Uma igreja primitiva a serviço de Jesus Cristo,



no aperfeiçoamento dos santos, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus.





CONTATO

E-mail: ivecri@gmail.com
Correspondência: Caixa Postal 45 - CEP 11.750-000 - Peruíbe - SP - Brasil

Apresentação

Este Blog é dedicado à missão de trabalhar pela restauração da Igreja originalmente concebida por Jesus Cristo, através do despertar de uma verdadeira consciência cristã em todos aqueles que, independentemente de suas denominações, busquem o ideal da simplicidade que há em Cristo, libertando-se da religiosidade e das doutrinas originadas de idéias e tradições humanas, que acabaram gerando uma falsa ortodoxia.

Nossa missão essencial é a recuperação do modelo original da igreja primitiva, ainda anterior à Assembléia de Jerusalém, e também o anúncio do Evangelho do Reino.

Começamos a transmissão dessa mensagem através dos nossos "Boletins Verdade de Cristo", enviados por Email a grupos de leitores em todo o mundo, e agora Deus nos orientou a criarmos este Blog, com a mesma finalidade e missão, onde os internautas poderão encontrar também os boletins já emitidos até hoje.





QUEM SOMOS NÓS

Somos uma congregação cristã que se enquadra no modelo de igreja orgânica, sendo identificada como IGREJA VERDADE DE CRISTO, apenas como uma forma de identificar claramente a nossa congregação, e que - desde sua fundação - se identifica como uma igreja de discípulos.

CONCEITUANDO A IGREJA

Mas o que é a igreja? Que pessoas a constituem e com qual propósito? E oque Paulo apóstolo quer dizer quando chama a igreja de "corpo de Cristo"? Para podermos responder plenamente a todas essas perguntas, precisamos – de início – compreender três coisas fundamentais:

  • Em primeiro lugar, é importante esclarecer-se que a palavra “igreja” vem da palavra grega ekklesia. Ao ser usada como uma expressão quotidiana do mundo, ekklesiaera usada para designar uma assembléia ou reunião qualquer de pessoas com as mais diversas finalidades, porém, ao ser usada no grego koiné dos textos do Novo Testamento (NT) essa palavra ganha um sentido mais específico, que é a assembléia ou reunião dos crentes em Jesus Cristo, que o aceitaram como Único Senhor e Salvador e que seguem a Sua Doutrina e que praticam os Seus mandamentos e ordenanças para a Igreja, tal qual especificados nos Evangelhos;
  • Em segundo lugar – e certamente isso é algo mais complexo e misterioso - precisamos compreender que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, um ser espiritual - inteiramente novo e tremendo - pessoalmente criado por Deus a partir de Jesus Cristo e também é a assembléia de crentes acima já qualificada. Ou seja:
    • Como um ser espiritual a Igreja é a Noiva do Cordeiro, a Nova Eva criada por Deus a partir do Novo Adão que é Jesus Cristo para que – assim como a primeira – seja sua auxiliadora. Essa “Nova Eva” espiritual é representada,no Livro do Apocalipse (Ap 12) pela visão da ”Mulher Gloriosa” apresentada ao apóstolo João e foi criada por Deus a partir da água e do sangue que saem do lado de Jesus no momento de sua crucificação (representando dois de seus 3 ministérios) assim como a “antiga Eva” foi criada por Deus a partir de um osso retirado do lado do primeiro Adão. Assim como o antigo Adão recebe vida a partir do “sopro de Deus”, também a Igreja recebe vida a partir do “sopro do Cristo ressurgido”como se lê no Evangelho de João, em Jo 20:22. Isso é um mistério, mas assim é, tal como explica e descreve Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:22-33);
    • Como uma assembléia, é a reunião – ou comunidade espiritual - de todos os crentes cristãos e verdadeiramente salvos, de todos os tempos, a saber: passado, presente e futuro. Esta é uma das melhores formas de se conceituar a Igreja como “universal assembléia” tal como aceita pela maioria dos teólogos, e que pode ser observada por exemplo em Grudem, Wayne – “Teologia Sistemática” (44, A, 1). Essa “Universal Assembléia Espiritual” é representada fisicamente na terra por “instâncias”, também conhecidas como “igrejas locais”, que são as diversas denominações hoje existentes, fundadas por homens, com a finalidade de cumprir a missão da Igreja, através dos ministérios a ela delegados por Cristo. Com respeito a esses ministérios é feita uma exposição detalhada mais à frente.
  • Finalmente, em terceiro lugar, é preciso entender profundamente o contexto social e histórico da época em que a igreja primitiva local surgiu, e como o cruzamento das culturas hebraica e helênica se associou a idéias, objetivos pessoais e conceitos dos primeiros bispos da igreja e de governantes ambiciosos, para ir – pouco a pouco – adulterando o modelo originalmente concebido por Jesus Cristo e – como resultado dessas alterações – dando lugar a uma outra instituição, hoje erroneamente conhecida como “igreja”, mas que – na realidade – é um conjunto de doutrinas (ortodoxia) adotado por distintas instituições dos vários ramos da “igreja local” hoje existentes. Dois eventos merecem destaque nessa série de mudanças, porque foram os responsáveis pelas maiores alterações:
    • Por responsabilidade do Bispo Tiago, da Igreja de Jerusalém, o Concílio de Jerusalém, retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), lembrando que não temos hoje uma ideia precisa de tudo quanto foi abolido da doutrina original além das questões sobre a circuncisão e outras associadas ao rito judaico, visto que o texto do Livro de Atos é muito genérico e perigosamente abrangente:

“Na verdade, pareceu bem ao espírito santo e a nósnão vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá”.(At 15: 28-29)

Tudo mais que foi transmitido por Paulo, Silas, Barnabé e Judas aos Bispos da Igreja de Antioquia é desconhecido, porém logo depois desapareceria a Igreja de Jerusalém e ali, em Antioquia, viria a florescer o cristianismo religioso que hoje conhecemos, com liturgia de culto, hierarquias sacerdotais, edifícios especialmente dedicados à função de templos cristãos, púlpitos, altares e vestimentas sacerdotais, além de tudo aquilo que hoje conhecemos como ortodoxia. Lembramos que foi de Antioquia que partiram missões destinadas às principais comunidades cristãs da Antiguidade, buscando impor a essas comunidades o modelo de igreja ali praticado e abolindo o modelo original anterior: um prejuízo incalculável que viria a ser aumentado ainda mais no século IV;

    • Por responsabilidade do imperador romano Constantino, o Concílio de Nicéia, realizado em 325 d.C., onde, por conta de se discutir a questão ariana e algumas outras questões menores como a data da Páscoa e outras, muitas outras alterações foram introduzidas nas reuniões preliminares (não documentadas) celebradas entre os teólogos de Constantino e os bispos representantes das igrejas. Por ação de Constantino foi definido o modelo seguido pela Igreja de Roma e pela Igreja de Constantinopla, corrompendo ainda mais o que já havia sido deturpado pelo modelo de Antioquia. A religião cristã tinha um papel fundamental para a manutenção da unidade do império. A unificação de crenças, costumes e ritos - cristãos e pagãos - garantia certa coesão entre as diferentes partes do império, e a hierarquia sacerdotal legitimava o poder do imperador. Por sua vez, a figura do imperador era fundamental para a unidade da própria Igreja. O combate às heresias, que eram as idéias contrárias à doutrina oficial da Igreja (Ortodoxia) e a eventuais ritos diferentes daqueles adotados e aprovados pela hierarquia eclesiástica reforçava a união Estado-Igreja. O Estado precisava da unidade doutrinária do credo cristão, e a Igreja necessitava da interferência do imperador na resolução dos problemas doutrinais, resultando numa simbiose extremamente poderosa.

Esse status vigente deveria – e poderia - ter sido integralmente quebrado pela Reforma Protestante, mas infelizmente isso não aconteceu e boa parte desse modelo da ortodoxia foi adotado também por Lutero e Calvino e assim perdura até os dias de hoje como um establishmentreligioso eclesiástico, que transcende até mesmo o abismo doutrinário que separa o mundo católico do mundo reformado, compondo um conjunto doutrinário comum, fora do qual tudo é indistintamente rotulado como “heresia”, como “heterodoxia” e até mesmo como “vento de doutrina”.

Alguns defensores mais exaltados da ortodoxia vigente ousam declarar que tais mudanças foram benéficas e precisariam acontecer porque a Igreja precisava se modernizar e acompanhar a modernização da sociedade, ao que nós respondemos que a Igreja foi criada por Cristo, e que Cristo é o mesmo ontem, hoje e para todo o sempre!

IGREJA DOS DISCÍPULOS E IGREJA DA MULTIDÃO

Ao lermos com atenção os evangelhos, é fácil perceber que o Senhor Jesus Cristo criou – na verdade - dois modelos de assembléia (ekklesia) local, ambos parte da mesma universal igreja espiritual, a saber: uma assembléia para congregar a multidão e uma assembléia destinada a congregar os discípulos de Cristo. Essa distinção fica muito bem clara nos evangelhos, quando lemos que o Senhor era sempre acompanhado de dois grupos: a multidão que era de mais ou menos 5000 pessoas, e os discípulos, que eram cerca de 120.

A multidão seguia Cristo em busca do perdão dos pecados e justificação diante de Deus, da cura das enfermidades, da expulsão de demônios e da satisfação das suas necessidades mais imediatas, onde a mais freqüente era a fome: isso é Evangelho da Graça (Atos 20:24).

Já os discípulos buscavam estar com Cristo por amor a Ele (Jo 21:15-17), para estar junto dEle, para servi-Loe buscarem a verdadeira libertação, que só vem através do conhecimento da verdade (Jo 8:31-32): isso é parte do Evangelho do Reino: o verdadeiro evangelho que Cristo ensinava (Mt 4:23, 9:35, 24:14) e do qual conhecemos uma pequena parte na forma de parábolas e de todos os discursos do Senhor Jesus Cristo nos quais Ele começava dizendo: "O Reino dos Céus é semelhante a" e também no assim chamado Sermão da Montanha e que ocupa os capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus e de partes do Evangelho de João, notadamente João 3 e João 4.

Uma diferença notável entre ambas as congregações é o seu testemunho sobre Jesus de Nazaré. Essa diferença aparece, de forma gritante, no diálogo entre o Senhor e seus discípulos, retratado em Mateus 16: 13-18, e persiste ainda até hoje quando observamos as atitudes e os testemunhos da maioria dos freqüentadores das grandes igrejas da multidão, que congregam até mais de 5.000 pessoas numa única reunião. É freqüente observar-se as pessoas buscarem essa ou aquela denominação porque o bispo, apóstolo ou pastor é “milagreiro” e “ora forte”, pessoas que não buscam firmar sua base espiritual na rocha firme da Palavra do Senhor e que acabam aceitando muitas vezes verdadeiras heresias, simplesmente porque o líder da denominação assim o disse, sem base bíblica, sem comprovação pelo exame das Escrituras.

Não somos uma igreja local cujo perfil seja reunir grandes multidões, porém buscamos congregar discípulos e discípulas de Cristo, crentes fortalecidos na fé, que efetivamente busquem o alimento sólido do Evangelho do Reino e que não mais se contentem apenas com o leite da doutrina elementar (Evangelho da Graça) pregada à multidão, tal como é mencionado na Carta aos Hebreus (Hb 5:12-13). O verdadeiro discípulo é aquele que já crê de todo o coração em Jesus Cristo, já sabe que Jesus o ama, já busca crescer em santidade e busca sempre confessar os seus pecados – com o coração arrependido – a cada vez que peca.Mas o discípulo sabe que isso não basta, pois o verdadeiro discípulo é aquele que crê e pratica todas essas coisas, mas que agora ainda quer saber como encher-se do Espírito Santo – conforme Ef 5:18-21 – até atingir a plenitude (pleroma), quer saber como estar em Cristo e efetivamente tornar-se um com o Senhor, quer saber enfim como atingir a unidade da fé, o conhecimento do Filho de Deus e a estatura de varão e varoa perfeitos em Cristo (Ef 4:13). O discípulo é aquele que já sabe que sua SALVAÇÃO PRECISA SER DESENVOLVIDA com temor e tremor ( Fi 2:12) e que não é simplesmente através de uma oração que tenha feito no momento em que se tornou cristão, ou ainda através da simples freqüência aos cultos dominicais e da observação de usos e costumes que irá conseguir esse desenvolvimento espiritual.

É conclusão nossa – após longo período de pesquisa da História da Igreja e dos textos do Novo Testamento, que a verdadeira e pura igreja dos discípulos deixou de existir – de uma forma autônoma - logo nos primeiros séculos da história eclesiástica; e isso por uma ação de bispos da igreja da multidão, que se valeu de sua expressiva maioria numérica, para exercer poder e legislar sobre as demais igrejas, o que já vemos acontecer no Concílio de Jerusalém retratado no Livro de Atos dos Apóstolos (At 15), onde – por decisão do bispo de Jerusalém (Tiago, irmão do Senhor e não apóstolo) a Doutrina de Cristo cedeu lugar à Doutrina dos Apóstolos e piorando ainda mais depois, por obra do imperador Constantino, em 325 DC após as decisões do Concílio de Nicéia, instituindo um conjunto de doutrinas e costumes básicos, que passou a ser conhecido como ORTODOXIA e que – infelizmente - tem sido o padrão doutrinário seguido até os dias de hoje por todas as denominações, sejam elas católica, ortodoxa, protestante luterana, batista, evangélica e neo evangélicas. Todas elas, sem exceção e apesar de certas diferenças entre umas e outras, seguem exatamente o mesmo padrão geral deixado por Constantino, padrão esse que ele chamava de “Igreja do Salvador” e que se tornou, por assim dizer, o modelo de ortodoxia a ser seguido, sendo que qualquer tentativa de repudiá-lo e voltar ao modelo original sempre foi classificada como “heresia”. Na realidade essas características acabaram infelizmente sobrevivendo nas igrejas reformadas porque a Reforma de Lutero foi muito fraca, tão fraca que - alguns anos depois - muitos dos expoentes da Reforma já clamavam por uma “reforma da reforma” e originaram movimentos paralelos tais como o Quietismo, o Pietismo e outras correntes eclesiásticas, como o Metodismo de John Wesley, fortemente influenciado pela Igreja dos Irmãos Morávios, por exemplo.

Muitos que – desde o início – não aceitaram esse suposto “modelo ortodoxo” e suas novas doutrinas, buscaram manter preservada a igreja original de Cristo através do refúgio no deserto, ou ainda do isolamento (como os anabatistas por exemplo), mas foram todos alcançados pelo "rolo compressor" da falsa ortodoxia, até hoje vigente, e foram extintos.

Na realidade, tudo o que sobrou nos dias de hoje, como um mero “vestígio” remanescente da igreja dos discípulos, é a assim chamada divisão interna na organização eclesiástica em um nível sacerdotal (padres, pastores, bispos, diáconos, obreiros, presbíteros, anciãos, etc.) e um nível laico (leigos, ovelhas, etc.); divisão essa que podemos observar hoje em qualquer denominação cristã como uma mera “sombra” do passado.

UMA IGREJA ORGÂNICA

Posteriormente, concluímos ainda que, além de buscarmos resgatar a igreja dos discípulos, haveria ainda a necessidade de se resgatar todo o modelo original da igreja autentica idealizada por Jesus Cristo, a saber:

ü Uma igreja que não acumula riquezas, pois tudo quanto recebe em dízimos e ofertas deve ser direcionado aos pobres e vítimas da exclusão social, sob a forma de distribuição de alimentos e cestas básicas, roupas e demais ações claramente identificadas pelo Senhor Jesus Cristo no Evangelho de Mateus (Mt 25:31-46);

ü Uma igreja itinerante, sem templos, porque o verdadeiro templo espiritual hoje está dentro da cada um de nós e porque Jesus Cristo não mandou os discípulos alugarem ou comprarem prédios e colocarem placas nas portas, mas mandou que as reuniões fossem feitas de forma simples, nas próprias casas das famílias, nas praças e nos bosques (Jo 4: 21-24; Lc 9: 57-62, 10: 1-11);

ü Uma igreja onde pastor não usa púlpito e nem veste obrigatoriamente terno e gravata, pois Nosso Senhor Jesus Cristo não usava as roupas finas dos sacerdotes fariseus e nem mandou que seus discípulos usassem qualquer tipo de traje especial para pregarem o Evangelho do Reino. Aliás, pelo contrário: O Filho de Deus, a Luz Eterna que veio ao mundo para nos salvar, usava uma túnica simples de linho e muitas vezes caminhava descalço pelas estradas poeirentas de Israel. A pesquisa da evolução dos costumes eclesiásticos mostrou que o terno e a gravata são uma ostentação oriunda da evolução da batina dos padres e depois das túnicas negras dos reverendos luteranos, calvinistas e metodistas: tudo religiosidade pura e sem sentido algum para Deus (Lc 9:13).

Por esses motivos, hoje nos identificamos também como umaigreja orgânica, uma igreja local que não dispõe de um local específico que seja usado como templo e que faz as suas reuniões nas casas das famílias, na praia, nos jardins, nas praças e nas associações.

A esse propósito lembramos que o modelo de igreja orgânica não pode ser confundida com os chamados Grupos Familiares hoje existentes em quase todas as formas de igrejas locais e nem tampouco com as Células das igrejas locais com Visão Celular, visto que todas essas ainda mantêm pelo menos um Templo físico e adotam praticamente toda a tradição do modelo da ortodoxia, incluindo pastores que obrigatoriamente precisam usar gravata, púlpito, etc.

IGREJA DE AMOR ÁGAPE

Somos uma Igreja que, através da proclamação do Evangelho, procura dar testemunho do nome de Jesus Cristo ao mundo – conforme o comissionamento registrado no Evangelho de Marcos (Capítulo 8, Versículo 29) e, por intermédio desse anúncio, exercer o amor, em primeiro lugar através do serviço a Deus, nas 3 pessoas da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo -, depois aos crentes – através de ministérios que os conduzam à santificação e à transformação em novas criaturas – e finalmente ao mundo, por intermédio do exercício do amor ao próximo, do chamado e do ministério da reconciliação com Deus, exercidos em Casas de Apoio de nossa fundação, em visitas a hospitais e presídios, em viagens missionárias a localidades remotas e carentes, em mensagens veiculadas através da Internet em e-mails e através de nosso site, de publicações e ainda através de programação televisiva ou de rádio, bem como através de reuniões – como igreja orgânica – celebradas em casas de famílias, em associações, em praias, parques e bosques, ou ainda qualquer outro local onde seja possível nos reunirmos em nome de Jesus Cristo.

Como igreja local, somos um grupo de crentes em Jesus Cristo que concordam em buscar e exercer juntos os ideais da verdadeira igreja original fundada por Cristo: sem acumular riquezas porque distribui e aplica em obras assistências todo o que recebe em dízimos e ofertas, simples e totalmente isenta de vínculos com os modelos eclesiásticos que foram sendo posteriormente instituídos pelos homens. Uma igreja local comprometida apenas com a missão de levar a pregação do evangelho pleno e integral ao mundo – incluindo o Evangelho da Graça e o Evangelho do Reino – e com o exercício do amor ágape ao próximo, conforme as regras do Evangelho (Mateus 25:31-46).

Como igreja espiritual, somos parte da Noiva do Cordeiro como uma instância local desta – conforme Carta aos Efésios, Capítulo 5, Versículos 24 e 25 e Livro do Apocalipse, Capítulo 21, Versículo 9, composta de todos os cristãos verdadeiros, de todos os lugares e de todos os tempos – passado, presente e futuro – que será arrebatada no final dos tempos, conforme registrado no Evangelho de Mateus (Capítulo 24, Versículo 31) e, por sermos parte do Corpo – que é a Comunhão dos santos -, somos parte da universal assembléia, conforme Carta aos Hebreus, Capítulo 12, Versículo 22.

NOSSA MISSÃO

  1. Como Igreja

Como Igreja que somos, temos missão com Deus, com os crentes e com o mundo.

Nossa missão com Deus é tripla, pois destina-se às 3 pessoas que compõem a Santíssima Trindade: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo:

  • Missão com Deus Pai: é cumprida através do correto exercício dos ministérios delegados por Jesus Cristo à sua Igreja, conduzindo os crentes à sua justificação diante do Pai – exclusivamente pela fé em Jesus Cristo – e conseqüentemente à reconciliação com Deus (Rm 5:11; 2 Co 5:18-19) e, uma vez reconciliados, conduzindo-os a adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:23-24);
  • Missão com Jesus Cristo: porém somente pode adorar em verdade aquele que conhece a verdade e só conhece a verdade aquele que se torna discípulo de Cristo (Jo 8:31-32), sendo assim essa é a primeira missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Filho: fazer discípulos, conforme Seu expresso mandamento à Igreja (Mt 28:19). Além disso, a Igreja é a Noiva de Cristo e, como tal, deve amá-Lo com o verdadeiro amor ágape, tal como Ele assim mesmo nos ama (Jo 21:15; Ef 5:24-25). O verdadeiro amor ágape, porém, só pode ser desenvolvido naquele discípulo que busca os dons espirituais mais excelentes (1 Co 13), o que conduz ao ministério do espírito;
  • Missão com o Espírito Santo: ninguém poderá adorar a Deus em espírito, ou amar a Jesus Cristo com o verdadeiro amor ágape, sem a plenitude do Espírito Santo, sendo assim é missão da Igreja Verdade de Cristo com relação ao Espírito Santo levar os discípulos a buscarem a plenitude (pleroma) do Espírito Santo, conforme a regra exposta pelo apóstolo Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5:18-21), através de práticas específicas com essa finalidade;

Nossa missão com os crentes é a de conduzi-los durante as 3 fases de seu ciclo de amadurecimento espiritual:

  1. reconciliação através do sangue de Cristo (2 Co 5:18),
  2. santificação através da Palavra de Cristo(Jo 15:3) e
  3. transformação por intermédio da plenitude do Espírito Santo (2 Co 3:18).

Para tanto, da mesma forma que na igreja primitiva original, mantemos 3 distintos ministérios, cada qual especificamente destinado a tratar com uma das 3 fases acima descritas, a saber: Ministério do Sangue, Ministério da Água e Ministério do Espírito, conforme ensina o apóstolo João em 1 Jo 5:6.

Finalmente, a missão da Igreja Verdade de Cristo, com relação ao mundo, é a de efetuar o chamado; é fazer o anúncio da Boa Nova, de todas as formas ao nosso alcance, usando – na medida do possível – os veículos de comunicação visual, escrita e falada, para que todos aqueles que ainda não tiveram uma experiência viva e pessoal com Jesus Cristo possam ter essa oportunidade e assim poderem optar pela vida eterna, no convívio dos eleitos e na presença de Deus, para todo o sempre.

GERANDO OVELHAS

Além disso, buscamos ainda cumprir, com relação a todos quantos necessitarem e estiverem ao nosso alcance e dentro de nossas capacidades, as ordenanças de Cristo para o exercício do amor (agapô) ao próximo, tal como Ele mesmo ditou no Evangelho de Mateus (Mt 25: 31-46). Entre as principais formas de se exercer esse amor, figura o nosso projeto MISSÃO ÁGAPE, que atua na área missionária, evangelizando através do ciberespaço e na cooperação com outras obras missionárias, obras de assistência social e de recuperação de dependentes químicos.

  1. Como instância local da Igreja espiritual de Jesus Cristo (Noiva do Cordeiro)

Como uma instância local da própria Igreja espiritual universal, temos uma missão com relação à própria Igreja, a qual consiste em divulgar – no meio eclesiástico – o modelo hoje por nós praticado, com o objetivo de despertar, no povo de Deus, a motivação para reverem os seus conceitos e buscarem a simplicidade de Cristo e o retorno ao modelo original da Igreja.

Estamos de braços abertos para acolher como congregados todos os que se sentirem motivados, pelo Espírito Santo, a estarem conosco como comunidade de discípulos, porém não é nossa intenção fazer com que as pessoas mudem de congregação ou de denominação, mas sim despertar no povo de Deus uma real e verdadeira consciência cristã e de busca pela maturidade espiritual. Aos líderes denominacionais e ministros do evangelho, buscamos conduzi-los a um despertar que os motive a reverem seus próprios modelos hoje praticados, buscando torná-los mais adequados ao exercício do ministério tal como orientado por Paulo, na Carta aos Efésios:

Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

(Ef 4: 10-15)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

BOLETIM 6 - EDITADO EM 21/07/2011


EDITORIAL
 
A todos os nossos queridos leitores, graça e paz da parte de Jesus Cristo.
Realmente apenas a verdade nos liberta. Enquanto não conhecemos a verdade permanecemos prisioneiros, aprisionados em uma prisão que nem sequer conhecemos, pois já nascemos encarcerados e não conhecemos nada mais além do nosso cárcere e daquilo que conseguimos enxergar através de sua pequena janelinha.
Na realidade tal prisão é o nosso próprio corpo, a nossa própria carne, que esconde dentro de si o homem interior, espiritual: um verdadeiro tesouro escondido dentro de um vaso de barro, conforme 2 Co 4:7. A janelinha é representada pelos nossos sentidos, pois tudo aquilo que conseguimos ver, ouvir, tocar e sentir, é mediado pela carne, pelos olhos e pela nossa mente, conforme 1 Jo 2:16, trazendo até o homem interior uma visão distorcida e limitada, que nos impede de conhecer a verdade por nosso próprio esforço ou pela nossa vã ciência e filosofia, pois nada disso nos liberta, vindo daí o desesperado grito de lamento do apóstolo Paulo:
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo dessa morte?"
(Rm 7:24)
Esse tormento que, no fundo, é a angústia de toda a espécie humana, só encontra alívio na Palavra de Jesus Cristo, porque ela é a verdade, conforme Jo 17:17, pois a Palavra de Cristo é viva e eficaz e somente ela pode derrubar essa barreira da carne e trazer até nós a verdade pura e cristalina:
"Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração"
(Hb 4:12)
Por isso mesmo, nenhuma ação do mundo poderá nos impedir de prosseguirmos nesta missão de levar a palavra que liberta, o Evangelho do Reino, à maior quantidade possível de pessoas em todas as nações, nem mesmo as ameaças de morte que temos recebido, pois cumprimos a expressa vontade do Senhor, manifestada em Mt 24:14.
Temos recebido um expressivo volume de testemunhos de restaurações de famílias, de curas, libertações e de irmãos que estavam afastados dos caminhos do Senhor e que, através da leitura deste boletim, estão agora reintegrados à Igreja e buscam uma vida plena do conhecimento da verdade e da plenitude do Espírito Santo.
Vamos prosseguir nesta caminhada da verdade. 
 
PASTOR ON-LINE
 
Nestas ultimas semanas ainda não temos conseguido permanecer on-line no MSN durante o tempo que gostaríamos de estar, pois estamos tratando de uma série de providências visando o Projeto Caminho de Luz, o qual muito em breve estaremos apresentando aqui no boletim.
Esperamos em breve poder estar disponíveis durante um período maior todos os dias, para todos que quiserem um aconselhamento, uma oração, fazer um comentário, esclarecer dúvidas bíblicas ou de fé e até mesmo simplesmente conversar um pouco.
Se você ainda não nos adicionou como contatos em seu Messenger MSN, basta adicionar david.spadaro@hotmail.com .
 
CURIOSIDADES BÍBLICAS
 
A terrível pena do "corpo da morte"
 
Neste Edital citamos Romanos 7:24, onde Paulo usa a expressão "corpo dessa morte", sendo que essa é uma expressão pouco conhecida e, por isso mesmo, muitas pessoas não conseguem captar toda a força daquilo que Paulo procura transmitir.
Acontece que, naqueles tempos, o estado romano aplicava aos assassinos uma terrível pena de morte, conhecida como "o corpo da morte". Nessa horrível condenação, o corpo da vítima era fortemente amarrado ao corpo de seu próprio assassino, costa a costa, braço a braço, perna a perna. Dessa forma, enquanto o corpo da vítima ia apodrecendo, também ia contaminando o seu assassino que logo morria.
Paulo usa toda a força da imagem dessa execução para ilustrar a nossa própria condição, onde o corpo da morte representa o homem carnal, exterior, que embora pareça vivo, já está morto pelo pecado e se decompõe aos poucos, envelhecendo até a morte. O homem espiritual, interior, verdadeiro prisioneiro desse calabouço carnal, irá inevitavelmente morrer também, a não ser que consiga ser libertado através da Palavra de Jesus Cristo.
  
O EVANGELHO DO REINO
 
No ultimo número encerramos a exposição sobre a decodificação da parábola das bodas, onde discorremos sobre a doutrina da justificação pela fé e a doutrina da adoção pelo batismo em Cristo, associando-os às vestes de salvação e ao manto de justiça, restando agora esclarecer-se quais são os atos de justiça que Jesus Cristo espera de cada um de nós, como verdadeiros filhos e filhas de Deus, para que possamos permanecer na presença de Deus por toda a eternidade, como membros de Sua família, no convívio dos eleitos.
Antes de respondermos definitivamente a essa pergunta, é preciso que falemos algo sobre aquilo que vem sendo chamado de “Evangelho Social”, pois como trataremos de obras de ação social, existe um risco de que aquilo que postulamos seja erroneamente confundido com essa doutrina, com a qual nada temos em comum.
Essas informações serão uteis a todos até mesmo como um alerta, pois muitas "seitas de evangelho social" têm se introduzido no meio eclesiástico e podem iludir aqueles menos informados sobre o assunto.

O Perigoso Evangelho Social

Uma vez que estamos começando a discorrer sobre as obras de justiça, que passam a ser parte natural do estilo de vida dos filhos de Deus, convém dedicarmos algum tempo para falarmos sobre aquilo que tem sido chamado de “Evangelho Social”, até mesmo porque, tendo em vista o rumo de nossa exposição do tema do Evangelho do Reino, alguns leitores poderão – inadvertidamente – associar nossa mensagem a alguma forma de expressão desse “evangelho social”, o que seria uma forma totalmente errada de interpretação daquilo que estamos aqui expondo.
A melhor forma de evitar-se qualquer mal entendido é o esclarecimento, pois nada melhor que a correta informação para lançar luz sobre qualquer controvérsia e evitar-se erros de interpretação. Sendo assim, buscaremos, nas próximas linhas, descrever aquilo que vem sendo chamado de “evangelho social” e mostrar como é totalmente distinto daquilo que estamos tratando.
O termo “evangelho social” tem sido usado - freqüentemente - para designar uma espécie de “tendência” que tem levado muitas pessoas a imaginarem que a Igreja deva ser uma espécie de centro de assistência social destinado às comunidades carentes, incluindo distribuição de cestas básicas, roupas, etc., a tal ponto que o anúncio do Evangelho, a oração e a adoração ficam relevados a um plano secundário.
 Nas igrejas que praticam esse suposto “evangelho social” ouve-se muito pouco sobre as grandes doutrinas bíblicas do evangelho da graça e do evangelho do reino. Não há uma preocupação legítima com a salvação dos pobres e necessitados ali socorridos, mas tão somente uma espécie de satisfação com a prática da ação social, sem dar-se muita importância ao fato dos beneficiados estarem, ou não, sendo salvos.
Aqui reside o grande erro do “evangelho social”, pois a mesma Igreja que estende a mão aos necessitados, para colocar em prática Mateus 25:31-46, também deve ser a mesma que proclama o Evangelho do Reino, colocando em prática Mateus 24:14, e também deve ser a mesma que faz discípulos, batizando-os em Cristo e ensinando-lhes a doutrina de Cristo, colocando em prática Mateus 28:19-20. Isto sim é Igreja, pois busca o equilíbrio.
Jamais a igreja deve trocar a autêntica mensagem redentora do evangelho da graça e a mensagem transformadora do evangelho do reino por uma falsa doutrina de transformação meramente social do homem, como querem os adeptos e defensores desse “evangelho social”.
O recente, e crescente, debate que hoje assistimos, onde - de um lado – figuram os méritos do evangelismo puro e quietista e – de outro – figuram aqueles da ação pietista em prol da responsabilidade social, não tem sentido, pois, como Igreja, somos chamados por Deus, tanto para testemunhar como para servir: ambos são parte de nossa missão cristã e, exercer apenas um deles, seja qual for, em detrimento do outro, certamente não agrada a Cristo, como Ele mesmo deixou bem claro em Mateus 7:21-23.
Certamente temos de rejeitar o assim chamado “evangelho social” como uma alternativa ao evangelho da graça e ao evangelho do reino, porém jamais deveríamos ter colocado a  obra evangelística da Igreja e a sua ação social uma contra a outra, como se fossem alternativas distintas, pois, na verdade, ambas são expressões autênticas de amor ao próximo. Pois o nosso próximo não é uma alma sem corpo e, nem tampouco, um corpo sem alma. Não podemos reivindicar amar nosso próximo se pregamos o evangelho a alguém com tanta fome que nem consegue se concentrar naquilo que ouve.
A ordem explícita do Senhor foi esta: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mateus 14:16)
Entre as muitas ações necessárias hoje, para que haja uma genuína restauração da Igreja, eu incluiria  a urgente necessidade de um reposicionamento sobre o suposto “confronto”  entre o evangelismo quietista e a ação social pietista, principalmente em três aspectos:
·         Um verdadeiro reconhecimento de que os ambos são parte da verdadeira missão da Igreja, como auxiliadora de Cristo. Nenhum dos dois pode ser um meio para o outro. Cada qual existe em seu próprio direito, em sua própria missão dentro da seara do Senhor. Assim, ambos devem estar incluídos no programa ministerial de toda igreja local.
·         Um verdadeiro reconhecimento de que ambos são responsabilidade de todo crente individual, pois todo cristão é também uma testemunha e um servo de Cristo, e deve responder aos convites para servir, sejam eles para o evangelismo ou para o socorro, pois como bem lembra o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12:28, ambos figuram como ministérios e dons do Espírito Santo, junto a outros tais como a cura das enfermidades e a operação de milagres.
·         Finalmente, como conseqüência do anterior, um verdadeiro reconhecimento de que, embora ambos sejam ministérios da igreja, Deus chama crentes diferentes para ministérios diferentes e as capacita com os dons apropriados para o exercício desses ministérios. Todos não podem fazer tudo; alguns são chamados para serem evangelistas, outros para serem socorristas, outros para impor as mãos aos enfermos e os curarem e assim por diante, até a obra da Igreja estar completa. Dentro de cada igreja local certamente Deus proporciona espaço tanto para o evangelismo como para a ação social e isso precisa começar a ser respeitado, juntamente com todas as demais ações de restauração da Igreja.
Conclusão: uma igreja de equilíbrio

Todos aqueles que têm enxergado a igreja apenas como um negócio lucrativo e que se incluem entre aqueles que compõem o atual establishment religioso evangélico e têm construído verdadeiros impérios financeiros às custas do acúmulo de dízimos e ofertas, certamente se opõem fortemente a qualquer expressão de ação social, pois isso representaria “evasão de recursos”, e assim se apressam a taxar de “evangelho social” qualquer manifestação de obras de justiça, nascidas na igreja e direcionadas aos pobres e necessitados. Não apenas são rápidos nesse sentido, como também logo acrescentam que a obra da Igreja é tratar da salvação pela fé em Cristo e que, qualquer preocupação social seria um desvio.
É de tais pessoas que Tiago fala ao escrever:
“Meus irmãos, que proveito há se alguém disser que tem fé, e não tiver obras? Pode essa fé salvá-lo?
Se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz; aquentai-vos e fartai-vos, mas não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”.
(Tiago 2:14-17)
De que está falando Tiago? Estaria ele dizendo que, porventura, nossas boas obras poderiam salvar-nos? Claro que não! Tiago foi discípulo do Senhor e entendia muito bem a doutrina da justificação pela fé, pois a ouviu diretamente da boca do Mestre!
Mas de que Tiago está falando então?
Vamos responder a essa pergunta usando uma passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos que descreve cenas do funcionamento da Igreja, tal como era no princípio, quando todos ainda buscavam seguir, da melhor forma possível, o modelo originalmente concebido por Jesus Cristo.
Quero chamar a atenção de todos para a importante e esclarecedora leitura de Atos 6:1-7: ali vemos uma igreja realmente preocupada em cumprir, à risca, todas as ordenanças estabelecidas por Cristo: não apenas a pregação do Evangelho e a oração, mas também cumprir as cinco obras de justiça determinadas pelo Senhor Jesus Cristo e claramente registradas em Mateus 25:31-46. Ali surge agora uma contenda entre as viúvas israelitas e as gregas, visto que estas últimas estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos.
Ora, se essa atividade fosse uma mera manifestação de um “evangelho social” então a decisão naturalmente esperada, dos apóstolos, seria simplesmente cancelar a distribuição de alimentos aos que têm fome, pois seria algo fora do contexto da Igreja e assim descartável.
Mas foi isso que aconteceu? O Livro de Atos diz que os apóstolos mandaram parar com a distribuição de cestas básicas ou algo assim? Não! Muito pelo contrário!
Logo mais voltaremos a falar sobre a verdadeira finalidade e importância do diaconato dentro das igrejas.
A igreja verdadeira é aquela que busca o perfeito equilíbrio entre ação espiritual e ação social, assim como buscaram os apóstolos, com a criação do diaconato, deixando aos pastores a direção dos cultos, a pregação, as orações e a administração eclesiástica. No equilíbrio a ser buscado, nem se pode incorrer no erro de muitas organizações religiosas de ação social, que acabam relevando a um plano secundário a evangelização e a adoração, e nem – tampouco – podemos descartar toda e qualquer manifestação de ação social, mantendo apenas o esquema da escola dominical e dos cultos regulares, desencorajando toda e qualquer atividade de exercício do amor ao próximo.
A igreja do equilíbrio que agrada a Deus é aquela que atua em perfeita harmonia com as duas posições especificas da Carta aos Romanos, conforme o quadro seguinte:
Romanos 2: 6-11
Romanos 3:21
Deus recompensará a cada um segundo as suas obras:
Dará a vida eterna aos que, com perseverança em fazer o bem, procuram glória, honra e incorrupção.
Mas indignação e ira aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade, e obedientes à iniqüidade.
Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal, primeiramente do judeu e também do grego;
Mas glória, honra e paz a qualquer que pratica o bem: primeiramente ao judeu e também ao grego.
Pois para com Deus não há acepção de pessoas.
Mas agora se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas.
Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos [e sobre todos] os que crêem. Não há distinção,
pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 
e são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
Deus o propôs para propiciação pela fé no seu sangue...
...
Concluímos pois que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.
Pois todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. (2 Coríntios 5:10)

O “evangelho social” não existe, é um termo inventado pelos homens e trata-se de uma falsa doutrina. A palavra “evangelho” significa “boa nova” e a única boa nova que a Igreja pode - e deve - anunciar ao mundo é o próprio Jesus Cristo e a sua obra de redenção, que nos propiciou a justificação pela fé e o direito a tomarmos posse de nossa herança de filhos de Deus.
A Igreja deve ser cristocêntrica, ou seja, o centro é Cristo: toda a nossa atenção, todo o nosso amor, toda a nossa adoração, todo o nosso louvor, enfim, devem ser dirigidos a Jesus Cristo. Porém, como legítimas novas criaturas em Cristo, deve ser algo natural em nós o exercício das obras de justiça por Ele mesmo requeridas de cada um de nós, direcionadas aos pobres e necessitados. O nosso amor é direcionado a Jesus, mas Ele mesmo se espelhou nos famintos, nos sedentos, naqueles que não têm o que vestir, nos migrantes que não têm onde repousar, nos enfermos solitários nos hospitais e nos prisioneiros jogados em celas escuras. O nosso sincero amor fraterno aos pobres e necessitados agora se revela em amor ágape direcionado a Jesus Cristo:  “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes” (Mateus 25:40).
Quem não consegue, por genuíno amor a Cristo, estender a mão aos pobres e necessitados, não tem a vida em sua fé e, uma fé morta simplesmente não existe. Por isso mesmo Jesus nos deixou esta sombria questão:
Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
(Lucas 18:8b)
 
 
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