Uma igreja primitiva a serviço de Jesus Cristo,



no aperfeiçoamento dos santos, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus.





CONTATO

E-mail: ivecri@gmail.com
Correspondência: Caixa Postal 45 - CEP 11.750-000 - Peruíbe - SP - Brasil

Apresentação

Este Blog é dedicado à missão de trabalhar pela restauração da Igreja originalmente concebida por Jesus Cristo, através do despertar de uma verdadeira consciência cristã em todos aqueles que, independentemente de suas denominações, busquem o ideal da simplicidade que há em Cristo, libertando-se da religiosidade e das doutrinas originadas de idéias e tradições humanas, que acabaram gerando uma falsa ortodoxia.

Nossa missão essencial é a recuperação do modelo original da igreja primitiva, ainda anterior à Assembléia de Jerusalém, e também o anúncio do Evangelho do Reino.

Começamos a transmissão dessa mensagem através dos nossos "Boletins Verdade de Cristo", enviados por Email a grupos de leitores em todo o mundo, e agora Deus nos orientou a criarmos este Blog, com a mesma finalidade e missão, onde os internautas poderão encontrar também os boletins já emitidos até hoje.





QUEM SOMOS NÓS

Somos uma congregação cristã que se enquadra no modelo de igreja orgânica, sendo identificada como IGREJA VERDADE DE CRISTO, apenas como uma forma de identificar claramente a nossa congregação, e que - desde sua fundação - se identifica como uma igreja de discípulos.

CONCEITUANDO A IGREJA

Mas o que é a igreja? Que pessoas a constituem e com qual propósito? E oque Paulo apóstolo quer dizer quando chama a igreja de "corpo de Cristo"? Para podermos responder plenamente a todas essas perguntas, precisamos – de início – compreender três coisas fundamentais:

  • Em primeiro lugar, é importante esclarecer-se que a palavra “igreja” vem da palavra grega ekklesia. Ao ser usada como uma expressão quotidiana do mundo, ekklesiaera usada para designar uma assembléia ou reunião qualquer de pessoas com as mais diversas finalidades, porém, ao ser usada no grego koiné dos textos do Novo Testamento (NT) essa palavra ganha um sentido mais específico, que é a assembléia ou reunião dos crentes em Jesus Cristo, que o aceitaram como Único Senhor e Salvador e que seguem a Sua Doutrina e que praticam os Seus mandamentos e ordenanças para a Igreja, tal qual especificados nos Evangelhos;
  • Em segundo lugar – e certamente isso é algo mais complexo e misterioso - precisamos compreender que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, um ser espiritual - inteiramente novo e tremendo - pessoalmente criado por Deus a partir de Jesus Cristo e também é a assembléia de crentes acima já qualificada. Ou seja:
    • Como um ser espiritual a Igreja é a Noiva do Cordeiro, a Nova Eva criada por Deus a partir do Novo Adão que é Jesus Cristo para que – assim como a primeira – seja sua auxiliadora. Essa “Nova Eva” espiritual é representada,no Livro do Apocalipse (Ap 12) pela visão da ”Mulher Gloriosa” apresentada ao apóstolo João e foi criada por Deus a partir da água e do sangue que saem do lado de Jesus no momento de sua crucificação (representando dois de seus 3 ministérios) assim como a “antiga Eva” foi criada por Deus a partir de um osso retirado do lado do primeiro Adão. Assim como o antigo Adão recebe vida a partir do “sopro de Deus”, também a Igreja recebe vida a partir do “sopro do Cristo ressurgido”como se lê no Evangelho de João, em Jo 20:22. Isso é um mistério, mas assim é, tal como explica e descreve Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:22-33);
    • Como uma assembléia, é a reunião – ou comunidade espiritual - de todos os crentes cristãos e verdadeiramente salvos, de todos os tempos, a saber: passado, presente e futuro. Esta é uma das melhores formas de se conceituar a Igreja como “universal assembléia” tal como aceita pela maioria dos teólogos, e que pode ser observada por exemplo em Grudem, Wayne – “Teologia Sistemática” (44, A, 1). Essa “Universal Assembléia Espiritual” é representada fisicamente na terra por “instâncias”, também conhecidas como “igrejas locais”, que são as diversas denominações hoje existentes, fundadas por homens, com a finalidade de cumprir a missão da Igreja, através dos ministérios a ela delegados por Cristo. Com respeito a esses ministérios é feita uma exposição detalhada mais à frente.
  • Finalmente, em terceiro lugar, é preciso entender profundamente o contexto social e histórico da época em que a igreja primitiva local surgiu, e como o cruzamento das culturas hebraica e helênica se associou a idéias, objetivos pessoais e conceitos dos primeiros bispos da igreja e de governantes ambiciosos, para ir – pouco a pouco – adulterando o modelo originalmente concebido por Jesus Cristo e – como resultado dessas alterações – dando lugar a uma outra instituição, hoje erroneamente conhecida como “igreja”, mas que – na realidade – é um conjunto de doutrinas (ortodoxia) adotado por distintas instituições dos vários ramos da “igreja local” hoje existentes. Dois eventos merecem destaque nessa série de mudanças, porque foram os responsáveis pelas maiores alterações:
    • Por responsabilidade do Bispo Tiago, da Igreja de Jerusalém, o Concílio de Jerusalém, retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), lembrando que não temos hoje uma ideia precisa de tudo quanto foi abolido da doutrina original além das questões sobre a circuncisão e outras associadas ao rito judaico, visto que o texto do Livro de Atos é muito genérico e perigosamente abrangente:

“Na verdade, pareceu bem ao espírito santo e a nósnão vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá”.(At 15: 28-29)

Tudo mais que foi transmitido por Paulo, Silas, Barnabé e Judas aos Bispos da Igreja de Antioquia é desconhecido, porém logo depois desapareceria a Igreja de Jerusalém e ali, em Antioquia, viria a florescer o cristianismo religioso que hoje conhecemos, com liturgia de culto, hierarquias sacerdotais, edifícios especialmente dedicados à função de templos cristãos, púlpitos, altares e vestimentas sacerdotais, além de tudo aquilo que hoje conhecemos como ortodoxia. Lembramos que foi de Antioquia que partiram missões destinadas às principais comunidades cristãs da Antiguidade, buscando impor a essas comunidades o modelo de igreja ali praticado e abolindo o modelo original anterior: um prejuízo incalculável que viria a ser aumentado ainda mais no século IV;

    • Por responsabilidade do imperador romano Constantino, o Concílio de Nicéia, realizado em 325 d.C., onde, por conta de se discutir a questão ariana e algumas outras questões menores como a data da Páscoa e outras, muitas outras alterações foram introduzidas nas reuniões preliminares (não documentadas) celebradas entre os teólogos de Constantino e os bispos representantes das igrejas. Por ação de Constantino foi definido o modelo seguido pela Igreja de Roma e pela Igreja de Constantinopla, corrompendo ainda mais o que já havia sido deturpado pelo modelo de Antioquia. A religião cristã tinha um papel fundamental para a manutenção da unidade do império. A unificação de crenças, costumes e ritos - cristãos e pagãos - garantia certa coesão entre as diferentes partes do império, e a hierarquia sacerdotal legitimava o poder do imperador. Por sua vez, a figura do imperador era fundamental para a unidade da própria Igreja. O combate às heresias, que eram as idéias contrárias à doutrina oficial da Igreja (Ortodoxia) e a eventuais ritos diferentes daqueles adotados e aprovados pela hierarquia eclesiástica reforçava a união Estado-Igreja. O Estado precisava da unidade doutrinária do credo cristão, e a Igreja necessitava da interferência do imperador na resolução dos problemas doutrinais, resultando numa simbiose extremamente poderosa.

Esse status vigente deveria – e poderia - ter sido integralmente quebrado pela Reforma Protestante, mas infelizmente isso não aconteceu e boa parte desse modelo da ortodoxia foi adotado também por Lutero e Calvino e assim perdura até os dias de hoje como um establishmentreligioso eclesiástico, que transcende até mesmo o abismo doutrinário que separa o mundo católico do mundo reformado, compondo um conjunto doutrinário comum, fora do qual tudo é indistintamente rotulado como “heresia”, como “heterodoxia” e até mesmo como “vento de doutrina”.

Alguns defensores mais exaltados da ortodoxia vigente ousam declarar que tais mudanças foram benéficas e precisariam acontecer porque a Igreja precisava se modernizar e acompanhar a modernização da sociedade, ao que nós respondemos que a Igreja foi criada por Cristo, e que Cristo é o mesmo ontem, hoje e para todo o sempre!

IGREJA DOS DISCÍPULOS E IGREJA DA MULTIDÃO

Ao lermos com atenção os evangelhos, é fácil perceber que o Senhor Jesus Cristo criou – na verdade - dois modelos de assembléia (ekklesia) local, ambos parte da mesma universal igreja espiritual, a saber: uma assembléia para congregar a multidão e uma assembléia destinada a congregar os discípulos de Cristo. Essa distinção fica muito bem clara nos evangelhos, quando lemos que o Senhor era sempre acompanhado de dois grupos: a multidão que era de mais ou menos 5000 pessoas, e os discípulos, que eram cerca de 120.

A multidão seguia Cristo em busca do perdão dos pecados e justificação diante de Deus, da cura das enfermidades, da expulsão de demônios e da satisfação das suas necessidades mais imediatas, onde a mais freqüente era a fome: isso é Evangelho da Graça (Atos 20:24).

Já os discípulos buscavam estar com Cristo por amor a Ele (Jo 21:15-17), para estar junto dEle, para servi-Loe buscarem a verdadeira libertação, que só vem através do conhecimento da verdade (Jo 8:31-32): isso é parte do Evangelho do Reino: o verdadeiro evangelho que Cristo ensinava (Mt 4:23, 9:35, 24:14) e do qual conhecemos uma pequena parte na forma de parábolas e de todos os discursos do Senhor Jesus Cristo nos quais Ele começava dizendo: "O Reino dos Céus é semelhante a" e também no assim chamado Sermão da Montanha e que ocupa os capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus e de partes do Evangelho de João, notadamente João 3 e João 4.

Uma diferença notável entre ambas as congregações é o seu testemunho sobre Jesus de Nazaré. Essa diferença aparece, de forma gritante, no diálogo entre o Senhor e seus discípulos, retratado em Mateus 16: 13-18, e persiste ainda até hoje quando observamos as atitudes e os testemunhos da maioria dos freqüentadores das grandes igrejas da multidão, que congregam até mais de 5.000 pessoas numa única reunião. É freqüente observar-se as pessoas buscarem essa ou aquela denominação porque o bispo, apóstolo ou pastor é “milagreiro” e “ora forte”, pessoas que não buscam firmar sua base espiritual na rocha firme da Palavra do Senhor e que acabam aceitando muitas vezes verdadeiras heresias, simplesmente porque o líder da denominação assim o disse, sem base bíblica, sem comprovação pelo exame das Escrituras.

Não somos uma igreja local cujo perfil seja reunir grandes multidões, porém buscamos congregar discípulos e discípulas de Cristo, crentes fortalecidos na fé, que efetivamente busquem o alimento sólido do Evangelho do Reino e que não mais se contentem apenas com o leite da doutrina elementar (Evangelho da Graça) pregada à multidão, tal como é mencionado na Carta aos Hebreus (Hb 5:12-13). O verdadeiro discípulo é aquele que já crê de todo o coração em Jesus Cristo, já sabe que Jesus o ama, já busca crescer em santidade e busca sempre confessar os seus pecados – com o coração arrependido – a cada vez que peca.Mas o discípulo sabe que isso não basta, pois o verdadeiro discípulo é aquele que crê e pratica todas essas coisas, mas que agora ainda quer saber como encher-se do Espírito Santo – conforme Ef 5:18-21 – até atingir a plenitude (pleroma), quer saber como estar em Cristo e efetivamente tornar-se um com o Senhor, quer saber enfim como atingir a unidade da fé, o conhecimento do Filho de Deus e a estatura de varão e varoa perfeitos em Cristo (Ef 4:13). O discípulo é aquele que já sabe que sua SALVAÇÃO PRECISA SER DESENVOLVIDA com temor e tremor ( Fi 2:12) e que não é simplesmente através de uma oração que tenha feito no momento em que se tornou cristão, ou ainda através da simples freqüência aos cultos dominicais e da observação de usos e costumes que irá conseguir esse desenvolvimento espiritual.

É conclusão nossa – após longo período de pesquisa da História da Igreja e dos textos do Novo Testamento, que a verdadeira e pura igreja dos discípulos deixou de existir – de uma forma autônoma - logo nos primeiros séculos da história eclesiástica; e isso por uma ação de bispos da igreja da multidão, que se valeu de sua expressiva maioria numérica, para exercer poder e legislar sobre as demais igrejas, o que já vemos acontecer no Concílio de Jerusalém retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), onde – por decisão do bispo de Jerusalém (Tiago, irmão do Senhor e não apóstolo) a Doutrina de Cristo cedeu lugar à Doutrina dos Apóstolos e piorando ainda mais depois, por obra do imperador Constantino, em 325 DC após as decisões do Concílio de Nicéia, instituindo um conjunto de doutrinas e costumes básicos, que passou a ser conhecido como ORTODOXIA e que – infelizmente - tem sido o padrão doutrinário seguido até os dias de hoje por todas as denominações, sejam elas católica, ortodoxa, protestante luterana, batista, evangélica e neo evangélicas. Todas elas, sem exceção e apesar de certas diferenças entre umas e outras, seguem exatamente o mesmo padrão geral deixado por Constantino, padrão esse que ele chamava de “Igreja do Salvador” e que se tornou, por assim dizer, o modelo de ortodoxia a ser seguido, sendo que qualquer tentativa de repudiá-lo e voltar ao modelo original sempre foi classificada como “heresia”. Na realidade essas características acabaram infelizmente sobrevivendo nas igrejas reformadas porque a Reforma de Lutero foi muito fraca, tão fraca que - alguns anos depois - muitos dos expoentes da Reforma já clamavam por uma “reforma da reforma” e originaram movimentos paralelos tais como o Quietismo, o Pietismo e outras correntes eclesiásticas, como o Metodismo de John Wesley, fortemente influenciado pela Igreja dos Irmãos Morávios, por exemplo.

Muitos que – desde o início – não aceitaram esse suposto “modelo ortodoxo” e suas novas doutrinas, buscaram manter preservada a igreja original de Cristo através do refúgio no deserto, ou ainda do isolamento (como os anabatistas por exemplo), mas foram todos alcançados pelo "rolo compressor" da falsa ortodoxia, até hoje vigente, e foram extintos.

Na realidade, tudo o que sobrou nos dias de hoje, como um mero “vestígio” remanescente da igreja dos discípulos, é a assim chamada divisão interna na organização eclesiástica em um nível sacerdotal (padres, pastores, bispos, diáconos, obreiros, presbíteros, anciãos, etc.) e um nível laico (leigos, ovelhas, etc.); divisão essa que podemos observar hoje em qualquer denominação cristã como uma mera “sombra” do passado.

UMA IGREJA ORGÂNICA

Posteriormente, concluímos ainda que, além de buscarmos resgatar a igreja dos discípulos, haveria ainda a necessidade de se resgatar todo o modelo original da igreja autentica idealizada por Jesus Cristo, a saber:

ü Uma igreja que não acumula riquezas, pois tudo quanto recebe em dízimos e ofertas deve ser direcionado aos pobres e vítimas da exclusão social, sob a forma de distribuição de alimentos e cestas básicas, roupas e demais ações claramente identificadas pelo Senhor Jesus Cristo no Evangelho de Mateus (Mt 25:31-46);

ü Uma igreja itinerante, sem templos, porque o verdadeiro templo espiritual hoje está dentro da cada um de nós e porque Jesus Cristo não mandou os discípulos alugarem ou comprarem prédios e colocarem placas nas portas, mas mandou que as reuniões fossem feitas de forma simples, nas próprias casas das famílias, nas praças e nos bosques (Jo 4: 21-24; Lc 9: 57-62, 10: 1-11);

ü Uma igreja onde pastor não usa púlpito e nem veste obrigatoriamente terno e gravata, pois Nosso Senhor Jesus Cristo não usava as roupas finas dos sacerdotes fariseus e nem mandou que seus discípulos usassem qualquer tipo de traje especial para pregarem o Evangelho do Reino. Aliás, pelo contrário: O Filho de Deus, a Luz Eterna que veio ao mundo para nos salvar, usava uma túnica simples de linho e muitas vezes caminhava descalço pelas estradas poeirentas de Israel. A pesquisa da evolução dos costumes eclesiásticos mostrou que o terno e a gravata são uma ostentação oriunda da evolução da batina dos padres e depois das túnicas negras dos reverendos luteranos, calvinistas e metodistas: tudo religiosidade pura e sem sentido algum para Deus (Lc 9:13).

Por esses motivos, hoje nos identificamos também como umaigreja orgânica, uma igreja local que não dispõe de um local específico que seja usado como templo e que faz as suas reuniões nas casas das famílias, na praia, nos jardins, nas praças e nas associações.

A esse propósito lembramos que o modelo de igreja orgânica não pode ser confundida com os chamados Grupos Familiares hoje existentes em quase todas as formas de igrejas locais e nem tampouco com as Células das igrejas locais com Visão Celular, visto que todas essas ainda mantêm pelo menos um Templo físico e adotam praticamente toda a tradição do modelo da ortodoxia, incluindo pastores que obrigatoriamente precisam usar gravata, púlpito, etc.

IGREJA DE AMOR ÁGAPE

Somos uma Igreja que, através da proclamação do Evangelho, procura dar testemunho do nome de Jesus Cristo ao mundo – conforme o comissionamento registrado no Evangelho de Marcos (Capítulo 8, Versículo 29) e, por intermédio desse anúncio, exercer o amor, em primeiro lugar através do serviço a Deus, nas 3 pessoas da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo -, depois aos crentes – através de ministérios que os conduzam à santificação e à transformação em novas criaturas – e finalmente ao mundo, por intermédio do exercício do amor ao próximo, do chamado e do ministério da reconciliação com Deus, exercidos em Casas de Apoio de nossa fundação, em visitas a hospitais e presídios, em viagens missionárias a localidades remotas e carentes, em mensagens veiculadas através da Internet em e-mails e através de nosso site, de publicações e ainda através de programação televisiva ou de rádio, bem como através de reuniões – como igreja orgânica – celebradas em casas de famílias, em associações, em praias, parques e bosques, ou ainda qualquer outro local onde seja possível nos reunirmos em nome de Jesus Cristo.

Como igreja local, somos um grupo de crentes em Jesus Cristo que concordam em buscar e exercer juntos os ideais da verdadeira igreja original fundada por Cristo: sem acumular riquezas porque distribui e aplica em obras assistências todo o que recebe em dízimos e ofertas, simples e totalmente isenta de vínculos com os modelos eclesiásticos que foram sendo posteriormente instituídos pelos homens. Uma igreja local comprometida apenas com a missão de levar a pregação do evangelho pleno e integral ao mundo – incluindo o Evangelho da Graça e o Evangelho do Reino – e com o exercício do amor ágape ao próximo, conforme as regras do Evangelho (Mateus 25:31-46).

Como igreja espiritual, somos parte da Noiva do Cordeiro como uma instância local desta – conforme Carta aos Efésios, Capítulo 5, Versículos 24 e 25 e Livro do Apocalipse, Capítulo 21, Versículo 9, composta de todos os cristãos verdadeiros, de todos os lugares e de todos os tempos – passado, presente e futuro – que será arrebatada no final dos tempos, conforme registrado no Evangelho de Mateus (Capítulo 24, Versículo 31) e, por sermos parte do Corpo – que é a Comunhão dos santos -, somos parte da universal assembléia, conforme Carta aos Hebreus, Capítulo 12, Versículo 22.

NOSSA MISSÃO

  1. Como Igreja

Como Igreja que somos, temos missão com Deus, com os crentes e com o mundo.

Nossa missão com Deus é tripla, pois destina-se às 3 pessoas que compõem a Santíssima Trindade: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo:

  • Missão com Deus Pai: é cumprida através do correto exercício dos ministérios delegados por Jesus Cristo à sua Igreja, conduzindo os crentes à sua justificação diante do Pai – exclusivamente pela fé em Jesus Cristo – e conseqüentemente à reconciliação com Deus (Rm 5:11; 2 Co 5:18-19) e, uma vez reconciliados, conduzindo-os a adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:23-24);
  • Missão com Jesus Cristo: porém somente pode adorar em verdade aquele que conhece a verdade e só conhece a verdade aquele que se torna discípulo de Cristo (Jo 8:31-32), sendo assim essa é a primeira missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Filho: fazer discípulos, conforme Seu expresso mandamento à Igreja (Mt 28:19). Além disso, a Igreja é a Noiva de Cristo e, como tal, deve amá-Lo com o verdadeiro amor ágape, tal como Ele assim mesmo nos ama (Jo 21:15; Ef 5:24-25). O verdadeiro amor ágape, porém, só pode ser desenvolvido naquele discípulo que busca os dons espirituais mais excelentes (1 Co 13), o que conduz ao ministério do espírito;
  • Missão com o Espírito Santo: ninguém poderá adorar a Deus em espírito, ou amar a Jesus Cristo com o verdadeiro amor ágape, sem a plenitude do Espírito Santo, sendo assim é missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Espírito Santo levar os discípulos a buscarem a plenitude (pleroma) do Espírito Santo, conforme a regra exposta pelo apóstolo Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:18-21), através de práticas específicas com essa finalidade;

Nossa missão com os crentes é a de conduzi-los durante as 3 fases de seu ciclo de amadurecimento espiritual:

  1. reconciliação através do sangue de Cristo (2 Co 5:18),
  2. santificação através da Palavra de Cristo(Jo 15:3) e
  3. transformação por intermédio da plenitude do Espírito Santo (2 Co 3:18).

Para tanto, da mesma forma que na igreja primitiva original, mantemos 3 distintos ministérios, cada qual especificamente destinado a tratar com uma das 3 fases acima descritas, a saber: Ministério do Sangue, Ministério da Água e Ministério do Espírito, conforme ensina o apóstolo João em 1 Jo 5:6.

Finalmente, a missão da Igreja Verdade de Cristo, com relação ao mundo, é a de efetuar o chamado; é fazer o anúncio da Boa Nova, de todas as formas ao nosso alcance, usando – na medida do possível – os veículos de comunicação visual, escrita e falada, para que todos aqueles que ainda não tiveram uma experiência viva e pessoal com Jesus Cristo possam ter essa oportunidade e assim poderem optar pela vida eterna, no convívio dos eleitos e na presença de Deus, para todo o sempre.

GERANDO OVELHAS

Além disso, buscamos ainda cumprir, com relação a todos quantos necessitarem e estiverem ao nosso alcance e dentro de nossas capacidades, as ordenanças de Cristo para o exercício do amor (agapô) ao próximo, tal como Ele mesmo ditou no Evangelho de Mateus (Mt 25: 31-46). Entre as principais formas de se exercer esse amor, figura o nosso projeto MISSÃO ÁGAPE, que atua na área missionária, evangelizando através do ciberespaço e na cooperação com outras obras missionárias, obras de assistência social e de recuperação de dependentes químicos.

  1. Como instância local da Igreja espiritual de Jesus Cristo (Noiva do Cordeiro)

Como uma instância local da própria Igreja espiritual universal, temos uma missão com relação à própria Igreja, a qual consiste em divulgar – no meio eclesiástico – o modelo hoje por nós praticado, com o objetivo de despertar, no povo de Deus, a motivação para reverem os seus conceitos e buscarem a simplicidade de Cristo e o retorno ao modelo original da Igreja.

Estamos de braços abertos para acolher como congregados todos os que se sentirem motivados, pelo Espírito Santo, a estarem conosco como comunidade de discípulos, porém não é nossa intenção fazer com que as pessoas mudem de congregação ou de denominação, mas sim despertar no povo de Deus uma real e verdadeira consciência cristã e de busca pela maturidade espiritual. Aos líderes denominacionais e ministros do evangelho, buscamos conduzi-los a um despertar que os motive a reverem seus próprios modelos hoje praticados, buscando torná-los mais adequados ao exercício do ministério tal como orientado por Paulo, na Carta aos Efésios:

Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

(Ef 4: 10-15)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

BOLETIM 7

ESTE BOLETIM FOI ORIGINALMENTE EMITIDO EM 08/08/2011 ATRAVÉS DE E-MAIL ENVIADO AOS NOSSOS LEITORES CADASTRADOS.
ESTA VERSÃO POSTADA NO BLOG SOFREU ALGUNS ACRÉSCIMOS E PEQUENAS ALTERAÇÕES VISANDO A PUBLICAÇÃO NO BLOG

EDITORIAL

A todos os nossos leitores graça e paz da parte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Peço perdão a todos pelo longo período sem novas postagens, o que se deve à reconfiguração de nosso acesso à Internet e ao acúmulo de atividades relativas ao Projeto Caminho de Luz que estamos iniciando aqui em Peruíbe, extremo sul do litoral do estado de São Paulo.
Esse Projeto Caminho de Luz terá como principal missão cumprir exatamente aquilo sobre o qual estaremos discorrendo neste boletim, além de possibilitar a todos nos ajudarem nessa missão, seja com contribuições, ou seja colaborando com o próprio trabalho pessoal, vindo nos visitar e passando um ou mais dias conosco, oportunidade em que poderão nos acompanhar em todas as nossas atividades.
Sobre este Projeto e sobre as formas de nos ajudar estaremos tratando em postagens posteriores, à medida em que o próprio Projeto Caminho de Luz vai evoluindo por aqui e tornando-se uma realidade.
Temos recebido dezenas de mensagens de nossos leitores dando testemunho de bençãos, de restaurações, de resgate de almas que estavam afastadas dos caminhos do Senhor e que agora buscam envergar o manto de justiça.
Somente Jesus Cristo tem a palavra que é a verdade que liberta e, por isso mesmo, seguimos confiantes em nossa missão de anunciar o Evangelho do Reino a todas as nações do mundo.
Neste número estamos trazendo mais uma seção, intitulada Espaço do Leitor, que é totalmente dedicada a você que nos prestigia com a sua leitura e que gostaria de estar colaborando conosco, trazendo uma palavra, um testemunho, um pequeno estudo,  ou até mesmo uma poesia dedicada ao Senhor Jesus Cristo. Basta nos enviar por Email e, na medida do possível, iremos publicando.

ESPAÇO DO LEITOR

Inauguramos esta seção com a colaboração do nosso querido leitor Reverendo Sotel Barros Lima, com formação teológica no Instituto Bíblico Nazareno e na EETAD Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, fazendo ainda o curso de Bacharel em Ministério no Seminário Teológico Evangélico Bíblico. Reverendo Sotel ministrou durante cinco anos no ITQ – Instituto Teológico Quadrangular, tendo ainda implantado e coordenado durante três anos o ETED - Núcleo Teológico da Faculdade Teológica Nazarena em São José do Rio Preto.
Na seção desta edição, o irmão Sotel nos presenteia com uma belíssima preleção sobre a fidelidade de Deus. Vamos ler.

“Apesar da falta de compromisso e lealdade de seu povo, Deus ainda insiste em abençoá-lo.”
(Texto de referência: Êxodo 16: 1-36)
À medida que viajavam pela região do deserto, a crueldade e o sofrimento do Egito foram rapidamente esquecidos quando o povo teve fome. Até mesmo mencionaram que teria sido melhor para eles terem morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, do que passar fome no deserto: (v.3) – “Pois os filhos de Israel lhes disseram: Quem nos dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito,...”
I – Reagindo a essa reclamação de seu povo, à tarde Deus generosamente enviou codornizes: (v.13) – “E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial;...”
II – E de manhã Deus enviou uma substância parecida com pão: (v.13b) – “e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do arraial.”
III – Deus colocou os israelitas à prova ao estabelecer algumas condições para a coleta e armazenamento do maná:
1º - Não deviam guardar o maná de um dia para o outro: (v.19) – “Também lhes disse Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã.”
2º - Na sexta feira deveriam apanhar o dobro, porque o dia seguinte era sábado dia de descanso: (v.5) – “Mas ao sexto dia prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.”
IV – Estas condições não foram obedecidas por alguns do povo: (v.20) – “Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, antes alguns dentre eles deixaram dele para o dia seguinte; e criou bichos, e cheirava mal;...”
V – Mesmo tendo sido livrados dos egípcios pelo poder de Deus, a alguns ainda faltava compromisso e lealdade a Deus.
Nota: No caminho pelo deserto, alguns ainda se rebelavam contra Deus.
VI – Apesar disso, Deus continua convicto em seus propósitos;
1º - Deus forneceu maná pelos 40 anos seguintes: (v.35) – “Ora, os filhos de Israel comeram o maná quarenta anos,...”
2º - Só quando o povo chegou à terra de Canaã é que o maná cessou: (v.35b) – “... comeram o maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.”
VII – Jesus se compara ao maná que Deus enviou no deserto: (Jo. 6:51) – “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre;...”
Aplicação:
À medida que caminhamos neste mundo rumo à Cidade Santa Celestial, não podemos esquecer-nos de onde o Senhor Jesus nos tirou. Jesus tem suprido nossa necessidade até chegarmos lá. Precisamos honrar nossos compromissos com Ele com muita lealdade.
_______*******_______
Sotel Barros Lima, Rev.

Realmente uma benção essa palavra ministrada pelo querido Rev. Sotel, pois ela nos fala da necessidade de honrarmos os nossos compromissos com Cristo, para sermos merecedores do Reino e é justamente sobre esses compromissos, que o Senhor buscará em cada um de nós no Tribunal de Cristo, que estaremos tratando no capítulo do Evangelho do Reino desta edição.


EVANGELHO DO REINO

Nas duas edições anteriores falamos sobre o caráter do homem espiritual, finalmente livre da terrível pena do "corpo da morte", e ressaltamos, como esse caráter vai incluir, naturalmente, o exercício das obras de justiça, não como um meio, mas como uma conseqüência.
Finalmente, antes de falarmos sobre as cinco classes de atos de justiça que são, por assim dizer, uma verdadeira assinatura dos filhos e filhas de Deus, falamos ainda sobre o perigoso "evangelho social", principalmente para que todos possam entender muito bem a diferença entre as duas coisas.
Agora então, depois de já bem informados sobre todos esses aspectos, podemos entrar no mérito dos atos de justiça em si.

As Cinco Classes de Atos de Justiça

Muitas entidades de ação social, ligadas a igrejas, vêem realizando uma série de atuações de responsabilidade social em inúmeras categorias, destacando-se aquelas mais voltadas à alimentação, à assistência médica, ao ensino profissionalizante e à moradia.
Entretanto, embora todas essas frentes sejam muito importantes, no aspecto da assistência social em si, nem todas se enquadram nas categorias, ou classes, de atos de justiça que o Senhor Jesus Cristo espera de cada um de nós, como atos naturais daquele que é realmente nova criatura em Cristo.
Além disso existe ainda a questão do “evangelho social” que acabamos de tratar aqui e que requer, de cada um de nós, muita cautela pois, de maneira alguma, tais obras de ação social podem ser enxergadas como algum tipo de garantia de salvação, pois isso seria uma flagrante heresia e abandono da fé.
Por isso estamos tratando desse tema com toda cautela e em estrito alinhamento com a doutrina de Cristo, que é a verdadeira ortodoxia.
Vamos finalmente encontrar tais classes - muito bem definidas pelo Senhor Jesus Cristo - no Evangelho de Mateus (Mateus 25:31-46), ali estão enumeradas 5 classes de atos de justiça (do grego: dikaios) diante do Tribunal de Cristo, pois diante do Pai já estamos justificados pela fé em Seu Filho, atos que nos recobrirão com uma verdadeira veste nupcial, a tal ponto que ouviremos da boca do Noivo: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”! (Mt 25:34)
Essas 5 classes de atos de justiça – em Cristo - são as seguintes:
1.       Alimentar aqueles que têm fome e não têm recursos para comprar comida. A forma de alimentar pode ser através de fornecimento de cestas básicas, através da distribuição de refeições gratuitas, ou ainda, indiretamente, oferecendo um emprego, uma ocupação remunerada para pessoas pobres, sem qualquer possibilidade de renda, de forma que possam vir a receber alguma remuneração que lhes possibilite obter alimentos para a família;
2.       Dar de beber aos que têm sede. É quase uma extensão da primeira e a ela se aplicam basicamente as mesmas opções daquela;
3.       Oferecer hospedagem aos forasteiros. Aqui não se trata de oferecer uma moradia permanente aos sem-teto, não se trata disso. Aqui Jesus está nos falando de abrigar temporariamente aqueles que estão de passagem, aquelas pessoas pobres, sem recursos, que vieram em busca de um emprego, de uma chance, mas que agora buscam voltar à sua terra de origem, pessoas que muitas vezes ficam dormindo ao relento, deitados sob uma marquise, no chão frio e na garoa da madrugada, com crianças de colo, sujeitos a toda sorte de malvadezas e ameaças, esperando uma passagem social de ônibus que os leve de regresso. É a essas pessoas que Cristo espera que estendamos a nossa mão e ofereçamos um cantinho para se abrigarem temporariamente com um banho, uma refeição quente e um cobertor, até que finalmente possam embarcar e retornar ao lugar de onde vieram;
4.       Distribuir roupas para aqueles que já nem têm mais o que vestir, pessoas das quais muitas vezes nos afastamos ao cruzarmos com elas nas ruas, gente suja e maltrapilha andando cabisbaixa pelas cidades e pelos grandes centros como espectros cinzentos a quem ninguém dá importância. É nessa gente tão sofrida, que já nem pede mais nada, que Cristo se espelha dizendo: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes”. Aqui também a distribuição pode começar com uma pequena visita ao nosso guarda roupas, onde certamente sempre encontraremos muita coisa boa que já não usamos mais, e depois com uma ação direta nossa, entregando pessoalmente aos necessitados, ou ainda doando a instituições de assistência social que certamente dêem o correto destino às roupas: de uma forma ou de outra estaremos vestindo aqueles que não têm o que vestir;
5.       Finalmente algo que para muitos de nós pode parecer difícil, mas quando tentamos fazer pela primeira vez, nos sentimos tão bem que iremos querer fazer sempre. Aqui Jesus nos fala de fazermos uma visita a um hospital e levarmos uma palavra de carinho, uma oração, um abraço àquelas pessoas enfermas e, muitas vezes, tão sozinhas. Na mesma categoria figuram as visitas às prisões, buscando levar uma bíblia, uma oração, uma palavra de coragem àqueles encarcerados que estão arrependidos e que agora buscam a presença de Cristo em seus corações.
Diz o velho ditado que o pior cego é aquele que não quer ver, pois assim é nas igrejas com relação a essa parábola, que freqüentemente vemos ser contestada por aqueles lobos em pele de cordeiro interessados em manter o atual “establishment” da falsa ortodoxia vigente no meio eclesiástico. São pastores, bispos, apóstolos e tantos outros ministros que abordam essa parábola apenas para defender uma posição falsamente “ortodoxa” e dizer que aqueles que foram encontrados sem a veste nupcial são os que ficarão de fora do reino milenar de Cristo: Nada mais errado! É óbvio que não se trata de ficar de fora do reino milenar, mas sim de ficar de fora do Reino dos Céus! Trata-se de perder a adoção e ficar para o resto da eternidade nas trevas exteriores ao Reino dos Céus, onde haverá choro e ranger de dentes para todo o sempre! O texto da parábola declara isso claramente em Mateus 22:13 e Jesus repete essa sombria ameaça em Mateus 25:41 e 46: “Apartai-vos de Mim malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos....E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.
Repetimos aqui o que já concluímos quando tratamos do perigoso “evangelho social”: Quem não consegue, por genuíno amor a Cristo, estender a mão aos pobres e necessitados, não tem a vida em sua fé e, uma fé morta simplesmente não existe, ou seja, é apenas um “acreditar” e nós não somos salvos por “acreditar” em algo, nós não somos salvos por uma “crença religiosa”, mas sim por efetivamente termos a verdadeira fé. A fé viva e verdadeira em Jesus Cristo efetivamente nos transforma, a fé verdadeira quebra o vaso de barro, ao qual Paulo se refere em 2 Coríntios 4:7, e expõe o tesouro oculto que é o homem espiritual que existe dentro de cada um de nós.
Evidentemente, no Tribunal de Cristo, o julgamento dos verdadeiros crentes, daqueles que durante a sua vida cristã manifestaram fé verdadeira e não apenas uma “crença”, não será - de forma alguma - para condenação. A nossa justificação está garantida pelo sacrifício de Jesus, através do evangelho da graça, e a nossa permanência no Reino dos Céus, como filhos, está garantida pela adoção, que tratamos no Evangelho do Reino. Assim, o julgamento dos que efetivamente manifestaram a fé viva e verdadeira, será para premiar os que foram fiéis em envergar o manto de justiça;  todos aqueles que não enterraram seus talentos; que souberam utilizar os dons espirituais e ministeriais recebidos;  e que, enfim, cumpriram a contento a missão que o Senhor confiou a todos e que acabamos de tratar aqui. Estes receberão aprovação divina, recompensa e honra conforme Mateus 25:34, enquanto os  crentes verdadeiros que forem negligentes no exercício de sua fé, receberão reprovação divina, ficarão envergonhados diante dos filhos eleitos e sofrerão até perdas naquilo que edificaram para a eternidade, conforme 1 Coríntios 3:15.
Tudo será revelado no Tribunal de Cristo: até mesmo os nossos atos e pensamentos mais ocultos estão registrados num repositório universal e infalível que será acessado e consultado. Nada ficará escondido, pois é chegado o momento de prestarmos contas de nossas ações, de nossa fidelidade e do nosso zelo pela obra do Senhor enquanto peregrinamos pela Terra.
Não devemos temer a chegada desse julgamento, pois ali estará o nosso advogado, o Salvador em quem devemos confiar plenamente, em primeiro lugar porque Ele conhece muito bem as nossas fraquezas, pois - como Filho do homem – sofreu em sua própria carne todas as tentações que nós sofremos e, em segundo lugar, porque é Ele quem diz:
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (João 6:37)
Mas devemos buscar crescer espiritualmente a cada novo dia como filhos e filhas de Deus, verdadeiros homens e mulheres de fé, separados para o seu Reino, e não meros religiosos, freqüentadores de igrejas, que se limitam a participar dos cultos dominicais, orar, jejuar, dar dízimos e ofertas e passar o restante da semana cuidando dos seus próprios interesses, sem exercer atos de filho em verdadeiro amor ao próximo, porque é apenas o verdadeiro amor ágape que poderá encobrir nossos pecados mais graves naquele dia, como está escrito:
"Ora, já está próximo o fim de todas as coisas. Portanto, sede sóbrios, e vigiai em oração. Tende, antes de tudo, ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Sede hospitaleiros uns para os outros, sem murmuração. Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pedro 4:7-10).
Outros, ainda, ousam dizer que as ovelhas são os crentes e os bodes são os ímpios; outro absurdo disparate sem qualquer sentido, pois Jesus foi bem claro e explícito aqui: o critério da seleção entre bodes e cordeiros não foi a fé daqueles que ali estavam, mas sim terem realizado, ou não, as cinco classes de atos de justiça ditadas por Jesus Cristo.
Basta ler o texto, que é bem simples e direto, não há o que interpretar aqui; há apenas que fazer e Cristo realmente espera que façamos, pois esse será o critério de juízo do Tribunal de Cristo, perante o qual todos nós compareceremos, independentemente de nossa fé, conforme o próprio apóstolo Paulo confirma em 2 Coríntios 5:10.
Em seu evangelho, Lucas escreve uma versão resumida dessa mesma parábola, porém incompleta, pois a ouviu de discípulos que provavelmente omitiram alguns importantes detalhes. O texto está em Lucas 14:15-24. E no texto de Mateus 8:11-12  (Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se-ão à mesa de Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; mas os filhos do reino serão lançados fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.) o Senhor está falando da mesma coisa, porém de outra forma, logo após admirar-se com a grande fé do centurião que veio procurá-Lo para curar seu servo enfermo. Ainda em Mateus 21:28-32 Jesus está falando exatamente do mesmo tema, porém sem o recurso da parábola e aqui Ele identifica claramente quem foi o servo da primeira chamada para as bodas: João Batista. Nosso Senhor Jesus Cristo faz ainda um preâmbulo desta importante parábola, utilizando-se de outra parábola – a dos maus lavradores – em Mateus 21:33-46, onde esclarece ainda mais sobre a identidade dos servos enviados. Da mesma forma em Lucas 13:22-30 o evangelista faz uma síntese envolvendo esses aspectos e ainda outros tais como a palavra sobre a porta estreita.
Todas essas cinco classes de atos de justiça, relacionadas pessoalmente por Jesus Cristo em Mateus 25:31-46, devem ser exercidas individualmente pelo crente, de forma espontânea, não por um esforço de alguém que faz alguma coisa por obrigação, mas sim como algo que seja parte integrante de nossa nova natureza, agora espiritual.
Para que cada um de nós possa exercer tais atos de justiça, Deus nos capacita através de um dom específico, concedido pelo Senhor Santo Espírito a cada crente, em maior ou menor intensidade, conforme a necessidade de cada um.
No próximo post estaremos tratando desse dom e das formas de colocá-lo em prática. Não perca!

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