraico. No texto hebraico do Livro do Gênesis (Torá Bereshit) podemos observar que a palavra originalmente usada para “céu” é “shamayin”, a qual significa literalmente “céus” e não apenas um único “céu”. O uso do plural se deve ao fato de, na realidade, terem sido criados três níveis celestiais por Deus, a saber:
a)      Primeiro Céu (greg.: Ouranous ou Auronos): trata-se da nossa atmosfera, o céu azul onde surgem as nuvens e os fenômenos atmosféricos. Na tradição judaica o primeiro céu é chamado de “Ayn Sof Aur” (Luz do Infinito);
b)      Segundo Céu (greg.: Mesourânios ou mesouranos): corresponde ao nível do espaço sideral, o céu astronômico, onde se encontram os planetas, as estrelas e as galáxias. Na tradição judaica é conhecido como “Ayn Sof” (Infinito);
c)       Terceiro Céu (greg.: Epourânios): diz respeito ao assim chamado “Reino dos Céus” ou “Regiões Espirituais”. É o “Céu dos céus”, o nível superior, inatingível através de qualquer meio de navegação, e que na tradição judaica é conhecido como “Ayn” (Nada ou Vazio).
Esse Terceiro Céu – que Paulo menciona em 2 Coríntios 12:2-4 - poderia ser considerado algo assim semelhante a um “universo paralelo”, se usamos os termos da Física Moderna.  Não há como chegar-se nesse “lugar-estado” através de foguetes, naves ou quaisquer outros meios de transporte, pois sequer haveria um destino ou rota a ser traçada, visto que não está localizado em parte alguma (ayn = nada) do nosso Universo e, por estar fora do Universo, é o ponto adimensional (ayn = vazio) a partir do qual todas as dimensões foram criadas por meio do Verbo de Deus:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3)
Através do Verbo de Deus, que é Jesus Cristo, o Nada dá origem a Tudo: como o nosso Deus é Maravilhoso!
A tradição judaica ensina que esse Terceiro Céu é organizado em sete níveis, ou pavimentos, sendo o sétimo céu - ou nível - o Pavimento de Safira (em hebraico: livnat hasaphir), que é descrito pelo apóstolo João em Apocalipse 4 e que é o nível mais alto, sobre o qual se localiza o trono de Deus, ou ainda Araboth, porém esses são detalhes meramente ilustrativos, que já vão além do escopo dos objetivos desta mensagem.
Como resultado desses primeiros esclarecimentos, fica bem claro que o “reino” ao qual se refere o Evangelho do Reino, é efetivamente o Reino dos Céus, notadamente o Terceiro Céu, e que a boa nova anunciada é a de que Deus tem um plano perfeito para que cada um de nós receba o direito de entrar nesse reino como Seus filhos e filhas, colocando ainda, à nossa disposição, o caminho para tomarmos posse dessa herança.
Em segundo lugar, vamos procurar esclarecer o motivo de buscarmos os detalhes do Evangelho do Reino especificamente nas palavras de Cristo – e não na teologia paulina ou nas epístolas – e, ainda mais especificamente, nas parábolas do Senhor.
1.       Inicialmente, porque é nas palavras do próprio Jesus Cristo que vamos encontrar as bases do Evangelho do Reino, conforme Ele mesmo declara em Lucas 4:43:  “Ele, porém, lhes disse: É necessário que também às outras cidades eu anuncie o evangelho do reino de Deus; porque para isso é que fui enviado”. Ver ainda Lucas 8:1 a respeito disso.
2.       Finalmente, porque é nas parábolas do Senhor que essa essência se manteve preservada século após século, imune às diversas traduções – por vezes tendenciosas - e às demais interferências daqueles interessados em destruir esse inestimável legado, em nome de uma falsa ortodoxia, mantida à custa de intervenções humanas, conforme se lê claramente no diálogo entre o Senhor e seus discípulos, retratado em Mateus 13:11  “Acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes fala por meio de parábolas? Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado”. Em Lucas 8:10 lemos o mesmo.
Exatamente conforme Jesus Cristo dispôs – em Mateus 7:6 – as parábolas do Senhor são realmente pérolas de inestimável valor e como coisa santa devem ser tratadas, pois são palavra [verbo] de Deus, e o Verbo de Deus é Jesus Cristo.
O anúncio do Evangelho do Reino teve início com João Batista e, logo a seguir, com o anúncio continuado por Jesus Cristo e seus discípulos, finalmente com o anúncio por Paulo, sendo que todos anunciavam exatamente a mesma coisa :
·         O anúncio do Evangelho do Reino por João, em Mateus 3:2  dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”.
·         O anúncio do Evangelho do Reino por Cristo, em Mateus 4:17  Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei- vos, porque é chegado o reino dos céus. E também em Marcos 1:15 dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho. Sendo que, da mesma forma, assim ordenou aos discípulos que anunciassem, como se lê em Mateus 10:7  e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
·         O anúncio do Evangelho do Reino aos não-judeus, ou gentios, essencialmente na pessoa de Paulo, o apóstolo dos gentios, onde observamos vários fragmentos principalmente em 1 Co 6:9-10; 1 Co 15:50; Gl 5:21; 2 Ts 1:5.
Onde as palavras-chave usadas nesse anúncio eram as seguintes, com as respectivas traduções corretas do original, em grego koiné, ao lado de cada uma:
·         Arrependei-vos: Metanóia – mudança de mentalidade, para melhor, incluindo o arrependimento.
·         Chegado: Eggizó – trazer para perto, aproximar ligando uma coisa à outra.
·         Reino dos Céus – Basileia to Ouranos (já explicado anteriormente)
Ou seja, a mensagem, na realidade, seria algo mais ou menos nos seguintes termos: “Renovem a vossa mente, mudem de mentalidade e se arrependam das coisas erradas que têm feito, porque o reino dos céus agora vai ser ligado até vocês”.
Para entendermos um pouco melhor esse conceito do eggizó, vamos tentar compreender como funcionava a mentalidade dos antigos judeus com respeito à distância entre dois pontos. Para a antiga cultura judaica, quando se tratava de viajar de um lugar a outro, o que contava era efetivamente a distância a ser percorrida a pé para sair da origem e chegar ao destino, mesmo que ambos estivessem relativamente próximos um do outro, mas separados por um desfiladeiro que precisasse ser contornado, por exemplo. Se posteriormente fosse construída uma ponte sobre o desfiladeiro, encurtando assim o trajeto a pé, dizia-se que o destino “foi trazido para perto” (eggizó).
Vamos tentar entender melhor esse conceito de “trazer para perto” ou “ligar a nós” o reino dos céus, com o intrigante episódio ocorrido com Jacó e retratado em Gênesis 28:10-22. Ali vemos Jacó passar a noite a céu aberto, a meio caminho entre Berseba e Harã, deitando-se sobre o chão e fazendo de uma pedra seu travesseiro. Ali ele tem um sonho onde vê uma longa escada que une a terra ao Reino dos Céus. Para Jacó a escada realiza a eggizó do Reino: agora é como se o  Reino estivesse mesmo ali e então Jacó chama o lugar de Betel, ou casa de Deus. Não foi o reino de Deus que desceu até à terra, mas sim a Escada de Jacó que estabeleceu uma passagem, uma ponte, unindo céu e terra.
Nos tempos em que Jesus ministrava sobre a terra, muitos já imaginavam essa “aproximação” do Reino de Deus como um Reino que efetivamente viesse do céu para a terra e aqui se instalasse fisicamente, porém Nosso Senhor Jesus Cristo logo corrigiu essa idéia errada daqueles que assim pensavam – e ainda pensam hoje – com a seguinte magnífica declaração encontrada em Lucas 17:20-21:
 “Interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência visível. Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Eí-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós”.
Assim é o Evangelho do Reino: não é o Reino dos Céus que se estabelecerá na terra, mas sim a boa nova de que Jesus Cristo veio nos trazer uma nova “escada de Jacó”, uma estreita ponte de luz que agora começa dentro de cada um de nós e que termina no Terceiro Céu.  É dessa ponte que nos une ao Reino de Deus que Jesus fala em Mateus 11:12  - “E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força, e os violentos o tomam de assalto” ou ainda em Lucas 16:16 -  “A lei e os profetas vigoraram até João; desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele”.
Cabe a cada um de nós trilhar esse caminho apertado, forcejarmos por entrar no reino, seguindo as regras estabelecidas por Cristo e que aqui estaremos investigando uma a uma, sempre lembrando que não se trata apenas de um arrependimento, mas muito mais de uma verdadeira renovação da nossa mente: uma renovação que implica em passar a enxergar as coisas do mundo de uma forma diferente, porque vamos passar a andar por fé e não por vista, como muito bem lembra Paulo na Segunda Carta aos Coríntios (2 Co 5:7). Além disso, a renovação de nossa mente inclui ainda uma revisão de nossos conceitos hoje tão alicerçados na lógica e na religiosidade; neste ponto eu gosto sempre de ressaltar o fato de que Jesus Cristo não veio nos ensinar um sistema religioso, coisa que aliás Ele sempre combateu ao criticar duramente a religiosidade dos fariseus. Na verdade Jesus Cristo veio para nos mostrar o caminho que conduz a uma profunda transformação, uma real e efetiva transformação em novas criaturas (1 João 3: 2) que agora não se valem mais dos velhos esquemas da lógica, pois a própria Bíblia nos ensina que a lógica de Deus é loucura para os sábios. (1 Coríntios 1:18-27, 2:6-16)


ATÉ A PRÓXIMA!

Encerramos por aqui este capítulo de nossa mensagem sobre o Evangelho do Reino, lembrando a todos que agora podem falar conosco on-line via MSN.

Se você está gostando dessas mensagens, se elas estão sendo benção em sua vida, então nos ajude a fazer com que esta mensagem dê a volta ao mundo e o anúncio do Evangelho do Reino chegue a todas as nações da Terra, em atendimento à expressa vontade do Senhor Jesus Cristo, preservada em Mateus 24:14: repasse estes boletins a outras pessoas, ou ainda nos enviem endereços de Email para que possamos ampliar, cada vez mais, a nossa rede de leitores e leitoras.


Até a próxima edição e que Deus abençoe a todos.

BOLETIM NÚMERO 2 (EDITADO EM 16/03/2011)

EDITORIAL
 
É com grande alegria que informamos a todos que - pelo menos - 452 pessoas leram o nosso primeiro boletim em todo o território brasileiro!
 
Pedimos a todos que nos dêem algum retorno com comentários, críticas, sugestões, etc., pois estamos aqui justamente em função de cada um de vocês queridos leitores e leitoras, para trazer a palavra de Jesus Cristo, para informar, noticiar, comentar e principalmente para servir ao próximo. Qualquer retorno será benvindo e procuraremos atender a todos na medida do possível.
 
Se o nosso boletim está sendo benção para você, então nos ajude a divulgá-lo, enviando-o para outras pessoas ou nos enviando novos endereços de email para agregarmos à nossa lista de destinos de correio eletrônico.
Ajude-nos a dar a volta ao mundo! Ajude-nos a pregar o Evangelho do Reino a todas as nações do mundo e assim fazermos a vontade do Senhor Jesus Cristo para a Sua Igreja!
 
Nesta edição estamos trazendo comentário sobre livros, um livro recomendado, curiosidades bíblicas, um início de estudo sobre o Evangelho do Reino e muito mais. Aproveite e boa leitura!
 
LITERATURA  
Nesta coluna que estaremos publicando sempre que houver material disponível, emitimos um comentário sobre livros mostrando aspectos positivos, negativos, recomendando ou não a sua leitura.
 
O QUE NÃO LER
 
O PERIGOSO "TESTAMENTO DE SÃO JOÃO"
 
Muita literatura tem surgido ultimamente trazendo a público supostas "novas revelações" sobre o cristianismo, sobre a igreja e sobre a vida de Jesus Cristo e precisamos ter muito cuidado com toda essa verdadeira "avalanche" de livros desse gênero, que se amontoam cada vez mais nas vitrines das grandes livrarias, isso porque Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos deixou um alerta, um aviso sobre o que ocorreria quando o final dos tempos estivesse se aproximando, tal como podemos ler no Evangelho de Mateus (Mt 24:11): "Surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos" e esse engano provém de doutrinas e ensinamentos estranhos à Bíblia, idéias e conceitos originadas da cabeça de homens com o único objetivo de enfraquecer a nossa fé e nos levar à perdição pela apostasia, que é o abandono da fé e da doutrina de Cristo. A esse respeito, certa vez, disse o Senhor Jesus Cristo a um grupo de fariseus que buscava afrontá-Lo:
"Este povo honra-me com os lábios; "
o seu coração, porém, está longe de mim.
Mas em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos de homem
(Mt 15:8-9)
 
Tenho estado atento a toda essa literatura e, sempre que vejo algo que mereça maior atenção nesse sentido, procuro ler o livro e comentar sempre à luz da sã doutrina e daquilo que está registrado na Bíblia, visando sempre orientar, alertar, aconselhar no sentido de que as pessoas não afastem seus corações de Cristo e acabem se voltando em direções opostas, direções essas que conduzem ao afastamento de Deus e à perdição eterna.
Recentemente chegou às minhas mãos um curioso livro intitulado "O Testamento de São João" do conhecido autor J. J. Benitéz (o mesmo de "Operação Cavalo de Tróia" e outros) e, seguindo esse propósito que descrevi, fiz uma análise criteriosa de seu conteúdo, com o resultado que exponho a seguir.
 
Esse livro, segundo Benitéz escreve, teria sido escrito de punho próprio pelo apóstolo João com a avançada idade de 100 anos, com o propósito de retratar-se sobre muito do que havia escrito em seu evangelho e em suas cartas e ainda revelar aspectos até agora desconhecidos do cristianismo.
Pois muito bem: uma primeira leitura do texto já revelou uma série de contradições e erros que nos levam a concluir que o mesmo deve ser falso e - muito provavelmente - escrito por pessoas interessadas em atacar o cristianismo e a igreja.
Entre os muitos erros e contradições, constatados no texto, figuram os principais a seguir:
 
Ao comentar o Evangelho de Marcos, o autor (supostamente João com 100 anos de idade) afirma que o final do texto desse evangelho desapareceu e que foi posteriormente substituído por texto falso, escrito e inserido por pessoas inescrupulosas. Pois bem, essa afirmação é 100% verdadeira, pois hoje todos os estudiosos bíblicos já sabem que o Evangelho de Marcos original termina em Mc 16:8, ou seja, todo o texto restante (Mc 16:9-20) não é original e foi acrescentado em algum momento depois do século 4, provavelmente por monges copistas inconformados com essa falta de um final que concordasse com Mateus e Lucas. O problema é que o apóstolo João jamais teria como saber desse fato na ocasião em que supostamente teria escrito esse texto, visto que essa inserção de um texto estranho ocorreria pelo menos 300 anos depois!
No texto podemos ver claramente diversas expressões que jamais teriam sido empregadas por João, algumas por serem demasiadamente eruditas e literárias, outras por comporem um vocabulário totalmente estranho à forma de escrever de João, tal como os textos do seu evangelho, de suas cartas e do livro do Apocalipse. Entre tais expressões podemos mencionar: "helenização do cristianismo", "estilo vigoroso", "liberalismo intelectual", "universo" e muitas outras, algumas desconhecidas naquela época, tais como "helenização", "universo", etc..
Ele perigosamente refuta a existência de uma primeira ressurreição que precederá a segunda ressurreição. O problema é que, refutando a existência de duas ressurreições separadas no tempo, João estaria refutando também a sua própria visão relatada no Livro do Apocalipse (ver Ap 20:1-6) e assim admitindo que mentiu!
O texto perigosamente tenta desviar a orientação da igreja, de Jesus Cristo para Deus Pai, desvirtuando completamente o próprio conceito da Igreja como Noiva do Cordeiro e Nova Eva.
Mais perigosamente ainda o texto tenta abolir a fé dos crentes na propiciação pelos nossos pecados e na obra da redenção, proporcionadas pelo sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário.
Ao mencionar a Oração do Senhor, o autor do texto refere-se a ela como "Pai Nosso". O problema com essa expressão é que a mesma não poderia ter sido usada por qualquer pessoa que vivesse na época em que João tinha 100 anos de idade! Pois simplesmente essa expressão ainda não existia! Os judeus cantavam sim - nas sinagogas - uma oração denominada Avinu Malkenu, que significa "Pai Nosso e Rei Nosso", mas que era muito diferente da oração ensinada por Jesus Cristo aos seus discípulos e registrada em sua forma completa no Evangelho de Mateus. O termo "Pai Nosso" veio a ser usado muito tempo depois como uma forma popular de identificar a única oração que nos foi ensinada por Nosso Senhor.
Finalmente uma observação sobre a organização denominada "Fundação Urântia", que seria a detentora do aludido texto de João:
A Fundação Urântia é o nome dado a um "movimento espiritual místico" que tem como alicerce um livro intitulado "O Livro de Urântia".
Esse livro - publicado pela primeira vez em 1955 - se auto denomina uma declaração ao mundo, onde os supostos autores se intitulam como "seres celestiais" vindos de diversos pontos do universo, a fim de compilar informação sobre Deus, o Universo, a vida de Cristo, etc., sendo que sua principal mensagem é a de que os seres humanos seriam uma só família, filhos e filhos de um único Deus: o Pai Universal e - para isso - inclui certos "ensinamentos adicionais" de Jesus Cristo.
Em conclusão, todos esses detalhes apontam com grande probabilidade para uma fraude grosseira e - sendo assim - recomenda-se muita cautela com as idéias e conceitos ali expostos. Fica aqui registrada a nossa opinião.
 
O QUE LER 
"A IGREJA GLORIOSA"  
Autor: Watchman Nee
Editora: Árvore da Vida
 
Trata-se de uma obra primorosa da literatura cristã, uma verdadeira jóia que precisa e deve ser lida por todos aqueles que buscam entender melhor o que é exatamente a Igreja e o que Cristo espera de cada um de nós como participantes dessa universal assembléia.
O livro é - na realidade - uma série de mensagens ditadas no período de 1939 a 1942, pelo pastor chinês Watchman Nee à sua congregação na cidade de Xangai.
O autor nos mostra uma visão da Igreja Gloriosa, a verdadeira igreja espiritual de Cristo, tomando como base e ponto de partida quatro mulheres da Bíblia: a Eva de Gênesis 2, a Igreja-esposa de Efésios 5, a mulher gloriosa de Apocalipse 12 e a Noiva do Cordeiro de Apocalipse 21.
Parte daquilo que foi exposto e revelado através de Watchman Nee serviu de orientação à nossa própria visão ministerial e merece a nossa forte recomendação, até mesmo como uma leitura de cabeceira, algo para lermos e relermos muitas vêzes, sem que seja necessariamente numa ordem, numa sequencia do fim ao começo.
Não é um livro muito fácil de se achar, mas vale a pena.
 
 
O EVANGELHO DO REINO 
Nesta coluna, que procuraremos manter em todos os boletins, estaremos abordando o Evangelho do Reino.
Essa abordagem se dará em duas etapas: na primeira a sua conceituação dentro do Evangelho de Deus para a humanidade e, na segunda etapa, a pregação do Evangelho do Reino em si, pois assim foi a expressa vontade do Senhor para a Igreja:
"E este EVANGELHO DO REINO será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o FIM." (Mt 24:14)
E para que isso se cumpra é que pedimos a todos que divulguem essa mensagem a partir de hoje, para que ela alcance rapidamente a todas as nações, em todas as partes do mundo,
feito notável que só conseguimos nos dias de hoje, com a rede mundial internet.
Seja nosso parceiro nessa divulgação: passe a mensagem à frente ou coloque-nos em contato com outros irmãos e irmãs em Cristo do mundo todo, enviando-nos endereços de email para que essa mensagem alcance a todos!
Pedimos ainda a ajuda de irmãos e irmãs que dominem outros idiomas mais difíceis e que possam estar traduzindo o nosso texto.
 
OS DOIS EVANGELHOS DE DEUS
 
Existiriam dois evangelhos distintos um do outro na Bíblia? A seguir mostraremos que sim!
A palavra "evangelho" é de origem grega e significa "boa notícia" ou "boa nova".
A boa nova de Deus para os homens é uma só: Jesus Cristo. Isso foi magistralmente formulado no Evangelho de João em uma magnífica síntese de uma única e formidável frase do Senhor:
 
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3:16)
 
Jesus Cristo, por sua vez, anunciou ao mundo não apenas uma, mas duas boas novas:
  • O Evangelho da Graça: "Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3: 3)
  • O Evangelho do Reino: "Em verdade, em verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus" (Jo 3:5)
À primeira vista temos a impressão de que o Senhor está repetindo a mesma coisa...mas são duas mensagens! Duas boas novas, uma bem diferente da outra, embora a segunda tenha uma relação de dependência com a primeira.
Qual a grande diferença?
Se observarmos as duas frases do Senhor com muita atenção será fácil perceber que, na primeira, Ele nos fala de "ver o Reino" e na segunda de "entrar no Reino". Na primeira ainda, Ele nos fala de "nascer de novo" e na segunda de "nascer da água e do Espírito".
Coisas bem distintas...
Quer saber mais sobre isso?
Não perca nosso próximo boletim!
 
Que a paz de Cristo possa reinar no coração de todos!